O grupo político do PP que é ligado ao deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro é apontado como o que apresenta maior resistência à ideia de filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à legenda. A informação foi repassada por uma liderança da sigla ao O Antagonista, neste final de semana.
A fonte, que pediu reserva sobre sua identidade para evitar retaliações, afirmou que algumas medidas já foram tomadas para facilitar a entrada de Bolsonaro na legenda como, por exemplo, a confirmação de ida do ministro das Comunicações, Fábio Faria, do PSD para comando estadual do PP no Rio Grande do Norte que, com isso, abrirá mais uma porta importante para entrada do presidente na legenda.
Ainda segundo a mesma fonte, o cenário pepista no Maranhão também já seria favorável à filiação de Bolsonaro, uma vez que o novo presidente, deputado André Fufuca, não tem nada contra à presença do presidente no partido.
Pegando carona, os filhos do presidente, Flávio e Eduardo Bolsonaro, migrariam, respectivamente, para o PP do Rio de Janeiro e para o de São Paulo.
O PP é uma das últimas esperanças de Bolsonaro ter legenda para poder disputar a reeleição em 2022, uma vez que, diversas siglas negaram filiação ao presidente por causa do excesso de exigências apresentadas, inclusive, a de comandar a legenda escolhida após sua entrada oficial no partido.
Caso o presidente consiga se filiar ao PP, já se sabe que a legenda não oferecerá espaço para os chamados “bolsonaristas raíz” nem do PSL, nem de outras siglas, mesmo que tenham sido considerados peças fundamentais à ascensão de Bolsonaro ao comando da Presidência da República. Porém, disse a fonte, se algumas dessas “raízes” conseguir filiação junto ao PP “não terão comando de nada”.