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Paraíba

UFPB obtém aprovação de 82 projetos do CNPq para Bolsas de Produtividade em Pesquisa

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) obteve a aprovação, preliminarmente, de 82 projetos junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ). O resultado preliminar da chamada CNPq nº 04/2021 foi publicado em 08 de dezembro no site da instituição.

O resultado apresenta os 5.636 projetos contemplados com recursos no valor de mais de R$ 400 milhões, oriundos do orçamento do CNPq, a serem liberados de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira da entidade. A vigência das bolsas está prevista para ter início em 1º de março, e as bolsas têm duração entre 36 e 60 meses, conforme a categoria.

De acordo com a chamada nº 04/2021 as modalidades da Bolsa de Produtividade em Pesquisa foram divididas em Categoria 1 e Categoria 2, sendo considerados aptos para receber a bolsa da Categoria 1 os candidatos que tivessem obtido título de doutorado ou livre-docência até o ano de 2013. Já para a Categoria 2, estavam aptos os proponentes que tivessem obtido o título de doutorado ou livre-docência até o ano de 2018.

Dos 82 projetos da UFPB contemplados no resultado preliminar, 02 foram aprovados na categoria 1A com financiamento de R$ 168.000; 06 aprovados na categoria 1B devem receber o financiamento de R$ 120.000; para os 06 projetos da categoria 1C estão previstos R$ 115.200; para os 12 1D devem ser destinados R$ 105.600 e os 56 projetos da categoria 2 devem receber o total de R$ 39.600 em financiamento.

Para o Pró-Reitor de Pesquisa, Prof. Valdir Braga, é satisfatório poder divulgar o resultado da bolsa de produtividade em pesquisa do ano de 2021 e verificar o aumento de número de bolsistas na UFPB, mesmo diante de um período atípico para a realização de trabalhos de pesquisa. “Tem sido um período de muitos desafios para fazer pesquisa no Brasil, ainda mais pesquisa de qualidade, e a UFPB deu um salto tanto no número de bolsas que foram renovadas, quanto de novos bolsistas, além da progressão de nível da maioria dos nossos bolsistas; então, é um resultado muito significativo para a nossa instituição, a UFPB segue forte no contexto estadual e no contexto nacional com trabalhos tendo o seu mérito reconhecido”, disse o Pró-reitor.

Um dos projetos aprovados foi proposto pelo Prof. Mário César Ugolino de Araujo, Vice-Diretor do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN). O projeto “Sistemas no contexto tecnológico 4.0 para o controle e monitoramento remoto de águas do semiárido” foi contemplado na categoria 1A. Mário Ugolino, que é bolsista de produtividade do CNPq desde 1989, explica que os trabalhos a serem desenvolvidos a partir da bolsa levarão em conta a revolução tecnológica 4.0 que engloba algumas tecnologias de instrumentação, automação e troca de dados, e terão como alvo futuro a consolidação de tecnologias para o controle e monitoramento da qualidade das águas no semiárido, empregando recursos de conectividade remota, com o foco na melhoria da eficiência e produtividade, ou seja, menor custo, operações em tempo real, manufatura modular, operações integradas e otimização.

Mário César afirma que dará prosseguimento aos projetos de pesquisa em andamento sob sua orientação, dos alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado e revela sentir-se feliz com mais esse êxito em sua carreira. “Com certeza é um reconhecimento da comunidade científica que julgou o meu projeto de pesquisa e a minha carreira científica como professor e pesquisador da UFPB desde 1982”, disse o docente.

Para o Reitor da UFPB, Prof. Valdiney Gouveia, os resultados da avaliação do CNPq para a concessão de bolsas de produtividade reforça a qualidade dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos na Universidade. “É um trabalho contínuo que tem sido feito na UFPB por esses pesquisadores e que demonstra que temos aqui, de fato, pesquisadores de renome, de referência nacional e internacional. Não é fácil você chegar a ser pesquisador do CNPq, alcançar o nível 1A, 1B, 1C, 1D é espetacular, e nível 2 todos que passamos pelo sistema sabemos da grande dificuldade que é entrar nesse sistema tão disputado, estão todos de parabéns, efetivamente, e que sigamos assim, crescendo na Universidade Federal da Paraíba”, afirmou o Reitor.

