Os acusados pelo assassinato do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, irão à júri popular. A decisão foi prolatada pelo juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri de João Pessoa e publicada na segunda-feira (16).
Com a decisão, serão julgados pelo júri popular os réus: Leon Nascimento dos Santos, apontando como executor do crime; José Ricardo Alves Pereira, que seria o mandante, e Gean Carlos da Silva Nascimento, o intermediador.
O ex-prefeito Expedito Pereira (MDB), foi assassinado a tiros, no início do mês de dezembro de 2020, enquanto caminhava na Avenida Sapé, no bairro de Manaíra, em João Pessoa.
A defesa do acusado Gean Carlos já avisou que recorrerá da decisão por considerar que a Justiça paraibana estaria “se rendendo a pressão politica e popular ao determinar, sem provas, que um inocente vá a Júri”.
Na denúncia, o Ministério Público narra que em 9 de dezembro de 2020, por volta das 9h, na Avenida Sapé, no bairro de Manaíra, em João Pessoa, o denunciado Leon Nascimento, a mando dos acusados Gean Carlos e José Ricardo, executou o ex-prefeito Expedito Pereira.
Também consta na peça acusatória que José Ricardo se candidatou ao cargo de vereador de Bayeux, na última campanha eleitoral, contando com o apoio da vítima, que era seu tio, e com o trabalho dos acusados Gean Carlos e Leon Nascimento como “marqueteiros”.
A peça acusatória relata que o denunciado José Ricardo, no intuito de se eleger, passou a dilapidar o patrimônio da vítima, incluindo fraude e furtos relativos a bens imóveis, veículos, saques bancários e valores subtraídos do cofre da vítima.
Narra ainda a denúncia que, em razão do insucesso na campanha eleitoral, e diante da dilapidação do patrimônio da vítima, os denunciados José Ricardo e Gean Carlos arquitetaram a morte de Expedito Pereira, escolhendo o denunciado Leon Nascimento para executar a vítima, o qual chegou, inclusive, a frequentar um clube de tiro, dias antes, para praticar a mira.