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Paraíba

CPI da Banda Larga recebe Órgão de Defesa do Consumidor Estadual

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a prestação de serviços de internet banda larga na Capital, da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), recebeu a superintendente da Autarquia de Promoção e Defesa do Consumidor do Estado da Paraíba (Procon-PB), Késsia Liliana, na manhã desta segunda-feira (20). Na ocasião, ela apresentou dados gerais sobre reclamações referentes a empresas de telefonia e falou sobre a importância do consumidor procurar a provedora de internet e o Procon em caso de insatisfação com o serviço prestado.

Késsia Liliana passou para a presidente da CPI, vereadora Eliza Virgínia (Progressistas), cadernos de cadastros de reclamações fundamentadas atendidas ou não do órgão, e afirmou que os dados encontram-se disponíveis virtualmente por meio do site do Procon-PB. “As empresas mais demandadas foram a Claro, com 6.532 atendimentos de 2015 a 2021; seguida da Tim, com 4.903; Oi, com 4.375; e Vivo, com 3.133. Não existe registro de reclamação sobre a Brisanet, tudo é automaticamente demandado”, elencou.

A superintendente esclareceu ainda que os dados trazidos são das reclamações referentes às empresas de telefonia de forma geral, tendo em vista que não houve tempo hábil para a seleção de informações mais específicas sobre as reclamações a respeito do serviço de Banda Larga. “Teríamos que analisar processo a processo, já que o sistema nacional de informação e defesa do consumidor não teria como filtrar especificamente qual a relação”, afirmou, informando a possibilidade de solicitação de maior detalhamento no tocante à banda larga.

Transparência

Questionada sobre como o consumidor pode conferir se está recebendo o serviço contratado, Késsia respondeu: “Todos nós, consumidores, temos, no nosso aplicativo, a capacidade de verificar o quanto de internet está chegando para a gente ou não”. A superintendente ainda explicou que se o serviço não foi prestado conforme contratado cabe ressarcimento. “O que mais se busca é o que está no Código de Defesa do Consumidor, que haja transparência”, reforçou a superintendente do Procon-PB.

O relator da CPI da Banda Larga, vereador Odon Bezerra (Cidadania), acrescentou que o consumidor pode exercer seu papel de reclamante administrativamente e judicialmente. “O judicial aparenta ser o mínimo, porque ele [consumidor] seria ressarcido em 10%, 20% da sua mensalidade. Então, ele diz ‘não vou reclamar’. Nisso, as operadoras se aproveitam”, argumentou Odon Bezerra, destacando que a atuação da CPI é importante para esclarecer à população que o que parece pouco para um consumidor isolado, se torna um grande montante para as empresas.

“Se o consumidor fizer a reclamação perante a Anatel, perante um órgão de defesa do consumidor, perante uma plataforma, a empresa, além de ter que ressarcir os prejuízos que foram causados, vai sofrer uma penalidade. É essa consciência que os consumidores devem ter e é esta a essência dessa CPI: buscar dar mais transparência a esse tipo de contrato”, reforçou.

Atendimento no Procon-PB

Segundo a superintendente do Procon-PB, há um atendimento preliminar, que é quando o consumidor procura o Procon e o órgão estabelece a conexão direta com a empresa; a carta de informação preliminar, que é o contato do consumidor com a empresa por e-mail; e a simples consulta para dirimir dúvidas. Se a reclamação não for atendida, ela é lançada no banco de dados nacional para a realização de audiência objetivando a realização de acordo, que pode ser efetivado ou não. “A partir desse cadastro, a população vai olhar qual o tratamento que essas empresas dão aos consumidores. Quando a reclamação fundamentada não é atendida, temos a sanção em pecúnia àquela empresa”, explicou.

 

De acordo com Késsia, a partir do momento em que a reclamação chega ao Procon, o índice de resolutividade é alto. “A empresa atende tanto na fase preliminar, quanto no cadastro. Entendo que o Procon não é uma indústria de multas, ele serve para harmonizar as relações de consumo”, defendeu.

