Tão logo foram veiculadas as informações dando conta que o pré-candidato a Governo do Estado, Pedro Cunha Lima (PSDB), defendeu, em programa de rádio nesta quarta-feira, 16, a privatização da Cagepa caso seja eleito nas próximas eleições, o Sindicato dos Urbanitários da Paraíba (Stiupb), reagiu contra a declaração e a classificou como fruto do caráter privatista defendido por seu agrupamento político.
O presidente do Stiupb, Wilton Maia Velez, afirmou que não ficou surpreso com as declarações do pré-candidato e deputado federal, “até porque o parlamentar votou favorável ao projeto de privatização do saneamento, quando disse sim no Novo Marco Legal do Saneamento”.
Wilton Maia afirmou que Pedro também segue a cartilha do pai – o ex-Senador Cássio Cunha Lima. Em 2017, em delação da Operação Lava Jato, o ex-executivo da Odebrecht, Fernando Reis, afirmou que Cássio Cunha Lima (PSDB), pretendia, na época em que era candidato ao Governo da Paraíba, nas costas do povo paraibano, privatizar a Cagepa, através de negociação junto à Odebrecht Ambiental em troca de valores para sua campanha.
No depoimento, Fernando confirma que a empresa tinha interesse em desenvolver uma parceria público-privada para a área de saneamento e foi procurada por Cássio para demonstrar que tinha interesse em desenvolver o projeto e pediu uma contribuição de R$ 800 mil, através de caixa 2, para sua campanha de 2014, para governo do Estado.
O pré-candidato, conforme Wilton, trata a Cagepa e seus funcionários de forma desrespeitosa e distante da realidade do que é a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba: “Recente estudo do Trata Brasil, de 2020, aponta a Cagepa como uma das mais eficientes do Nordeste, em termos de fornecimento de água e de saneamento básico, com destaque para João Pessoa e Campina Grande”.
Também demonstra ser desinformado quanto ao Saneamento Básico no Estado. “Não é culpa da CAGEPA a falta do devido sistema de Saneamento em algumas cidades na Paraíba, mas sim, da falta de políticas públicas dos governantes, tanto do atual, quanto na época que o pai dele (Cássio) era governador: “Quem não lembra das dívidas absurdas deixadas, onde os funcionários tinham que pegar dinheiro emprestado nos bancos para receber seus 13º salários; a família tem o costume de falar muito e não cumprir com suas obrigações”.
“Agora temos dois pré-candidatos defensores da privatização, o atual governador João Azevêdo, que pretende realizar leilão através do BNDES ainda neste ano, e agora Pedro. A nossa categoria urbanitária saberá dizer não a estes privatistas. Eles passarão”, disse Wilton Maia.