O comunicador e presidente estadual do PTB, Nilvan Ferreira, durante participação em live no @ParaíbaRádioBlog, nesta quarta-feira (27), ao comentar sobre a carta escrita na prisão pelo presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, que tirou licença do cargo por tempo indeterminado, afirmou que a informação não passa de narrativa da imprensa para afastar aliados do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A live foi conduzida pelos jornalistas Lázaro Faria, Ecliton Monteiro e Thiago Moraes.
Na carta, Jefferson afirma que tanto Bolsonaro como o filho, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), se tornaram viciados “nas facilidades do dinheiro público” após se aproximarem de figuras do Centrão, como Ciro Nogueira e Valdemar da Costa Neto.
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Jefferson que, segundo a imprensa nacional, tem se queixado de ter sido abandonado pelo atual presidente Jair Bolsonaro depois de ser preso após ter “comprado” as brigas dele e defendê-lo publicamente para fortalecer o ‘bolsonarismo’, diz que o PTB deve ter candidatura própria no ano que vem e, para tanto, orienta aos líderes do seu partido para já formalizarem convite ao vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), para disputar a Presidência da República, contra Bolsonaro.
Curiosidade
Em dois anos e meio no poder, Bolsonaro já amarga o desafeto de pelo menos 20 ex-aliados, muitos dos quais considerados peças-chave para a ascensão dele à Presidência da República. Confira a lista:
O primeiro grande dissidente foi o ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, falecido em março de 2020.
Bebianno presidiu o PSL durante a campanha do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro e foi ministro por apenas dois meses porque foi exonerado do cargo após desentendimento com o filho do presidente, Carlos Bolsonaro.
Depois de Bebianno, a lista só cresceu e passou a contar com outros como o do deputado federal paraibano, Julian Lemos, considerado por ter sido um dos maiores aliados de primeira hora, e dos que mais se empenhou para a condução de Bolsonaro ao comando da Presidência da República.
Dentre outros nomes muito conhecidos estão os de: Wilson Witzel (ex-governador do Rio de Janeiro), João Doria (governador de São Paulo), Joice Hasselmann (deputada e ex-líder do Governo no Congresso), Alexandre Frota (deputado), Luciano Bivar (deputado), Janaina Paschoal (deputada), Sergio Moro (ex-ministro e ex-juiz), Luiz Mandetta (ex-ministro da Saúde), Rodrigo Maia (deputado), Major Olímpio (senador falecido em 2021 vítima de complicações da Covid-19), Otávio Rêgo Barros (ex-porta voz), Jorge Kajuru (senador), Luiz Miranda (deputado), Junior Bozzella (deputado), Kim Kataguiri (deputado), Delegado Waldir (deputado), Paulo Marinho (empresário), Santos Cruz (general e ex-ministro da Segov).
Destaque
Um dos casos mais famosos de dissidência do bolsonarismo é o de Sarah Winter, conhecida por ser uma das mais fiéis militantes extremistas de Bolsonaro e que, assim como Roberto Jefferson, foi presa ao cometer excessos em defesa do bolsonarismo.
Sara, que está presa desde junho de 2020 após liderar o grupo ‘300 do Brasil’ em protestos de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), se viu abandonada por Bolsonaro “por não lhe ter mais serventia”.
A extremista foi presa no inquérito de atos antidemocráticos por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Confira o vídeo: