O ministro da Saúde e médico paraibano Marcelo Queiroga decidiu, de vez, seguir a linha do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e levantar o tom contra Estados em tom de ameaça.
Queiroga, durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde da quarta-feira (25), afirmou que os Estados que se recusarem a seguir a “soberania” do Plano Nacional de Imunização (PNI) ficarão sem vacinas contra o vírus da Covid-19.
“Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde lamentavelmente não terá condições de entregar doses de vacinas”, disse o ministro paraibano.
Ainda durante a coletiva, Queiroga afirmou que não iria adiantar representações na Justiça ou falas à imprensa por parte de gestores.
“E não adianta falar na imprensa ou ir na Justiça, porque o juiz não vai assegurar dose que não existe”, frisou Queiroga. “O que queremos aqui é que nossa campanha siga de maneira equânime. O Brasil é uma só nação, um só povo.”
“Essa foi a recomendação que recebi do presidente da República. Fazer política de saúde e não fazer política na saúde”, disse ainda o ministro.
De acordo com a matéria postada no Estadão, a fala de Queiroga se deu após anunciar que o Brasil começará a aplicar a dose de reforço contra o vírus da Covid-19 já a partir do próximo dia 15 de setembro.
A 3ª dose da vacina contra a covid-19 será aplicada em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos (pessoas que têm o sistema imunológico comprometido).
A injeção de reforço tem sido defendida por especialistas diante do aumento de infecções entre vacinados com as duas doses e de evidências científicas de que a proteção induzida pelos imunizantes cai ao longo do tempo.
A decisão foi tomada em reunião do ministério na noite de terça-feira (24).