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Paraíba

Ministério Público ajuíza ação para manter a obrigatoriedade de máscaras em ambientes fechados

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ajuizou uma ação civil pública contra o Estado da Paraíba e o Município de João Pessoa para manter a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais em ambientes fechados, em todo o território estadual, até que seja garantida a cobertura vacinal do público maior de 18 anos com a dose de reforço (D3) e do público infantil (de cinco a 11 anos de idade) com a segunda dose da vacina contra o coronavírus e desde que constatado cenário epidemiológico favorável, levando-se em conta a ocupação de leitos covid e o número de casos diagnosticados da doença.

ação 0821429-41.2022.8.15.2001 foi ajuizada pela 49ª promotora de Justiça de João Pessoa, Jovana Tabosa, junto à 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Nela, o MPPB requer a concessão de tutela provisória de urgência, em caráter liminar, para suspender os efeitos do artigo 6º do Decreto Estadual 42.388 e do artigo 11 do Decreto 9.999, do Município de João Pessoa, que entraram em vigor a partir dessa sexta-feira (8/04) e dessa quinta-feira (7/04), respectivamente, tornando facultativo o uso de proteção facial em espaços abertos e, no caso da capital, também em ambientes fechados, incluindo transporte coletivo, shows, supermercados e escolas.

Conflitos legais e orientações

Conforme explicou a promotora de Justiça, um dos motivos que levou ao ajuizamento da ação é o conflito instaurado pela edição do Decreto 42.388 com a situação de calamidade decretada pelo próprio Estado da Paraíba, em razão da pandemia, e que está vigente até 3 de maio. “Os decretos sobre a covid-19 publicados esta semana violam a Lei Estadual 11.717, de 3 de julho de 2020, a qual obriga o uso de máscaras de proteção pelos moradores, funcionários, visitantes e colaboradores de empresas de entrega ou manutenção e todas as pessoas que circulem pela área comum de condomínios residenciais, enquanto perdurar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de covid-19”, disse.

Segundo o MPPB, a flexibilização do uso de máscaras em ambientes fechados também vai de encontro à orientação do Ministério da Saúde, que considera como esquema vacinal completo para proteção contra a covid-19 a aplicação de três doses dos imunizantes da Pfizer, Coronavac e AstraZeneca e de duas doses da vacina da Jansen no público adulto e a aplicação de duas doses dos imunizantes destinados ao público infantil.

“Embora 79% da população do estado tenha tomado a segunda dose da vacina contra a covid-19, ainda são preocupantes as coberturas relacionadas à D3 no público adulto (que atingiu 57%) e sobretudo, o baixo percentual de crianças de cinco a 11 anos que foram imunizadas contra a covid-19 (15%). Em João Pessoa, os números são ainda menores, já que apenas 9,4% do público infantil foi vacinado”, argumentou.

A Promotoria de Justiça também levou em consideração a Nota Técnica Conjunta emitida na última quarta-feira (6/04) pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Paraíba (Simed-PB), recomendando às autoridades públicas, nesse momento, a flexibilização da obrigatoriedade das máscaras apenas em ambientes abertos, condicionando essa flexibilização em ambientes fechados após 14 dias, se não for verificada a piora das condições epidemiológicas. “A liberação das máscaras em ambientes fechados, nesse momento, além de não incentivar a população a se vacinar, significa abandonar a história de tantas vidas perdidas e gerar um risco de retrocesso nos ganhos obtidos no arrefecimento da pandemia”, defende Tabosa.

Dados epidemiológicos

Os dados epidemiológicos também embasam a ação do MPPB, uma vez que apontam uma ocupação de 19% dos leitos de UTI com pacientes que apresentam a forma grave da covid-19, em todo o Estado, sendo que em João Pessoa esse índice é de 29,5%. “No Estado da Paraíba já foram confirmados 598.826 casos do novo coronavírus e registradas 10.197 mortes. Por sua vez, no Município de João Pessoa foram confirmados 156.426 casos de pacientes acometidos com a doença e 4.218 mortes. Os dados diariamente publicados pela Secretaria de Estado da Saúde em suas redes sociais demonstram que a pandemia não chegou ao seu final, ao contrário, apenas nos últimos 10 dias, 3.754 casos de covid-19 foram diagnosticados na Paraíba e sete pessoas perderam a vida em decorrência da doença”, diz a ação.

Conforme explicou Jovana Tabosa, o último Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca a importância de se manter o uso de máscaras até que se atinja uma maior cobertura vacinal. “O estudo aponta que ainda que atingido o índice de cobertura vacinal de 70 a 90% da população alvo, a decisão de desobrigar o uso das máscaras em ambientes fechados pode ser postergada para além da 10° semana, após atingida a meta de vacinação, a depender de outros fatores que influenciam na transmissibilidade do vírus. É que, como pontuado pela Fiocruz, a vacinação é apenas uma das ações para o controle da transmissão e redução do impacto da pandemia, mas não a única”, detalhou.

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Oposição e situação se unem na Assembleia para aprovar aumento do percentual de Emendas Impositivas

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Os deputados estaduais das bancadas de oposição e da situação decidiram se unir para tentarem garantir um aumento do percentual das Emendas Impositivas que cada um terá direito no orçamento de 2025 na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).

