O Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) protocolou a 22ª denúncia contra o ex-governador Ricardo Coutinho e mais doze pessoas, no âmbito da Operação Calvário.
A denúncia é decorrente das investigações que apontaram fraude em licitação para renovação do contrato da Cruz Vermelha gaúcha com a terceirização do Hospital de Trauma.
De acordo com matéria publicada originalmente no blog do Helder Moura, segundo as investigações, teriam ocorrido crimes de corrupção ativa e passiva, fraudes em licitação e peculato na contratação, envolvendo também o lobista Daniel Gomes da Silva e a ex-secretária Livânia Farias (Administração), que, a propósito, fizeram delação premiada, além dos ex-secretários Waldson de Souza e Cláudia Veras (Saúde).
Ainda de acordo com o Gaeco, houve pagamento de propinas por parte da Cruz Vermelha a agentes públicos, além do desvio de cerca de R$ 49 milhões de recursos públicos. Deste total, de acordo com o órgão, pelo menos R$ 18 milhões teriam sido destinados a representantes do governo do Estado.
A estimativa da força-tarefa é que o esquema teria provocado um prejuízo superior a R$ 50 milhões aos cofres públicos. Na denúncia, o Ministério Público pede a condenação dos acusados, a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo, além de multa de R$ 49,3 milhões a título de reparação do que teria sido desviado dos cofres públicos.
Demais envolvidos – Além de Ricardo Coutinho, Daniel, Livânia, Waldson e Veras, a lista dos envolvidos traz ainda ex-assessor Leandro Nunes, Saulo Avelar Esteves (ex-superintendente do Hospital de Trauma e representante da Cruz Vermelha), Milton Pacífico José Araújo (ex-superintendente do Trauma e representante da Cruz Vermelha), Saulo Pereira Fernandes, Samuel de Sousa Santiago e Michelle Louzada, esta última ex-secretária de Daniel.