As vendas pela internet tornaram-se uma realidade no mercado brasileiro. Durante a pandemia, o setor de moda foi o que teve o maior número de vendas de itens por pessoa entre todas as indústrias no Brasil. É o que aponta o levantamento feito pela Melhor Envio, plataforma de gestão de fretes do Grupo Locaweb. O deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar de Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba (ALPB), Eduardo Carneiro, ressaltou a importância da modalidade para a economia do país no período de crise e planeja evento para incentivar capacitação.
“Nós vivemos há mais de um ano uma crise que tem, inevitavelmente, afetado diversos setores da nossa economia e, mesmo em meio às adversidades, o brasileiro busca uma forma de se reinventar. Esse levantamento é a prova disso! Quem tinha o negócio físico precisou aderir ao digital, quem estava apenas no digital passou a ter também um espaço físico para melhor atender seus clientes. Para o brasileiro não falta disposição para empreender, mas sim oportunidade e capacitação. Estamos planejando um evento nesse sentido”, antecipou Eduardo.
De acordo com a pesquisa, o período de restrições mais rígidas da pandemia também foi o mesmo em que houve um aumento na venda nos itens de moda. De 50.000 itens vendidos por meio do e-commerce em abril de 2020, os produtos de moda aumentaram para mais de 100.000 em maio do mesmo ano.
Oportunidade – Tendo ingressado no ramo da moda em outubro de 2020, Renata Salles, proprietária da loja virtual, Donna Tata (@donnaatata) atualmente trabalha com sua sócia para inaugurar o espaço físico em uma das principais avenidas do bairro de Manaíra, em João Pessoa. Para a empreendedora, optar pelo setor de moda foi a certeza de trabalhar com algo que proporcionasse prazer e satisfação pessoal. “Busquei algo que eu me identificasse e que tivesse certo conhecimento”, explicou.
Renata, que também é funcionária pública estadual, lembra que a consciência do poder que a internet possui nos dias atuais foi um dos fatores que a levou, juntamente com sua sócia, a optarem pelas vendas na internet. “E financeiramente falando não estávamos com condições de começar com uma loja física, então escolhemos começar pelo ambiente virtual, alcançando um número grande de pessoas e com baixo custo”, relatou.
Apesar de não ter feito nenhum curso ou capacitação para atuar na área, Renata afirmou que pesquisaram bastante sobre o assunto, além de terem feito contato com pessoas que já empreendiam. “Está em nossos planos fazer um curso voltado para o empreendedorismo, com foco no ramo da moda, o mais breve possível”, finalizou a empreendedora.
Conciliação – Assim como Renata, a também empreendedora Ana Shirleyde Tejo, optou por investir no setor de moda com vendas por meio da internet em julho deste ano. Ana explicou que tanto ela quanto a sócia, Diane Ribeiro, já tiveram experiência com vendas e este ano decidiram atuar juntas na ANADI (@anadi.jp). “Decidimos formar uma sociedade, de um mundo que consumimos e gostamos. E passamos a estudar o assunto e hoje fazemos uma curadoria cuidadosa das peças. Hoje já estamos com mais de dois mil seguidores na plataforma Instagram, com o crescimento orgânico e muito felizes com a reciprocidade das nossas clientes”, apontou.
Ana apontou ainda que ela e a sócia, analisaram o mercado e observaram que devido a pandemia do novo coronavírus, as vendas on-line se fortaleceram e anteciparam uma tendência que ainda vinha em crescimento. “Foi quando decidimos iniciar a loja já nessa modalidade que veio para ficar no mercado mundial. Por sermos mães, gostaríamos de continuar próximas aos nossos filhos conciliando o trabalho e a criação dos nossos maiores bens”, afirmou.
Para o parlamentar, que também preside a Secretaria Especial da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), os exemplos citados na matéria comprovam que a internet é um universo que abre portas para quem deseja empreender e ressaltou que o trabalho que vem desenvolvendo na Frente Parlamentar tem, exatamente, o propósito de contribuir para que mais paraibanos possam encontrar em suas habilidades e afinidades uma oportunidade de ter o próprio negócio.