O prefeito Cícero Lucena se reuniu, nesta quinta-feira (10), com o engenheiro canadense Arian Rayegani, que fabrica skates feitos com tampinhas de garrafa PET. O projeto tem o viés social, ambiental, educativo e esportivo, incluindo também a produção de medalhas para as competições realizadas pela Prefeitura de João Pessoa.
“Tivemos a oportunidade de ver esse material sendo exibido na imprensa nacional e buscamos contato com o idealizador, que se dispôs a vir aqui para a implantação. Além de democratizar o acesso ao esporte, ainda traz a mensagem da responsabilidade de cada um em relação ao meio ambiente. O que era lixo vira material esportivo”, afirmou o prefeito.
O engenheiro mecânico Arian Rayegani iniciou suas atividades na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, há sete meses, com a ajuda de organizações sociais que doavam as tampinhas de garrafas PET. De acordo com ele, para produzir cada skate, é necessária a quantidade de 1,5 kg de tampinhas, o que corresponde aproximadamente a 500 unidades. Os produtos são vendidos pela marca criada pelo engenheiro, chamada @naLajeDesigns
O superintendente da Emlur, Ricardo Veloso, destaca o potencial educativo do projeto, sobretudo entre os mais jovens. “Se levamos essa iniciativa para as escolas, conseguimos desenvolver nas crianças e adolescentes a consciência ambiental da reciclagem, promovendo o reaproveitamento dos materiais e evitando o descarte irregular”, reforçou.
Quem descobriu o projeto foi o superintendente executivo da Emlur, Igo Morais, após assistir a uma reportagem televisiva. “Além dos skates, pensamos também na produção de medalhas de competições, considerando os eventos esportivos realizados pela Prefeitura”, afirmou.
Demonstração – O secretário de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer), Kaio Marcio, vai reunir alguns skatistas na manhã desta sexta-feira (11), no Busto de Tamandaré, para que os praticantes da modalidade possam fazer uma demonstração do skate sustentável.
“Podemos encaixar esta questão dos skates feito com tampinhas de garrafas PET nas escolinhas de skate que serão abertas, ainda no primeiro semestre do ano, pela Prefeitura de João Pessoa”, explica Kaio Marcio.
Produção – Ao receber o convite da Emlur para uma teleconferência, no final do ano passado, Arian Rayegani montou o projeto para a administração pública. “Por meio desta parceria, a empresa entrega a tecnologia, que inclui o maquinário com os moldes dos materiais a serem produzidos e a capacitação para a produção”, comenta o engenheiro.
Segundo Arian Rayegani, o equipamento esportivo é feito com a utilização de um triturador, forno, prensa mecânica e um molde. O eixo e as rodas são comprados no mercado de produção de skates convencionais. “É um sistema de produção simples e viável”, complementa.
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