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Paraíba

Wilson Santiago pede verba para obras em que é acusado de receber propina; veja vídeo

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O deputado federal Wilson Santiago (Republicanos-PB) vem pedindo publicamente que o governo Jair Bolsonaro (PL) libere verbas para um trecho de uma obra em que ele é acusado de receber R$ 1,2 milhão em propina.

De acordo com esta matéria originariamente postada pela Folha, o parlamentar postou um vídeo no Instagram na segunda-feira (27) em que aparece ao lado de outros políticos e do secretário Nacional de Segurança Hídrica, Sergio Luiz Soares de Souza Costa, solicitando recursos para a empreitada.

A postagem foi feita um dia antes de o Conselho de Ética da Câmara instaurar processo de cassação contra ele, mais de dois anos depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) ordenar seu afastamento por suspeita de desvios nessa obra —bancada com dinheiro federal e que tem o objetivo de mitigar os efeitos da seca no interior da Paraíba.

Santiago foi alvo da operação Pés de Barro, em dezembro de 2019. A Polícia Federal, com base nos relatos de um empresário que se tornou delator, gravou e filmou as entregas de propina provenientes do superfaturamento da obra da construção da adutora Capivara.

“Nós que conhecemos a região, sabemos da importância da adutora Capivara, ela é essencial para atender 14 municípios do Vale do Rio do Peixe. Eu tenho certeza que o dr. Sergio, representante do Ministério do Desenvolvimento Regional, irá fazer de tudo para solucionar esse problema que tem dificultado a vida da população”, disse o parlamentar no vídeo postado na segunda.

Folha procurou Wilson Santiago, sua assessoria de imprensa e o advogado Luiz Henrique Machado, responsável pela sua defesa na operação Pés de Barro. Eles não responderam até a publicação desta reportagem. ​

A obra é utilizada pela Polícia Federal como um dos argumentos para pedir a prisão preventiva de Wilson Santiago na operação Pés de Barro —o então ministro do STF Celso de Mello não acolheu o pedido e somente ordenou o afastamento do cargo.

No entendimento da PF, a prisão era necessária porque as conversas gravadas pelo delator, o empresário George Barbosa Ramalho, da Coenco Construções, apontavam para o interesse de Santiago e do prefeito de Uiraúna, João Bosco, em futuros aditivos ao contrato de R$ 24 milhões de onde saiu o R$ 1,2 milhão em propina que o parlamentar é acusado de receber.

“Tendo chegado ao conhecimento do colaborador nos últimos dias articulações políticas de Wilson Santiago em Brasília/DF para que um aporte adicional de R$ 30 milhões fosse liberado para a obra da Adutora Capivara”, diz o documento da PF sobre a suspeita.

Logo após a citação, a PF transcreve uma outra postagem de Santiago no Instagram, de abril de 2018, em que ele fala do trecho que ligaria a adutora ao eixo norte da transposição do rio São Francisco —mesma obra para a qual ele agora busca verba no Ministério do Desenvolvimento Regional.

“Assinamos hoje a ordem de serviço da adutora extremo oeste, que vai integrar a barragem da Capivara ao Eixo Norte da Transposição do rio São Francisco. Nessa primeira etapa, o valor de 30 milhões de reais será investido nessa magnífica obra. O valor total da obra é de 70 milhões de reais”, dizia a postagem.

O deputado Wilson Santiago foi denunciado por corrupção e organização criminosa pela Procuradoria-Geral da República em 21 de dezembro de 2019, dois dias após ser alvo da operação Pés de Barro e ter sido afastado do cargo por ordem do então ministro Celso de Mello.

Entre outras provas, a PGR cita as gravações de entrega de propina feitas pela PF e pelo empresário George Barbosa.

Em uma delas, a PF acompanhou a entrega de R$ 50 mil para o secretário parlamentar Israel Nunes de Lima, do gabinete do deputado, no aeroporto de Brasília. Após o recebimento, o assessor levou os valores ao Congresso.

O registro foi feito em 7 de novembro de 2019 e teria origem em um acerto feito antes e cujas conversas entre o empresário e Evani Ramalho, que também trabalhava com o deputado, foram gravadas.

“À Evani Ramalho caberia o gerenciamento contábil das importâncias indevidas recebidas de George Barbosa e a coordenação logística das atividades da organização. A Israel, por sua vez, tocaria a incumbência de auxiliar Evani no recolhimento da propina”, diz a PGR.

O próprio deputado foi gravado pelo delator e em uma conversa pergunta a George Barbosa: “Tu acha que resolve essas coisas sem dar nada a ninguém?”. A fala foi no contexto das negociações sobre propina na obra da adutora Capivara.

Segundo a PGR, a atuação do deputado seria para agilizar o fluxo de verbas do Ministério da Integração Nacional, antigo Ministério do Desenvolvimento Regional, para bancar a obra.

Após ser afastado e denunciado, em fevereiro de 2020, a Câmara se reuniu para decidir se mantinha a decisão do STF, mas apenas 170 deputados votaram a favor da decisão do STF —eram necessários ao menos 257. Foram 233 contrários, 7 abstenções e 102 ausências.

Houve um movimento liderado pelos partidos do centrão para livrar Santiago sob o argumento de que não há amparo legal no afastamento de um parlamentar por uma decisão monocrática de um juiz, feita de forma cautelar, sem que haja condenação.

Decisões do Supremo de afastar parlamentares do mandato são controversas —especialmente as tomadas por um único ministro, sem que houvesse condenação, como no caso de Santiago. Por outro lado, defensores do afastamento apontavam risco às investigações.

