O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (25) um estudo que traça o perfil com um panorama e o número dos brasileiros com deficiência no Brasil e nos Estados.
O levantamento revela que, a Paraíba é o segundo Estado do país com maior número de Pessoas com Deficiência (PCDs) apresentando um total que corresponde a 10,7% do população paraibana.
Ainda de acordo com o estudo, que faz parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizado há dois anos e publicado apenas nesta quinta, o número de PCDs no Brasil inteiro é de 8,4%, sendo Sergipe o primeiro lugar no ranking apresentando 12,3% da população com alguma deficiência.
No ranking depois da Paraíba (10,7%), aparecem os Estados do Ceará (10,6%) e da Bahia (10,3%).
Segundo o levantamento, outros Estados populosos como São Paulo apresentam 7,4% da população com alguma deficiência, enquanto Rio de Janeiro tem 8,1% e Maranhão 9%.
Em números reais, a pesquisa revela que o país possui 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência e 67,6% dessas pessoas não possuem instrução ou sequer concluíram o Ensino Fundamental.
Os dados da PNS confirmam a existência de um grande desnível de PCDs em relação àquelas sem deficiência mostrando que se a educação de base não vai bem, a situação do mercado de trabalho também não é a ideal reforçando, ao mesmo tempo, a importância da Lei das Cotas e fiscalização dela.
Preconceito
A pesquisa bate de frente com a tentativa da gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em instituir o Decreto 10502/2020 que oferece tratamento desigual e injusto às Pessoas com Deficiência (PCDs), com base em preconceito.
No início desta semana, o deputado federal paraibano Gervásio Maia (PSB) utilizou as redes sociais, para alertar sobre o problema identificado junto à gestão de Bolsonaro e para reforçar o alerta após a declaração pública dada pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmando não querer inclusivismo.
“Nós não queremos o inclusivismo, criticam essa minha terminologia, mas é essa mesmo que eu continuo a usar”, afirmou Ribeiro em entrevista a rádio Jovem Pan, na segunda-feira (23).
Para Gervásio, o tratamento do atual governo federal junto aos PCDs “representa um retrocesso ‘ABSURDO’” e que juntamente com o PSB “recorreu para barrar essa medida discriminatória que vai na contramão da educação inclusiva”.