A reprovação ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) oscilou de 51% em julho para 53% em setembro, em movimento dentro da margem de erro que estabelece novo recorde na taxa de avaliação negativa do presidente. A aprovação à gestão Bolsonaro, que havia ficado estável entre maio e julho, em 24%, agora recuou para 22%, atingindo também o pior resultado desde o início de seu governo. Há ainda 24% que consideram a gestão atual regular, em nível estável, e 1% não opinou.
Na primeira pesquisa feita pelo Datafolha para avaliar o governo Bolsonaro, no início de abril de 2019, sua taxa de aprovação era de 32%, e parcelas similares o reprovavam (30%) ou o classificavam como regular (33%). As taxas mais altas de avaliação positiva da gestão do atual presidente foram registradas em agosto e dezembro de 2020 (37% em ambas as avaliações), e a taxa negativa mais elevada, numericamente, foi a registrada no último mês de julho. Considerando a margem de erro desses levantamentos, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, esta é a primeira vez que a maioria da população adulta do país reprova o governo Bolsonaro.
Se na média da população o avanço da reprovação a Bolsonaro foi de dois pontos percentuais, em alguns segmentos essa alta foi mais intensa. Foi o que aconteceu entre os mais velhos (de 45% para 61%), na parcela de menos escolarizados (de 49% para 55%), no grupo com renda familiar de 5 a 10 salários (de 41% para 50%) e no conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste (de 41% para 48%). Houve recuo, por outro lado, na reprovação entre os mais ricos, com renda superior a 10 salários (de 58% para 48%).
Os empresários se mantêm como o único segmento em que Bolsonaro tem aprovação (47%) numericamente superior à reprovação (34%). Entre os evangélicos, a diferença entre a taxa de aprovação e reprovação, que estava negativa em seis pontos em julho (34% a 374%), saltou para 12 pontos em setembro (29% a 41%).
Essa distância entre os índices de aprovação e reprovação do governo Bolsonaro, que é de 31 pontos negativos na medida da população, vai a 40 pontos entre as mulheres (18% a 48%), a 37 pontos na fatia dos menos escolarizados (18% a 55%), a 38 pontos entre os mais escolarizados (22% a 61%), a 39 pontos na parcela dos mais pobres (17% a 56%), a 43 pontos entre assalariados sem registro (17% a 60%), a 43 pontos no segmento de desempregados (13% a 56%), a 48 pontos entre moradores do Nordeste (15% a 63%), a 42 pontos entre a população de cor preta (17% a 59%) e a 63 pontos na parcela de homossexuais e bissexuais (10% a 73%).
Entre os homens, a diferença entre os níveis de aprovação e reprovação à gestão do atual presidente cai para 23 pontos (25% a 48%), e também é menor entre brasileiros com escolaridade média (24% a 48%), no segmento com renda de 5 a 10 salários (35% a 50%), entre os mais ricos (36% a 46%), na parcela de aposentados (27% a 49%), na região Sul (28% a 44%) e entre brancos (26% a 50%).
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