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Eleição no Nordeste terá esquerda fraturada e disputa por apoio de Lula, destaca Folha de São Paulo

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A aliança que dará sustentação à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Planalto não deve se repetir nas eleições estaduais no Nordeste, região que concentra a maioria dos governadores aliados e que é um dos principais redutos do petista.

A provável chapa com PT, PC do B, PV, PSB, Rede e Solidariedade não deverá ser replicada em nenhum dos nove estados da região. Com isso, há chance que Lula tenha dois ou até três palanques em cada estado nordestino.

Em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, por exemplo, o embate entre candidatos de partidos da base lulista promete ser mais tenso e deve ser marcado por rusgas, atritos e acusações mútuas.

O cenário de conflito preocupa cúpula da campanha petista, que atua para que rixas paroquiais não atinjam a eleição nacional, criando problemas desnecessários para Lula.

Um dos focos de maior tensão é a Paraíba, onde o governador João Azevêdo (PSB) e o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), rompidos desde 2019, protagonizam desavenças públicas e enfrentam uma disputa aberta pelo apoio de Lula no estado, informa reportagem da Folha de São Paulo.

Azevêdo concorre à reeleição amparado por uma ampla frente de partidos de centro, enquanto Coutinho concorrerá ao Senado na chapa que será liderada por Veneziano Vital do Rêgo (MDB).

Os três eram aliados na campanha vitoriosa que elegeu Azevêdo em 2018, mas se afastaram ao longo do mandato. O PT, por sua vez, rachou no ano passado após a filiação de Coutinho: uma parcela do partido se manteve com o governador e outra parte foi para a oposição.

Em entrevista a jornalistas e youtubers nesta semana em São Paulo, Lula classificou como um “bom problema” o cenário eleitoral conturbado e com múltiplos palanques na Paraíba.

“Um técnico da seleção tem um bom problema quando tem muito jogador bom. Na Paraíba, eu estou feliz com a minha situação, porque muita gente boa quer trabalhar conosco, querendo fazer aliança. Eu não recuso voto”, disse.

Além de Azevêdo e Veneziano, Lula também será apoiado pela pré-candidata ao governo Adjany Simplicio (PSOL) e mantém conversas com a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT). Há possibilidade de um palanque quádruplo no estado.

A postura de desprendimento em relação aos palanques, contudo, não se repete na vizinha Pernambuco. Lá, a deputada federal Marília Arraes trocou o PT pelo Solidariedade e vai concorrer ao governo contra o deputado federal Danilo Cabral, que tentará manter a hegemonia de 16 anos do PSB no estado.

Mesmo com três candidaturas em seu arco de alianças —também concorrerá ao governo o advogado João Arnaldo (PSOL)—, o petista afirmou nesta sexta-feira (29) que apoiará apenas o candidato do PSB.

“Embora eu mantenha toda relação que eu tenho de respeito pela Marília, eu, sinceramente, vou trabalhar para que Danilo seja o governador do estado de Pernambuco”, disse Lula em entrevista à Rádio Jornal.

Pernambuco é um colégio eleitoral crucial e simbólico para o PSB, motivo que levou Lula a priorizar Cabral e não criar arestas na aliança nacional. Ainda assim, Marília Arraes tem atrelado à sua imagem ao ex-presidente e critica o PSB por vetar a adoção de palanques múltiplos para Lula no estado.

“A gente quer que Lula ganhe a eleição, a gente está preocupado de verdade que Lula ganhe a eleição e derrote Bolsonaro. Eles estão preocupados em manter o poder em Pernambuco. Essa é a preocupação deles”, afirmou a deputada em ato político na última segunda-feira (25).

Outro foco de conflito é o Maranhão, onde o PT está fraturado entre o governador Carlos Brandão (PSB), alçado ao cargo em abril após a renúncia de Flávio Dino (PSB), e o senador Weverton Rocha (PDT).

Ambos fazem parte da base de Dino, que tenta isolar Weverton e consolidar seus apoiadores em torno de Brandão, que foi filiado ao PSDB e ao Republicanos antes de ir para o PSB.

