A Paraíba reduziu a mortalidade materna em 77%, comparando com os dados do mesmo período de 2021. De janeiro a maio de 2022, o Estado contabilizou 8 óbitos maternos. No ano anterior, o acumulado era de 35 mortes. Ações da Secretaria de Estado da Saúde (SES), como a criação do Centro Estadual de Regulação Hospitalar (CERH) para a obstetrícia e o investimento de R$ 7 milhões em equipamentos para a rede materno-infantil, colaboraram para esta significativa redução.
Em março deste ano, o CERH ampliou os serviços para atuar na obstetrícia, regulando leitos na linha materno-infantil, tornando o processo mais rápido e seguro. O objetivo do serviço é canalizar as solicitações de forma a disponibilizar o leito para as usuárias e, assim, organizar o fluxo e reduzir os índices de mortalidade materna. A secretária de Saúde da Paraíba, Renata Nóbrega, explica que a unificação do fluxo de regulação torna o processo mais equânime e oportuno, pois pode prestar a assistência aos casos graves o quanto antes, reduzindo o tempo de espera.
Desde a implantação, o serviço de regulação obstétrica já realizou 4.171 regulações, sendo 1.428 na 1ª Macrorregião de Saúde, 1.963 na 2ª Macro e 780 na 3ª Macrorregião. No atendimento diário, o CERH disponibiliza quatro médicos, três enfermeiros e três videofonistas que trabalham em forma de plantão. Para os leitos da obstetrícia, o serviço tem o apoio da Rede Cuidar, com obstetras e neonatologistas que usam a telemedicina para auxiliar os médicos dos municípios sobre a conduta de gestantes da alta complexidade.
Paralelo à implantação da regulação obstétrica, a SES também investiu R$ 7 milhões em equipamentos para a rede materno-infantil, contemplando 13 hospitais do estado. O investimento foi direcionado para as salas de parto de toda a Paraíba e também tem proporcionado melhorias nos leitos das Unidades Intensivas Neonatais e no acompanhamento do pré-natal ao puerpério, levando a garantia da saúde à população paraibana.
“Estamos trabalhando para a regionalização da saúde, que é o único meio de desafogar João Pessoa e Campina Grande. O trabalho da regulação obstétrica associado a esse fluxo de equipamentos entregues está facilitando muito. Estamos conseguindo atender a população e o resultado estamos vendo na grande redução da mortalidade materna”, finaliza a secretária.
Morte Materna é o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação à ela.