 

“Embora as empresas respondam aos Procons, é público e notório que isso é uma obrigação delas. As empresas têm que entender que o objetivo da prestação de serviço é a satisfação dos consumidores e saber que é preciso auxiliar e resolver as questões de seus consumidores. Ainda temos práticas nefastas e precisamos de qualidade no serviço ofertado, e nisso me acosto à CPI. O que chega ao órgão, a gente resolve, mas muitos não reclamam. O que vem aos órgãos é a ‘ponta do iceberg’, o consumidor que é consciente e que reclama ainda é ínfimo diante da real reclamação do que se apresenta”, afirmou Késsia, elogiando a atuação da CPI em defesa dos consumidores.

 

A superintendente destacou ainda a importância do consumidor lutar pelos seus direitos. “O consumidor tem que entender o poder que ele tem nas mãos de reclamar, seja junto à operadora, para que ela tome ciência e registre a reclamação, seja junto ao órgão de proteção e defesa do consumidor, caso ela não resolva. Se o serviço não foi prestado conforme o contratado, o consumidor tem que ser cobrado relativo ao que foi consumido. Ele deve sempre reclamar”, afirmou Késsia Liliana, informando que o Procon-PB atende virtualmente, pelo WhatsApp (98618-8330) ou pelo telefone através do número 151, além dos canais referentes ao Sindec e consumidor.gov. br.

 

Próximas Ações

 

O relator Odon Bezerra (Cidadania) listou dois ofícios à Anatel: um para reunir cópias dos contratos aprovados pela agência com as empresas de telefonia; e outro para que informe à CPI o número de reclamações efetuadas em João Pessoa e o montante das multas aplicadas. Além disso, a convocação ou convite aos presidentes de conselho de consumidores das operadoras Oi, Tim, Claro, Vivo e Sky. Já o Bispo José Luiz (Republicanos) afirmou que está fazendo um requerimento para acrescentar vereadores suplentes para evitar o risco de ficar sem quórum.

 

A vereadora Eliza Virgínia encerrou a Sessão informando que na próxima segunda-feira (27) haverá continuidade contando já com a presença confirmada do Procon Municipal. Também estão convidados os Procons do Ministério Público e da Defensoria Pública.

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Paraíba

Mais de 730 denúncias já foram registradas pela Paraíba no Sistema Pardal do TSE; confira

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O sistema Pardal, desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já recebeu até esta segunda-feira (30/09) um total de 732 (setecentas e trinta e duas) denúncias de propagandas eleitorais supostamente irregulares na Paraíba.

As denúncias são encaminhadas inicialmente para a Ouvidoria Eleitoral paraibana que faz uma triagem inicial e direciona as supostas propagandas eleitorais irregulares ou proibidas para o cartório eleitoral do município para que o juiz Eleitoral julgue a procedência dos fatos.

Outras irregularidades são encaminhadas diretamente ao Ministério Público Eleitoral (MPE), como denúncias referentes à propaganda eleitoral veiculada em rádio, TV ou internet, e outras irregularidades eleitorais relacionadas às Eleições.

Em se tratando de país, o Brasil já registrou 67661 (sessenta e sete mil, seiscentas e sessenta e uma) denúncias. A Paraíba segue em 17º lugar no ranking de Estados com maior número de denúncias.

Pardal

O sistema Pardal – Denúncias Eleitorais permite o envio de denúncias com indícios de práticas indevidas ou ilegais no âmbito da Justiça Eleitoral. Tais denúncias devem conter informações e evidências que ajudem a Justiça Eleitoral no combate às ilegalidades. A principal novidade para este ano é o uso da ferramenta para denunciar desvios nas campanhas eleitorais na internet. A versão atualizada do aplicativo pode ser baixada gratuitamente nas lojas de dispositivos móveis (faça o download no Google Play ou na App Store). As denúncias podem ser feitas apenas pelo aplicativo Pardal, disponível nos endereços abaixo:

Pardal para o seu dispositivo IOS

Pardal para o seu dispositivo Android

Confira o ranking dos municípios com maior número de denúncias:

Cidade Total
CAMPINA GRANDE 109
JOÃO PESSOA 79
BAYEUX 42
SANTA RITA 30
BORBOREMA 29
MAMANGUAPE 24
MOGEIRO 19
BARRA DE SANTA ROSA 16
CATOLÉ DO ROCHA 13
PILÕES 13
SERRA BRANCA 13
BAÍA DA TRAIÇÃO 10
CABEDELO 10
VÁRZEA 10
GUARABIRA 9

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Paraíba

Justiça confirma que operação na casa de Cícero Lucena foi ilegal

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Redação do Portal da Capital

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) declarou a ilegalidade no cumprimento de mandado de busca e apreensão contra a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, dentro do processo apelidado de operação Território Livre, no sábado (28).

Segundo a decisão, em caráter liminar, do desembargador Oswaldo Trigueiro Filho, relator da reclamação, houve uma usurpação de competência quando a juíza zonal determinou tal procedimento na residência de uma autoridade com foro privilegiado. Com isso, determinou a suspensão da busca e apreensão na casa do prefeito Cícero Lucena, por entender ser irregular, visto que somente o TRE poderia autorizar o ato investigatório.

A decisão do desembargador, tendo em vista que a busca e apreensão já ter sido realizada na residência do prefeito, também determina a suspensão da análise de todo o material apreendido no imóvel até o julgamento do mérito da reclamação. O magistrado entende que não é qualquer autorização judicial que permite validamente romper a garantia da inviolabilidade do domicílio, cabendo apenas a garantia constitucional ao juiz constitucionalmente competente.

A magistrada do primeiro grau, tendo em vista a residência alvo do ato ordinal ser de um detentor de foro privilegiado, extrapola em sua competência ao emitir um mandado cujo conteúdo não sinaliza limitações quanto ao esposo da investigada. Os policiais federais que cumpriram o mandado não tiveram a orientação de se restringir a busca aos objetos e documentos pertencentes à primeira-dama.

O desembargador determinou a notificação imediata à Delegacia da Polícia Federal sobre a decisão e também abriu prazo de 24 horas para vista dos autos ao procurado regional eleitoral para emissão de parecer.

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Paraíba

O Globo destaca clima de tensão entre candidatos e envio de tropas federais para cidades da Paraíba

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Redação do Portal da Capital

O clima tensão entre candidatos e envio de tropas federais para a Paraíba foi destaque em uma matéria publicada em O Globo nesta segunda-feira (30/09).

A matéria mostra como a reta final das campanhas em algumas cidades da Paraíba foi tomada por clima de tensão, denúncias e pedidos de envio de forças federais para apaziguar os ânimos, pelo menos, no dia da votação.

Clique aqui e confira a íntegra da matéria com imagens ou leia o texto abaixo:

Cidades da Paraíba vivem tensão com denúncias de influência de facções criminosas nas eleições, e TSE determina envio de tropas

Forças federais vão atuar em pelo menos quatro cidades do interior; outras duas também pediram reforço

A reta final das campanhas municipais em cidades da Paraíba foi tomada por um clima de tensão entre os candidatos, que denunciam a intervenção de facções criminosas no processo eleitoral. A uma semana do pleito, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já autorizou o envio de forças federais de segurança para quatro municípios do interior do Estado: Cabedelo, Bayeux, Fagundes e Itabaiana.

O mais recente deles é Itabaiana, cidade de 24 mil habitantes localizada a 70 quilômetros da capital, João Pessoa.

Trecho de relatório da Polícia Civil encaminhado à Justiça Eleitoral diz que, na cidade, “pelo que foi levantado até o momento, trata-se de uma organização criminosa que, além de praticar e comandar o tráfico de drogas na região, está tentando enveredar para o viés político através de vereadores e candidatos ao pleito de 2024, sendo utilizado, inclusive, o dinheiro do tráfico para financiamento de pré-campanha”.