Segundo a agência de fomento, foram selecionados projetos de pesquisa apresentados de acordo com o rigor e o método científico, bem como outros conceitos fundamentais para a produção do conhecimento científico; e o objetivo concessão de bolsas é valorizar pesquisadores que possuam produção científica, tecnológica e de inovação de destaque em suas respectivas áreas do conhecimento; além de incentivar o aumento da produção científica, tecnológica e de inovação de qualidade. O resultado final está previsto para 09 de fevereiro.

Confira a lista dos 82 pesquisadores selecionados em resultado preliminar:

Alessio Tony Cavalcanti de Almeida

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Alisson Vasconcelos de Brito

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Allan George de Carvalho Freitas

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Anand Subramanian

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1D

Anielson Barbosa da Silva

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Antonio Augusto Lisboa de Souza

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Ariosvaldo Nunes de Medeiros

UFPB/AREIA – Departamento de Zootecnia

PQ-1D

Augusto Wagner Menezes Teixeira Junior

UFPB – Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Campus I

PQ-2

Aurelio Menegon Neto

UFPB – Departamento de Matemática

PQ-2

Bartolomeu Israel de Souza

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Carla Alexandra da Silva Moita Minervino

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Carlos Antonio de Sousa Pires

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1D

Cassio da Nobrega Besarria

UFPB – Departamento de Economia

PQ-2

Celso Augusto Guimaraes Santos

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1B

Charliton Jose dos Santos Machado

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1C

Claudio Benedito Silva Furtado

UFPB – Departamento de Física

PQ-1A

Daniel Oliveira Mesquita

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1D

Darlan Alexandria Fernandes

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Didier Jean Georges Guigue

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1B

Edna Ursulino Alves

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1B

Eduardo Rodrigues Viana de Lima

UFPB – Departamento de Geociências

PQ-2

Elizete Ventura do Monte

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Eraldo Almeida Lima Junior

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Ercules Epaminondas de Sousa Teotonio

UFPB – Departamento de Química

PQ-2

Fabio Anderson Pereira da Silva

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Felipe Vigolvino Lopes

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Flank David Morais Bezerra

UFPB – Departamento de Matemática

PQ-1D

Flavio Freitas Barbosa

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Genilda Azeredo

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Gerd Bruno da Rocha

UFPB – Departamento de Química

PQ-1D

Jailane de Souza Aquino

UFPB – Departamento de Nutrição

PQ-2

Joao Marcos Bezerra do o

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1B

Joedson Silva dos Santos

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Jose Ferrari Neto

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Jose Roberto Soares do Nascimento

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1C

Josean Fechine Tavares

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1D

Juliana Silva de Oliveira

UFPB/AREIA – Departamento de Zootecnia

PQ-1D

Julio Santos Reboucas

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1B

Laercio Losano

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1C

Leandro de Araujo Pernambuco

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Leonardo Pessoa Felix

UFPB/AREIA – Centro de Ciências Agrárias – Campus III

PQ-2

Leonardo Wanderley Lopes

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Luciana Cordeiro do Nascimento

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Luciana Scotti

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Luiz Bueno da Silva

UFPB – Departamento de Engenharia de Produção

PQ-2

Luiz Moreira Coelho Junior

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Marcio Andre Veras Machado

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Marcio Jose Coelho de Pontes

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Marcio Martins Leitao

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1D

Marcos Eli Buzanskas

UFPB/AREIA – Centro de Ciências Agrárias – Campus III

PQ-2

Maria das Gracas Goncalves Vieira Guerra

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Maria de Fatima Pereira Alberto

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1C

Maria Regina de Vasconcellos Barbosa

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Mario Cesar Ugulino de Araujo

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1A

Marlecio Maknamara da Silva Cunha

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Melyssa Kellyane Cavalcanti Galdino

UFPB – Departamento de Psicologia

PQ-2

Monica Carvalho

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Nacib Andre Gurgel e Albuquerque

UFPB – Departamento de Matemática

PQ-2

Nady Rocha

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Nataly Albuquerque dos Santos

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Nelson Torro Alves

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1C

Patricia Mirella da Silva Scardua

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Paulo Aguiar do Monte

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Paulo Cesar Zambroni de Souza

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Raphael Abrahao

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Regina Celi Mendes Pereira da Silva