Formalmente, os petistas vão apoiar Brandão e indicaram como candidato vice Felipe Camarão, ex-secretário estadual de Educação que até ano passado era filiado ao DEM.

Mas houve uma reação no último domingo (24), quando militantes petistas fizeram um ato de apoio a Weverton, que apesar de filiado ao PDT também tem proximidade com Lula.

“A tendência é que a direção do partido apoie Brandão, que é uma pessoa sem nenhuma afinidade com a nossa base. Mas a militância e os movimentos sociais estarão com Weverton”, afirma Honorato Fernandes, presidente do PT em São Luís.

Assim como em Pernambuco, o Rio Grande do Norte também deve ser palco de conflitos entre o PT e Solidariedade. Neste caso, um embate direto.

Vice-governador entre 2015 e 2018, o empresário Fábio Dantas (Solidariedade) vai liderar a chapa de oposição à governadora Fátima Bezerra (PT), que concorre a um novo mandato em outubro.

Mas não haverá disputa em torno de Lula. Mesmo filiado a um partido da base petista, Dantas cercou-se de aliados de Jair Bolsonaro (PL), terá o ex-ministro Rogério Marinho (PL) como candidato ao Senado e afirmou querer o apoio do presidente.

“Eu quero o apoio de Bolsonaro, eu quero o apoio do centro, eu quero o apoio da esquerda que é insatisfeita com Fátima”, disse Dantas, em ato de lançamento da sua pré-candidatura.

O Solidariedade também estará no campo oposto ao PT na Bahia e vai apoiar ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo governo baiano contra Jerônimo Rodrigues (PT). Com um partido da base de Lula em seu palanque, o ex-prefeito reforça sua estratégia de se afastar do bolsonarismo.

PT e PSB também estarão em palanques opostos em Alagoas, mas na condição de coadjuvantes. Os petistas formalizaram aliança com Paulo Dantas (MDB), candidato apoiado pelo ex-governador Renan Filho, dentro da estratégia de atrair, no varejo, emedebistas em estados do Nordeste

O PSB estará no palanque do senador Rodrigo Cunha (União Brasil), principal candidato de oposição. Alagoas é o único estado do Nordeste em que o PSB não tem proximidade com Lula e chegou a flertar com o bolsonarismo.

Em estados como o Piauí e Sergipe, por outro lado, ainda há possibilidade de união dos partidos da base lulista em torno de um único candidato.

No Piauí, o pré-candidato Rafael Fonteles (PT) já tem o apoio de PV, PC do B, PSB e Solidariedade, mas trabalha para trazer coalizão a Rede e o PSOL, que ainda avaliam candidatura própria.

O cenário é semelhante em Sergipe, onde o senador Rogério Carvalho tende a unir todos os partidos da base lulista em torno de sua candidatura. Ele enfrentará nas urnas o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD), que tem o apoio do governador Belivaldo Chagas (PSD) e também declarou apoio a Lula.

O PSOL, mesmo com aliança nacional, vai se descolar do PT nas disputas estaduais e lançou pré-candidaturas em oito dos nove estados do Nordeste. Em estados como Bahia e Pernambuco, a postura do partido é de enfrentamento e críticas aos governos do PT e PSB.

PARTIDOS DA BASE LULISTA NO NORDESTE
Alagoas

PT/PC do B/PV – Apoio a Paulo Dantas (MDB)
PSB – Apoio a Rodrigo Cunha (União Brasil)
Solidariedade – Apoio a Paulo Dantas (MDB)
PSOL/Rede – Pré-candidatura de Cícero Albuquerque (PSOL)
Bahia

PT/PC do B/PV – Pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT)
PSB – Apoio a Jerônimo Rodrigues (PT)
Solidariedade – Apoio a ACM Neto (União Brasil)
PSOL/Rede – Pré-candidatura de Kleber Rosa (PSOL)
Ceará