Na época, o discurso dos parlamentares foi o de que o caso seria tratado pela instância adequada, o Conselho de Ética da Câmara, o que não ocorreu nos dois anos seguintes.

A demora na abertura do processo faz com que sua cassação seja vista como inviável em ano eleitoral, quando o segundo semestre é marcado pelo esvaziamento da atividade no Congresso devido à presença dos parlamentares em suas bases para a campanha.

Confira o vídeo:

 

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Leo Bezerra autoriza pavimentação em Paratibe e Muçumagro e destaca avanço do programa em JP

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O prefeito em exercício de João Pessoa, Leo Bezerra, autorizou, nesta terça-feira (26), o início das obras de pavimentação em oito ruas do bairro de Paratibe e uma em Muçumagro e garantiu que o maior programa de pavimentação da história da cidade vai seguir avançando por todos os bairros até que a cidade fique totalmente pavimentada. Só em Paratibe, são 70 vias incluídas, sendo nove já inauguradas, 54 contratadas e outras sete em projeto.

“Nós não prometemos isso na eleição passada e estamos pavimentando 1.508 ruas este ano. Agora, a gente firmou um compromisso, porque quem calçou 1.500 tem credibilidade de dizer que vai calçar 100% de João Pessoa. Com o calçamento de ruas, com o piso tátil, com a calçada, com acessibilidade, e basta ver nos sorrisos, nos depoimentos das pessoas que nos procuram, e as pessoas que estão acreditando na nossa gestão”, afirmou Leo Bezerra.

Investimento em Infraestrutura – De acordo com o secretário de Infraestrutura, Rubens Falcão, já são 1.740 ordens de serviço assinadas para obras em todas as áreas, entre já inauguradas, contratadas e com serviços em andamento. “Esse dado representa R$ 1,2 bilhão”, detalhou o secretário. “Aqui, na Rua Chateaubriand Brasil Neto, as obras de pavimentação seguem o mesmo padrão de todos os bairros da cidade, com infraestrutura completa e acessibilidade para as pessoas com necessidades, porque essa é a marca da nossa gestão”, concluiu.

Fim da espera – Na Rua Chateaubriand Brasil Neto, a comerciante Elisângela Silva Pereira comemorou o anúncio das obras que, segundo ela, irão acabar com problemas que duram 25 anos – tempo em que os moradores convivem com a dificuldade de locomoção, buracos, poeira e acúmulo de água no período chuvoso.

“Quem tem carro, é muito difícil até pra sair de casa com tanto buraco. Nós que temos moto, no caso eu e meu marido, não temos tanta dificuldade com isso, porque passamos em qualquer lugar. Diante de tantos problemas, nós até já fizemos, por conta própria, um nivelamento na rua, o que nem é suficiente para os transtornos. Mas, graças a Deus, agora acreditamos que a rua vai ser pavimentada, finalmente”, afirmou a moradora.

Presença – A solenidade para assinatura da ordem de serviço no bairro Paratibe também contou com as presenças do deputado estadual João Gonçalves, os vereadores Dinho Dowsley, Marmuthe Cavalcanti, Marcelo da Torre, além de suplentes e secretários da gestão municipal.

Confira a relação das ruas que serão pavimentadas, nesta ordem de serviço, com investimento de R$ 2,4 milhões:

Rua Santa Gorete – Muçumagro
Rua Chateaubrian Brasil Neto – Paratibe
Rua Antônio Da Cunha Filho – Paratibe
Rua Aposentado Luiz Leonardo Da Silva – Paratibe
Rua Custódia Nóbrega – Paratibe
Rua Funcionário Alcides Severino Dos Santos – Paratibe
Rua Heleno Francisco Pereira – Paratibe
Rua João Gonçalves Ribeiro – Paratibe
Rua Tenente Berto Luiz Gomes – Paratibe

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R$ 38 mi: Governo Federal descentraliza verba para retomada imediata da Operação Carro-Pipa na PB

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Redação do Portal da Capital

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que descentralizou nesta terça-feira (26/11) o valor de R$ 38.096.775,00 para o Exército Brasileiro, para realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

Com isso, o programa poderá ser retomado imediatamente.

Criada em setembro de 2012, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a Operação Carro Pipa atende atualmente 344 municípios na região do semiárido nordestino em situação de emergência ou calamidade pública com reconhecimento da Defesa Civil Nacional.

Com um papel crucial na vida de milhões de brasileiros que vivem na região do semiárido, a OCP é uma ação emergencial coordenada pelo MIDR e pelo Exército com o objetivo de garantir o acesso à água potável em municípios que sofrem com a escassez hídrica, um problema recorrente nessa região do País.

De 2023 a 2024, mais de 500 municípios foram atendidos. Atualmente, a operação abastece cerca de 34 mil cisternas coletivas, proporcionando acesso à água potável mensalmente para mais de 1,5 milhão de pessoas.

De janeiro a agosto deste ano, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 500 milhões para garantir a execução da OCP. No mesmo período, foram transportados 12 milhões de litros de água para essas comunidades, reforçando o papel da operação na mitigação dos efeitos da seca.

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Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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Redação do Portal da Capital

O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta terça-feira (26/11), e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa.

A mudança do Regimento aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada de Galdino como presidente da Casa Legislativa fosse oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, à época, a antecipação da dita eleição feriu “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

Na nova votação realizada nesta terça-feira, o único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outros 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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