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1D

Renate Maria Ramos Wellen

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1D

Rennio Felix de Sena

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Richarde Marques da Silva

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1D

Riselane de Lucena Alcantara Bruno

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Roberto Menezes da Silva

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Savio Torres de Farias

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Sergio Andre Fontes Azevedo

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1C

Severino Gonzaga Neto

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Sherlan Guimaraes Lemos

UFPB – Departamento de Química

PQ-2

Teobaldo Leite Bulhoes Junior

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Thiago Jardelino Dias

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Thierry Marcelino Passerat de Silans

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Valdir de Andrade Braga

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-1B

Wallace Duarte Fragoso

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Wallace Patrick Santos de Farias Souza

UFPB – Universidade Federal da Paraíba

PQ-2

Yuri Wanderley Cavalcanti

UFPB – Departamento de Odontologia Clínica e Social

PQ-2

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Paraíba

Paraíba recebe R$ 17,1 milhões para avançar no Programa Mais Acesso a Especialistas

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Redação do Portal da Capital

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, apresentou na terça-feira (10/12), durante a XVI Reunião do Fórum Nacional dos Governadores, em Brasília, os avanços da nova fase do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE). A iniciativa marca a modernização do Sistema Único de Saúde (SUS) com foco na redução de filas, maior eficiência no atendimento e integração entre as atenções primária e especializada.

Na reunião foram assinados os Planos de Ação Regional (PARs) propostos por entes federados e aprovados pelo Ministério da Saúde. Até o momento, foram enviados 136 planos de ação regionais, abrangendo 167,9 milhões de habitantes.

Depois da aprovação dos Planos, vem a etapa seguinte para a concretização do programa: a implantação dos Núcleos de Gestão e Regulação, que têm como objetivo apoiar a implementação dos dispositivos que estruturarão o programa nas localidades, a da telessaúde, que vai tornar o atendimento mais eficiente, integrado e digital. Para 2024, a Paraíba receberá R$ 17,1 milhões, parte dos R$ 557,8 milhões que serão repassados aos gestores para a implementação dos Núcleos e 30% do valor dos planos de ação aprovados

O PMAE traz inovações como a incorporação de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que prioriza o paciente. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. A nova etapa também aproveita a experiência bem-sucedida do Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF) e conta com um investimento de R$ 1,2 bilhão para as cirurgias eletivas.

“O Programa Mais Acesso a Especialistas busca reduzir o tempo de espera e melhorar o atendimento à população. Essa é uma construção coletiva, fruto da parceria com secretários de saúde estaduais e municipais, governadores e gestores do SUS. É um trabalho integrado que reflete a dedicação de toda a equipe do Ministério da Saúde”, destacou Nísia Trindade.

Integração digital e prazos mais curtos

Outro destaque mencionado é a transformação digital do SUS, com o uso intensivo de telessaúde e teleinterconsultas para conectar a atenção primária à especializada. “Estamos trabalhando para integrar os dados de saúde em uma rede nacional. Essa transição tecnológica vai permitir um monitoramento mais eficiente e reduzir problemas como o absenteísmo nas consultas, garantindo um sistema mais ágil e acessível”, explicou Nísia.

O PMAE foca em especialidades que historicamente enfrentam gargalos no sistema de saúde, como a oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. O objetivo é oferecer prazos mais curtos para diagnóstico e tratamento. “Na oncologia, por exemplo, a oferta integrada incluirá consulta médica, biópsias e exames necessários, garantindo a continuidade do cuidado e integrando o programa de redução de filas para cirurgias eletivas”, destacou Nísia. 

Adesão em todo o país

Mais Acesso a Especialistas já alcançou adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, além de 97,9% dos municípios.

Conforme lembrou a ministra, o programa é inspirado em modelos internacionais, como os do Canadá e da Espanha, e representa um avanço significativo na oferta de cuidados de saúde especializados, promovendo qualidade, acessibilidade e eficiência para a população brasileira.

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Paraíba

MEC confirma: Estado da Paraíba pactuou 17,2 mil matrículas de tempo integral

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Redação do Portal da Capital

O Estado da Paraíba pactuou 17,2 mil matrículas de tempo integral, após o período de redistribuição de matrículas do segundo ciclo do Programa Escola em Tempo Integral do Ministério da Educação (MEC). Além da rede estadual, 215 redes municipais planejaram as matrículas para o período de 2024-2025. Isso corresponde a 96,4% das secretarias de educação municipais.