PT/PC do B/PV – Apoio a Izolda Cela, Roberto Cláudio ou Mauro Filho (PDT)
PSB – Apoio a Izolda Cela, Roberto Cláudio ou Mauro Filho (PDT)
PSOL/Rede – Pré-candidatura de Adelita Monteiro (PSOL)
Solidariedade – Indefinido
Maranhão

PSB – Pré-candidatura de Carlos Brandão (PSB)
PT/PC do B/PV – Apoio a Carlos Brandão (PSB), mas base rachada
Solidariedade – Pré-candidatura de Simplício Araújo (Solidariedade)
PSOL/Rede – Pré-candidatura de Enilton Rodrigues (PSOL) ou apoio a Weverton Rocha (PDT)
Paraíba

PSB – Pré-candidatura de João Azevêdo (PSB)
PT/PC do B/PV – Apoio a Veneziano Vital do Rêgo (MDB), mas base rachada
PSOL/Rede – Pré-candidatura de Adjany Simplicio (PSOL)
Solidariedade – Indefinido
Pernambuco

PSB – Pré-candidatura de Danilo Cabral (PSB)
Solidariedade – Pré-candidatura de Marília Arraes (Solidariedade)
PSOL/Rede – Pré-candidatura de João Arnaldo (PSOL)
PT/PC do B/PV – Apoio a Danilo Cabral (PSB)
Piauí

PT/PC do B/PV – Pré-candidatura de Rafael Fonteles (PT)
PSOL/Rede – Pré-candidatura de Lucineide Barros (PSOL)
PSB – Apoio a Rafael Fonteles (PT)
Solidariedade – Apoio a Rafael Fonteles (PT)
Rio Grande do Norte

PT/PC do B/PV – Pré-candidatura de Fátima Bezerra (PT)
Solidariedade – Pré-candidatura de Fábio Dantas (Solidariedade)
PSOL/Rede – Pré-candidatura de Danniel Morais (PSOL)
PSB – Apoio a Fátima Bezerra (PT)
Sergipe

PT/PC do B/PV – Pré-candidatura de Rogério Carvalho (PT)
PSB – Apoio a Rogério Carvalho (PT)
Solidariedade – Apoio a Rogério Carvalho (PT)
PSOL/Rede – Indefinido

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Paraíba adere ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e inicia Plano Estadual de Prevenção

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O Estado da Paraíba aderiu ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e dá o primeiro passo oficial de início ao Plano Estadual de Prevenção aos Feminicídios.

A adesão se deu durante o Encontro de Gestoras Estaduais de Políticas para as Mulheres, realizado pelo Ministério das Mulheres na terça-feira (26/11), em Brasília, com o o objetivo de estabelecer um fluxo coordenado para envio, recebimento e monitoramento de denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

Além da Paraíba, outros 18 Estados e o Distrito Federal também aderiram ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. Com a assinatura do acordo junto ao Ministério das Mulheres, as Unidades Federativas iniciam a construção dos Planos Estaduais de Prevenção aos Feminicídios com o objetivo de diminuir os casos de feminicídios no país. São eles: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Instituído em agosto de 2023, pelo Decreto nº 11.640/2023, o Pacto conta com 73 ações governamentais intersetoriais, com a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades, que têm como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também firmou acordo de cooperação com o Ministério das Mulheres com o objetivo de assegurar o encaminhamento ágil e eficiente das denúncias às unidades competentes do Ministério Público, garantindo que cada caso receba a devida atenção e encaminhamento adequado. A parceria também busca fortalecer a coordenação e a execução dos acordos regionais, além da ampla divulgação dos canais de atendimento do Ligue 180, destacando a inclusão de recursos acessíveis, como a possibilidade de videochamadas em Libras, ampliando o alcance e a acessibilidade para mulheres com deficiência auditiva.

O principal objetivo dos ACTs é fortalecer a rede de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência nos estados, integrando esforços entre governo federal, governos estaduais e Ministério Público, a fim de garantir que as denúncias sejam tratadas com eficiência e que as vítimas recebam o suporte necessário de forma ágil e eficaz.