Candidatos de diferentes partidos relataram dificuldade para fazer campanha em regiões dominadas pelo tráfico. Em um porta a porta de campanha na manhã de sábado, em Itabaiana, o candidato José Sinval Neto (MDB) precisou de escolta policial para conseguir abordar os moradores.

— O clima de tensão aqui é predominante. O clima aqui é de guerra, pois o crime organizado veio para ficar. Eles têm interesse em se apossar da cidade — disse. — Quando faço meus movimentos nas localidades, a marginalidade vai às casas e determina que sejam arrancadas minhas fotos.

Procurado, o TSE reforçou que já autorizou o envio de tropas para as cidades de Bayeux, Cabedelo, Fagundes e Itabaiana. Já o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na Paraíba acrescenta que está analisando o envio de tropas para outras duas cidades: São Bento e Paulista. Em nota, destacou que a presidência do tribunal realizou reuniões com as forças de segurança estadual e federal, “como forma de ter apoio das respectivas instituições com o objetivo de realizar uma eleição segura e transparente”.

Em entrevista ao GLOBO, publicada neste domingo, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, disse que a tentativa do crime organizado de influenciar e se infiltrar nas eleições municipais é “bastante grave” e “não pode ser subestimada”. A ministra afirma que o crime “quer ser o formulador de leis”. Segundo ela, a Justiça tem coordenado um cruzamento de dados para monitorar o tema.

— Devemos adotar medidas imediatas, tanto para evitar que os criminosos alcancem seus objetivos quanto para impedir que algo que já tenha começado em outros momentos se perpetue — disse a ministra. — Foi necessário criar uma estratégia robusta para garantir a segurança das eleições, que envolve todas as polícias estaduais e federais. Também haverá apoio das Forças Armadas para os locais que solicitaram. Além disso, pela primeira vez, determinei que houvesse um juiz em todos os municípios brasileiros no dia da eleição.

‘Medo de bala perdida’

O medo das facções criminosas atinge principalmente cidades de pequeno porte, que não costumam contar com grandes efetivos policiais. Única candidata mulher à prefeitura de Cabedelo, cidade de 68 mil habitantes vizinha à capital, João Pessoa, Jacqueline Monteiro França (Podemos) relata que as facções criminosas estão interferindo nas eleições no município.

— Há dificuldade de acesso a alguns bairros e um certo medo da população, medo de bala perdida. E é lamentável que em pleno processo democrático estamos enfrentando a interferência de facções criminosas que tentam minar a integridade das eleições — afirma a candidata.

Alguns candidatos, no entanto, relativizam o clima de tensão em Cabedelo. Austricliano Henrique Pereira, ex-secretário municipal de Limpeza Urbana e candidato a prefeito pelo PCO, diz que ainda não foi “barrado em nenhuma comunidade”:

— Eu, particularmente, não fui barrado. Sempre as eleições aqui são muito acirradas, mas os candidatos estão fazendo caminhadas.

O candidato Ironilo da Silva Oliveira, do Democracia Cristã, também diz que a eleição no município é sempre tensa.

— Um candidato falou para o outro que se ele entrasse em alguns bairros seria metralhado. E isso colocou medo nas messias. Nossa cidade é pacata, ordeira. O que falta no município é olhar para os jovens que estão abandonados — afirmou.

Cidade de 11 mil habitantes

Outra cidade que receberá reforço na segurança, Fagundes tem apenas 11 mil habitantes e está localizada a 140 quilômetros da capital. O TSE também autorizou reforço na segurança do município.

Candidato do Republicanos em Fagundes, Nondas Pedro defende a intervenção federal para garantir a segurança e o livre exercício do voto:

— É importante medidas para assegurar que as eleições sejam seguras — declarou.

A possibilidade de requisição do auxílio das forças federais está prevista na legislação, que desde 1965 estabelece que compete privativamente ao TSE “requisitar Força Federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos tribunais regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração”.

Para isso, os tribunais regionais eleitorais (TREs) devem encaminhar o pedido indicando as localidades e os motivos que justifiquem a necessidade de reforço na segurança, com a anuência das secretarias de segurança dos respectivos Estados”.

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