Na rede estadual, foram pactuadas 3.381 matrículas de tempo integral e os municípios paraibanos pactuaram 13,8 mil.

Em toda a região Nordeste, foram planejadas 293.938 matrículas de tempo integral. Nas redes estaduais foram pactuadas 113.620 e nas municipais foram 180.318. Ao todo, 1.753 redes municipais da região Nordeste planejaram matrículas de tempo integral para o ciclo 2024-2025, o que corresponde a 97,8% das redes da região

No Brasil, foram pactuadas 943.248 matrículas por 5.097 municípios, pelos 26 Estados e pelo Distrito Federal. O número corresponde a 92,8% das vagas ofertadas.

Tempo integral – O Programa Escola em Tempo Integral é uma estratégia para induzir a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica. Coordenado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, o programa busca viabilizar o cumprimento da Meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024 (Lei nº 13.005/2014), política de Estado construída pela sociedade e aprovada pelo parlamento brasileiro.

No primeiro ciclo do Escola em Tempo Integral, executado entre 2023 e 2024, os municípios, os estados e o Distrito Federal declararam 965.121 matrículas de tempo integral. Até 2026, o governo federal apoiará a criação de 3,2 milhões de novas matrículas de tempo integral em todas as etapas e modalidades.

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MTE retira 111 crianças e adolescentes de trabalho infantil na Paraíba

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Redação do Portal da Capital

O Ministério do Trabalho realizou, entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro, uma ampla operação de combate ao trabalho infantil nas feiras livres e mercados públicos das cidades de João Pessoa, Campina Grande e Bayeux, na Paraíba, esultando na retirada de 111 crianças e adolescentes de situações graves de exploração de trabalho infantil.

Durante a operação, os auditores-fiscais do Trabalho identificaram crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 17 anos, desempenhando atividades classificadas como algumas das piores formas de trabalho infantil, conforme o Decreto nº 6.481/2008. Em muitos casos, essas crianças e adolescentes enfrentavam jornadas de trabalho exaustivas que começavam ainda de madrugada.

De acordo com a equipe de fiscalização, as crianças e adolescentes estavam envolvidos em atividades como a venda de produtos ao ar livre, carregamento de mercadorias e manuseio de instrumentos perfurocortantes. Eles estavam expostos a condições extremas, como a radiação solar e a chuva, além de realizar esforços físicos intensos, o que aumentava os riscos de acidentes graves, como ferimentos, mutilações e atropelamentos.

No Mercado Público de Bayeux, foram encontrados uma menina de sete anos vendendo verduras e outra de onze anos, envolvida no corte e venda de frangos. Ambas estavam executando atividades classificadas entre as piores formas de trabalho infantil, conforme os itens 73 e 81 da Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Decreto nº 6.481/2008), que proíbem o trabalho infantil em logradouros públicos e o manuseio de instrumentos cortantes.

No intuito de garantir os direitos fundamentais de crianças e adolescentes, a auditoria-fiscal do Trabalho encaminhou os dados dessas crianças à rede de proteção, para que sejam incluídas em políticas públicas voltadas para a assistência social, saúde e educação. Já os adolescentes a partir de 14 anos serão direcionados a programas de aprendizagem profissional, os quais oferecem qualificação, experiência prática em ambientes de trabalho seguros e protegidos, além de assegurar o cumprimento de todos os direitos trabalhistas e previdenciários.

O auditor-fiscal do Trabalho, Eugênio Marques, membro da Coordenação Nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil, destacou que a situação observada nas feiras fiscalizadas é recorrente, com muitas crianças e adolescentes envolvidos em atividades como o carregamento de mercadorias em carros de mão, trabalho em açougues públicos e venda de produtos em barracas, frequentemente sem a presença dos pais. Além disso, foi constatado que vários adolescentes estavam fora da escola, o que agrava ainda mais os danos ao seu desenvolvimento pessoal e educacional.

“A Auditoria Fiscal do Trabalho busca, por meio de ações planejadas e de uma atuação articulada, construir soluções permanentes e sustentáveis, evitando o retorno das crianças e adolescentes a situações de exploração do trabalho infantil”, explica Eugênio Marques.

Como denunciar?

Dados oficiais sobre ações de combate ao trabalho análogo à escravidão no Brasil estão disponíveis no Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê.

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