Após a formalização dos ACTs, o Ligue 180 realizará, no dia 09 de dezembro, a capacitação dos pontos multifocais de cada estado, concretizando mais uma etapa em direção à ampliação da Central Ligue 180. A colaboração entre as entidades envolvidas promove um sistema mais robusto e integrado, melhora a resposta das autoridades e assegura um atendimento mais adequado e coordenado, refletindo compromisso com a segurança e a justiça para as mulheres em situação de violência.

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Entidade multissetorial e Senado Federal discutem impactos da Reforma Tributária

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Redação do Portal da Capital

O Senado Federal recebeu, nesta terça-feira (26/11), uma importante entidade multissetorial do país, a Amcham Brasil, para o evento “Diálogo com o Senado Federal para a Regulamentação da Reforma Tributária em 2024”.

O encontro reuniu líderes políticos e empresariais para debater os próximos passos da regulamentação da Emenda Constitucional nº 132, reforçando o compromisso de construir um sistema tributário mais moderno, justo e competitivo.

Representando o Senado, Efraim Filho (União Brasil), destacou a importância do debate com entidades que movimentam a produção e economia no país, enfatizando a contribuição entre Congresso Nacional e cadeia produtiva.

“A oportunidade de sentar a mesma mesa com empreendedores que tratam de inovação, que tratam de comércio exterior, que tratam de um Brasil que quer crescer e se desenvolver num mundo globalizado e sem fronteiras, onde você concorre com todos os países. E hoje, você poder receber essas sugestões, contribuições, com um olhar diferente sobre o texto da reforma tributária que tem sido debatido no Senado engrandece. Nosso compromisso foi de recepcionar essas sugestões de emendas, apresentá-las para estimular o debate e atender aquilo que possa contribuir para um texto melhor”, frisou.

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Relatório da PF detalha participação de paraibano em tentativa de golpe de Estado; veja documento

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Redação do Portal da Capital

O relatório final da Polícia Federal (PF) com detalhes sobre o inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado no Brasil, após as Eleições 2022 para presidente da República, detalha a participação do paraibano Tércio Arnaud Tomaz no esquema criminoso.

No documento, que tem 884 páginas, o nome do paraibano é citado, pelo menos, dez vezes e, nos trechos, ele é apontado como integrante do “gabinete do ódio” e como responsável por coordenar, editar e, junto com outros integrantes da organização criminosa, facilitar o repasse de notícias falsas através da internet.

A quebra do sigilo foi determinada na terça-feira (26/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira abaixo um trecho do relatório:

No cargo assessor especial da Presidência da República, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ integrou o autodenominado GABINETE DO ÓDIO. Os elementos probatórios reunidos pela investigação identificaram que TÉRCIO foi o responsável por repassar o conteúdo editado da live realizada pelo argentino FERNANDO CERIMEDO em 04 de novembro de 2022, no qual o mesmo propagou ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro.

No mesmo dia da live, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ, encaminhou, via aplicativo WhatsApp para MAURO CID, um link que direcionava para o armazenamento de arquivos no Google Drive. O link levava à gravação da live realizada por FERNANDO CERIMEDO naquele dia, com a duração de 01h01min22seg. Ele escreve, em seguida, “resumo” e envia o vídeo editado a partir do referido conteúdo com a duração de 08min59seg. O objetivo de editar o vídeo foi facilitar a disseminação da live, de modo a se antecipar às já citadas ações do TSE contra a propagação de fake news.

Assim, os elementos de prova arrecadados identificaram que TÉRCIO ARNOUD TOMAZ atuou em coordenação com os demais integrantes da organização criminosa. Coube ao investigado auxiliar na edição do conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO, propagado logo em seguida por MAURO CID e MARQUES DE ALMEIDA“.

Clique aqui e confira o relatório (parte 1)

Clique aqui e confira o relatório (parte 2)

Clique aqui e confira o relatório (partes 3 e 4)

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

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