O apoio do Partido Liberal (PL) ao governo de João Azevêdo (Cidadania) na Paraíba teria sido um dos fatores determinantes para o cancelamento da filiação do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à legenda.
O evento, que foi amplamente divulgado e que estava agendado para acontecer no dia 22 de novembro, foi adiado após intensa troca de mensagens entre a direção nacional da sigla com o atual presidente Bolsonaro que, por sua vez, estaria fazendo ‘exigências demais’ para se filiar ao partido.
Segundo a imprensa nacional, dentre as exigências feitas pelo atual presidente estaria uma ‘carta branca’ para escolher candidatos e mandar nos diretórios nacional e estaduais da legenda.
O fato atingiria diretamente o diretório na Paraíba que seria proibido de apoiar o projeto de reeleição do governador João Azevêdo, adversário político do bolsonarismo.
A notícia, porém, não teria agradado ao deputado federal Wellington Roberto, líder do PL na Câmara, que não havia descartado a possibilidade do filho, Bruno Roberto, disputar a vaga de senador pelo Estado da Paraíba utilizando o palanque do atual governador João Azevêdo.
Wellington Roberto, que é considerado um dos braços direitos de Bolsonaro, tendo sido, inclusive, um dos maiores beneficiados com Emendas liberadas através do orçamento secreto do presidente, estava feliz com a notícia do ingresso do seu líder político no PL e chegou até a falar à imprensa paraibana sobre o fechamento de um acordo para a entrada de Bolsonaro na legenda que, simbolicamente, estaria marcada para o dia 22 por ser o número oficial de representação do PL enquanto partido político.
Ainda segundo a imprensa nacional, uma das muitas outras exigências que Bolsonaro teria apresentado ao PL seria a de ter o filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), como novo presidente estadual da legenda em São Paulo.
A notícia da suspensão da filiação de Bolsonaro ao PL foi confirmada pelo próprio presidente nacional da sigla, Valdermar da Costa Neto, através de nota à imprensa.
“Após intensa troca de mensagens na madrugada deste domingo 14 com o presidente Jair Bolsonaro, decidimos, em comum acordo, pelo adiamento da anunciada cerimônia de filiação”, afirmou Costa Neto através da nota.