Segundo o deputado estadual Anderson Monteiro, a ideia de aprovação já é consenso dentre as alas na Assembleia.

O comentário do parlamentar foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta quarta-feira (27/11).

Confira o áudio:

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TJPB suspende Lei que amplia possibilidade de contratações de prestadores na Paraíba

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O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba determinou, na sessão desta quarta-feira (27/11), a suspensão da eficácia de parte de uma Lei Estadual (12.563/2023), editada pelo governador João Azevêdo (PSB), que regulamenta a contratação temporária de servidores.

De acordo com esta matéria publicada pelo Jornal da Paraíba, a ação foi proposta pelo Ministério Público pelo fato de que a lei cria novas possibilidades de contratações temporárias em situações além do permitido na constituição e por um prazo de quatro anos, o que extrapolaria a razoabilidade da duração do contrato temporário.

O MP também questionou um trecho da lei que traz a expressão “mediante contrato administrativo padrão”, por entender que as contratações deveriam sempre ser feita por meio de processo seletivo.

O que foi derrubado
Na prática, os desembargadores suspenderam a eficácia de alguns dispositivos da lei, com efeito ex-nunc (a partir da decisão em diante) por prazo improrrogável de um ano.

Além da limitação de contratações por até quatro anos, foram suspensos os dispositivos que permitia contratação de prestadores para as áreas de:

  • Promoção de campanhas de saúde pública;
  • Implantação e manutenção de serviços essenciais à população, especialmente à continuidade de obras e a prestação dos serviços de segurança, água, esgoto e energia;
  • Execução de serviços técnicos, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras e serviços.
  • Suprimento de pessoal na área da educação, saúde, segurança e assistência social, nos casos de:

a) licença para repouso à gestante

b) licença para tratamento de saúde

c) licença por motivo de doença em pessoa da família

d) licença para o trato de interesse particular

e) exoneração

f) demissão

g) aposentadoria

h) falecimento

  • Realização de eventos patrocinados pelo Estado, tais como feiras, exposições, congressos e similares
  • Atividades desenvolvidas no âmbito de projetos do sistema de inteligência da Secretária de Estado da Segurança e da Defesa Social

Defesa do Estado
O procurador-geral do Estado, Fábio Brito, durante o julgamento do caso negou as irregularidades apontadas pelo Ministério Público. O advogado disse que as hipóteses se balizam no entendimento do STF.

“Essas circunstâncias se encaixam perfeitamente na disposição do tema 612 da repercussão geral do Supremo Tribunal Federal, de modo que todas essas situações tratadas têm por objetivo a contratação em circunstâncias específicas, voltadas a evitar a descontinuidade de serviços públicos essenciais e especialmente em áreas sensíveis como são as da educação, saúde e segurança”, defendeu.

Fábio Brito também disse que a suspensão da norma pode causar reflexos negativos para o funcionamento da administração pública. “não tem como substituir imediatamente esses contratados por servidores efetivos, uma vez que a realização de concurso público e a nomeação de servidores, todos sabem, demanda tempo. Pode trazer colapso na prestação de serviços essenciais e também provocará uma desorganização administrativa impactando diretamente a população”, afirmou.

O Estado ainda pode recorrer da decisão. (Clique aqui e leia a íntegra da matéria)

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Mersinho Lucena se reúne com diretor-geral do DNIT para discutir obras na BR-230

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O deputado federal Mersinho Lucena (Progressistas) participou de uma reunião, nesta quarta-feira (27), com o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabrício de Oliveira Galvão. O encontro teve como foco a aceleração das obras da BR-230, nos trechos entre Cabedelo e Oitizeiro, e a necessidade urgente de instalação de sinalização e iluminação na rodovia.

Participaram da reunião o prefeito eleito de Cabedelo, André Coutinho, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e os vereadores da base aliada do município. O encontro aconteceu na sede oficial do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Brasília.

Mersinho Lucena destacou a necessidade das obras avançarem rapidamente e que a sinalização e iluminação sejam implementadas para garantir a segurança dos motoristas e pedestres. “Aproveitamos para dialogar sobre nossas preocupações e estamos em busca de possíveis soluções para acelerar, o máximo possível, as obras, causando menos transtornos à população e aos visitantes”, ressaltou.

O diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão, se comprometeu a avaliar as propostas apresentadas e reconheceu a relevância das melhorias na rodovia. Ele enfatizou que o DNIT está empenhado em atender às demandas.

O prefeito André Coutinho destacou que a estrada é crucial para o desenvolvimento da região e para a melhoria da mobilidade dos cidadãos. “Estamos comprometidos em buscar soluções e garantir que esse projeto avance de forma eficiente, beneficiando toda a comunidade”, disse.

O prefeito Cícero Lucena também ressaltou a importância da colaboração entre os municípios e o Governo Federal para viabilizar projetos que impactem positivamente na infraestrutura da região. “Quando trabalhamos juntos, conseguimos resultados mais efetivos para a nossa população”, afirmou.

A reunião foi um passo importante para garantir que as obras da BR-230 avancem com eficiência e atendam às necessidades da população, promovendo um trânsito mais seguro e eficiente.

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