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Convocação de ex-mulher de Bolsonaro cria polêmica na CPI da Covid

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Convocada nessa quarta-feira pela CPI da Covid, Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, pode não depor na comissão. A convocação de Ana Cristina, hoje assessora da deputada Celina Leão (PP-DF), causou divisão no grupo que comanda a CPI, o chamado G7. Alguns de seus integrantes não aprovaram a iniciativa, alegando que a presença dela na comissão poderá dar munição ao presidente para alegar que está sofrendo perseguição pessoal dos senadores. Ela é mãe de Jair Renan, filho de Bolsonaro.

“Mesmo após a aprovação do requerimento, há divergência e pode não haver a convocação de fato para ela comparecer. A maioria dos senadores que integram a comissão entende que não é adequado chamar porque a CPI não deve adentrar no terreno pessoal”, disse ao Congresso em Foco o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Foi Randolfe, vice-presidente da CPI, quem submeteu a votação o requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), membro do G7. Na ocasião, apenas o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) votou contra a convocação de Ana Cristina.

Randolfe disse que não haverá um cavalo de batalha na CPI para ouvir a ex-mulher de Bolsonaro e admitiu que os trabalhos do colegiado devem avançar pela primeira semana de outubro, apesar de a votação do relatório final estar prevista para o final de setembro.

“Embora eu seja favorável à convocação, tanto que submeti à votação, acho que esse é um risco. Mas isso não é sangria desatada. Temos 40 requerimentos de convocação pendentes e deveremos ter mais uma ou duas semanas de depoimento. Não teremos condição de ouvir todo mundo. Se for o caso, ela pode até não depor”, reconheceu.

Entre os opositores do governo que se posicionaram contra a convocação de Ana Cristina estão, segundo Randolfe, Eduardo Braga (MDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). Os três também são contra a convocação de Jair Renan e do general Braga Netto, atual ministro da Defesa. Embora haja requerimento para chamá-los à CPI, não há previsão se os pedidos serão votados.

Vice-líder do governo e integrante da comissão, o senador Jorginho Mello (PL-SC) diz não ver qualquer fundamento na convocação da ex-mulher de Bolsonaro. “O que ela tem a ver com venda de vacina? Decidiram chamá-la só porque é ex-mulher e mãe do filho do presidente? Estão entrando numa questão pessoal”, afirmou o senador ao Congresso em Foco.

Segundo ele, a divergência em torno do assunto no G7 mostra que muitos senadores sabem que “não se pode fazer política com o fígado”. “Não pode ter mágoa nem ser apaixonado nessas horas”, disse. “Acredito que ela será ouvida. Mas aí a CPI terá de entrar na primeira semana de outubro”, acrescentou.

Autor do requerimento, Alessandro Vieira considera necessária a presença de Ana Cristina na CPI para aprofundar as investigações sobre a ligação entre o empresário Marconny Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos, e membros da família Bolsonaro. Marconny depôs ontem à comissão e negou agir em favor dos interesses da empresa, pivô de denúncias de corrupção na negociação da vacina indiana Covaxin.

Mensagens recuperadas do celular de Marconny indicam que a ex-mulher de Bolsonaro usou de influência no governo para a nomeação de dois indicados pelo lobista em postos de comando no Instituto Evandro Chagas, no Pará, órgão do Ministério da Saúde. Em seu depoimento, ele minimizou sua relação com Ana Cristina, mas admitiu que ajudou Jair Renan a montar uma empresa como “influencer”.

Ana Cristina e Bolsonaro tiveram um divórcio litigioso. No processo de separação ela acusou o então deputado de possuir à época um patrimônio pessoal bem superior ao declarado à Justiça eleitoral, de auferir rendimentos mais elevados do que os informados à Receita Federal e de ter furtado um cofre numa agência do Banco do Brasil.

No início do mês, a Justiça do Rio de Janeiro quebrou os sigilos fiscais e bancários de ao menos sete empresas ligadas à segunda ex-mulher do presidente. A Justiça suspeita de ocultação de verba do esquema de rachadinhas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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