A Prefeitura de Campina Grande está reforçando o número de médicos nas emergências hospitalares, a fim de suprir a demanda de atendimentos a pacientes com suspeita de covid-19, que voltou a subir nos últimos dias. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, Campina Grande vem enfrentando um novo crescimento no número de casos da covid-19. Somente neste fim de semana (dias 22 e 23), foram aplicados 452 testes de antígeno e 205 pessoas foram diagnosticadas com a covid-19, um total de 45% dos pacientes testados.
Com o aumento na procura por atendimento, o secretário de Saúde do Município, médico Gilney Porto, determinou a contratação de mais médicos e plantões, para prestar atendimento a essas pessoas. Conforme o secretário, apesar do aumento no número de casos, a imensa maioria dos pacientes não tem evoluído para internação. A taxa de ocupação de leitos, atualmente, é de 16% de enfermaria e 14% de UTI.
Atendimento
A testagem está sendo realizada em seis unidades hospitalares da cidade, que são o Complexo Hospitalar Municipal Pedro I, as duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o Hospital Dr. Edgley, o Hospital da Criança e do Adolescente (para pessoas até 16 anos de idade) e o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (para gestantes).
“Aqueles que precisam de internação estão sendo casos moderados, que precisam de mais cuidados. E os poucos casos graves são de pessoas que não tomaram a vacina. Dessa forma, a gente convoca a população para atualizar o esquema vacinal e, diante desse quadro, é importante que a população reforce os cuidados, mantendo o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento, nesse momento em que diferentes vírus estão circulando”, disse o secretário.
Além disso, diante do desabastecimento mundial de testes de covid-19, o município adotou a triagem qualificada, para a aplicação de exames apenas nas pessoas que se enquadram nos critérios, como dias de sintoma e grupos prioritários. Assim sendo, o diagnóstico clínico também vem sendo adotado, que pode indicar se o paciente está ou não com covid-19, analisando exames de imagem ou relato de anosmia e ageusia; ou se é um quadro de síndrome gripal e, dessa forma, o paciente é isolado.
“Estamos adotando a estratégia de testar mediante a indicação médica. Mas, aqueles casos que dão entrada com síndrome gripal já devem ser afastados do seu trabalho por pelo menos cinco dias. Estamos com uma procura grande por atendimentos nas nossas emergências, o que está aumentando também o tempo de atendimento e da realização da testagem e por isso reforçamos o número de médicos nesses pontos”, disse Gilney.
Além dos testes por antígeno, com resultado instantâneo, também são aplicados testes rápidos de sangue e sorologia e as equipes coletam SWAB RT-PCR para análise no Laboratório Central da Paraíba (Lacen), em João Pessoa, cujo resultado é divulgado a partir de 5 dias. Para esse exame, os pacientes fazem agendamento para coleta após passarem pela avaliação médica no Hospital Municipal Pedro I, uma vez que o Lacen não funciona nos finais de semana e, para este teste, é necessário um planejamento maior de número de coletas recebidas e submetidas ao laboratório.