Na sessão ordinária desta terça-feira (5), o vereador Carlão Pelo Bem (Patriota) fez uso da tribuna para expressar seu posicionamento sobre temas nacionalmente discutidos, como a linguagem neutra e os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. “’Amigues’, se alguém me mostrar onde está isso na gramática, eu me rendo”, afirmou. Para ele, as ideologias querem mudar a língua portuguesa: “Querem destruir a cultura de um povo”.
Sobre a CPI da Covid-19, que investiga se houve irregularidades nas ações do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, o parlamentar acredita que se trata de um “circo armado”. Ele acrescentou que, as queixas em relação ao aumento do preço dos combustíveis acontecem agora, mas a população deveria ter considerado essa possibilidade quando os governos estaduais insistiam que os trabalhadores ficassem em casa.
O vereador também comentou sobre as manifestações dos dias 7 de setembro (a favor de Jair Bolsonaro) e 2 de outubro (contra o atual presidente do país): “Estamos num novo tempo, sim. A bandeira do Brasil não é vermelha. É verde, azul e amarela”. De acordo com Carlão, os protestos do último dia 2, não contaram com metade das pessoas que saíram às ruas no 7 de setembro, quando os atos foram de apoio a bandeiras defendidas pelo presidente Bolsonaro.
Ainda, Carlão comentou sobre a exigência do passaporte sanitário, para permitir entrada em ambientes públicos apenas das pessoas que tomaram a vacina contra a Covid-19. “Escutei aqui alguém defendendo a vida com passaporte sanitário. Que vida é essa em que não se tem liberdade?”, questionou.
Contraponto
Em contraponto ao pronunciamento de Carlão, o vereador Marcos Henriques (PT) afirmou que a linguagem neutra não representa um risco à forma de expressão dos brasileiros: “Não existe isso de querer mudar a história. É o livre-arbítrio das pessoas se comunicarem da maneira como quiserem. Não tem essa lógica de querer distorcer”, e acrescentou: “Apenas queria dizer isto, que a corrupção nunca foi tão alta”, numa provocação ao governo Bolsonaro, defendido por Carlão.
Sobre corrupção, o Coronel Sobreira (MDB) afirmou que: “No que tange ao Governo Federal, já procuraram, não encontraram nada e não vão encontrar”.
Carlão respondeu enfatizando que o problema não é que o grupo LGBT faça uso desses tratamentos entre si, mas que não concorda que essa linguagem seja levada para as crianças: “Não tentem mexer com nossas crianças”. O parlamentar ainda comentou sobre o “passaporte da vacina”, que seria utilizado para controlar a entrada de pessoas vacinadas ou não em ambientes públicos. Ele citou a Lei Federal 10.406 de 2002 para embasar seu posicionamento, pois, segundo explicou, “ninguém é obrigado a fazer tratamento no qual tenha risco de vida”.
Encerrando o pronunciamento, Milanez Neto (PV), no entanto, afirmou: “O direito de ir e vir que a Constituição nos garante é sem prejudicar as outras pessoas. Não posso usar meu direito de ir e vir para agredir”, exemplificou.