A Agência Estadual de Vigilância Sanitária entregou, nessa quarta-feira (15), Declaração emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária atestando a alta adesão do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande às práticas de segurança do paciente estabelecidas na Resolução de Diretoria Colegiada RDC) n° 36/2013/Anvisa e, assim, passa a fazer parte do seleto grupo de hospitais do Brasil com a mais alta classificação. O evento contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros.
No ato da entrega da certificação, o diretor-geral da Agevisa/PB, Geraldo Moreira, reafirmou a importância do preenchimento anual pelos serviços de saúde do Formulário de Autoavaliação das Práticas de Segurança do Paciente salientando que é através desse instrumento que se viabiliza o processo de avaliação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, das práticas de segurança do paciente desenvolvidas em todo o território nacional.
“As informações decorrentes desse processo são importantes para que se tenha o conhecimento real do quadro de segurança do paciente no Brasil. Dessa forma, pode-se identificar com maior eficiência os pontos positivos e negativos e, assim, adotar as medidas que se fizerem necessárias para o aperfeiçoamento e fortalecimento das Políticas de Saúde Pública no País”, enfatizou. E acrescentou: “A alta adesão às práticas de segurança do paciente conquistada pelo Hospital de Trauma de Campina Grande corresponde a um ganho importante para toda a rede de saúde do Estado”.
Avaliação nacional – Conforme a coordenadora estadual de Segurança do Paciente da Agevisa, Vivian de Oliveira Lopes, desde o ano de 2016, a Anvisa promove anualmente a “Avaliação Nacional de Práticas de Segurança do Paciente” para hospitais com leitos de terapia intensiva. Esse trabalho é realizado em parceria com os Núcleos de Segurança do Paciente das Vigilâncias Sanitárias (NSP VISA) de todo o País,
Tal iniciativa tem base no Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Monitoramento e Investigação de Eventos Adversos e Avaliação de Práticas de Segurança do Paciente, publicado pela Anvisa no ano de 2015, que dá ênfase à gestão de riscos, ao aprimoramento da qualidade e à aplicação das boas práticas em serviços de saúde.
A avaliação e monitoramento das práticas de segurança do paciente consideram o atendimento a 21 indicadores de estrutura e processo que incluem mais de 45 itens que precisam ser comprovados e anexados. Por meio desse processo, que é realizado pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), formado pela Anvisa e pelas Vigilâncias Sanitárias dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, analisa-se a conformidade dos serviços de saúde com UTI aos indicadores de estrutura e processo (práticas de segurança do paciente) enviados pelos hospitais participantes.
“De acordo com a observância às práticas de segurança do paciente, os serviços com leitos de UTI são classificados em três grupos: Conformidade alta (67% – 100% de conformidade aos indicadores de estrutura e processo); Conformidade média (34% – 66%), e Conformidade baixa (0% -33%)”, explicou a coordenadora estadual de Segurança do Paciente da Agevisa/PB.
Sobre a Declaração da alta adesão conferida ao Trauma de Campina Grande, Vívian Lopes lembrou que o hospital já havia conquistado esse título em ano anterior e explicou que o diferencial nesta última avaliação foi que a instituição de saúde conseguiu fechar a adesão de 100% às práticas de segurança do paciente, o que a incluiu num seleto grupo de hospitais do Brasil com a mais alta classificação.
Hospital seguro – Na presença do secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, do diretor Geraldo Moreira, da Agevisa/PB, e da coordenadora estadual de Segurança do Paciente da Agevisa, Vivian de Oliveira Lopes, realizou-se o lançamento do projeto “Juntos fazemos um Hospital Seguro”, desenvolvido pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Segundo os idealizadores, a iniciativa tem por objetivo prevenir os eventos adversos por meio da participação de todos os colaboradores, priorizando-se também a inclusão dos familiares e acompanhantes no cuidado com os pacientes.
Conforme a gestora de Segurança do Paciente, Talita Costa Falcão, as orientações serão transmitidas verbalmente e também através da distribuição de cartilhas informativas contendo as seis metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a proteção do paciente (“identificação correta dos pacientes”, “comunicação efetiva”, “segurança de medicamentos de alta vigilância”, “segurança das cirurgias”, “redução do risco de infecções associadas aos cuidados em saúde” e “prevenção de complicações decorrentes de quedas”).
Durante o evento, a psicóloga e integrante do Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar, Francilene Araújo de Morais, destacou a humanização como elemento essencial na assistência ao paciente que deve ser levado em consideração por todos os que fazem parte da unidade hospitalar. O ambiente humanizado, segundo ela, faz com que os usuários se sintam seguros e acolhidos durante o período de tratamento, além de promover a interação dos mesmos com a equipe interdisciplinar.