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Paraíba

ALPB debate políticas públicas de prevenção ao desaparecimento de pessoas durante audiência pública

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A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa (ALPB) realizou audiência pública por videoconferência, na tarde desta quarta-feira (02), para discutir o “desenvolvimento de políticas públicas de prevenção ao desaparecimento de pessoas, principalmente de crianças, tendo em vista a nova Lei nº 11.881/2021, de autoria do presidente da ALPB, Adriano Galdino.

O dispositivo legal Lei, que foi sancionada pelo governador João Azevêdo e publicada na edição do dia 20 de abril do Diário Oficial do Estado (DOE), determina que pais e filhos paraibanos terão atenção especial com a instituição de uma Campanha de Prevenção ao Desaparecimento de Crianças na Paraíba. Estabelece ainda que a campanha seja realizada anualmente entre os dias 25 e 31 de maio, com ações educativas sobre recomendações que possam impedir e dificultar possíveis desaparecimentos.

Na abertura do evento, a deputada Pollyanna Dutra, presidente da Comissão, disse que o desaparecimento de pessoas é uma realidade para milhares de famílias na Paraíba, no Brasil e no mundo. “Viver com ausência de um ente querido desaparecido, convivendo por anos com a incerteza sobre o seu destino e buscando constantemente pela verdade sobre o seu paradeiro é seguir a vida com sentimento e a dor e de um luto que não termina”, disse.

A secretaria executiva de estado do Desenvolvimento Humano da Paraíba, Denise Albuquerque, parabenizou a iniciativa do deputado Adriano Galdino pela criação da lei e ao Governo do Estado por ter abraçado a campanha, através de peças publicitárias nas redes sociais, passando a integrar socialmente o calendário de eventos do estado.

“Não somente nesses dias, mas em todos os dias do ano, todas as secretarias do governo, envolvidas na campanha, estarão fazendo o seu trabalho. E a nossa campanha tem por objetivo realizar ações educativas e de conscientização fornecendo orientação aos pais e, também, as crianças, através de nossas redes sociais”, disse.

Para o juiz auxiliar da Vara da Infância de campina Grande, Hugo Gomes, esse trabalho intersetorial na prevenção ao desaparecimento de pessoas “é uma ação muito importante para combater o problema”. “Temos que estar envolvidos numa perspectiva de fato, como multiatores, para encontrarmos meios de evitar e, também, de remediar situações como essas”, observou.

A promotora de Justiça Carla Simone Gurgel revelou-se “bastante feliz” com a sanção da lei proposta pelo deputado Adriano Galdino, que trata sobre prevenção e desaparecimento de crianças, porque foi acolhida pelo Estado da Paraíba. “É importante dizer que esse tema está sendo tratado com a relevância que merece no nosso estado”, destacou.

Cassandra Guimarães, delegada adjunto da Policia Civil da Paraíba, disse que a Corporação está construindo um banco de dados para cruzar informações com outros estados sobre o desaparecimento de pessoas, especialmente as crianças. “É importante que a gente consiga, definitivamente, apagar essa chaga da sociedade paraibana, que causa tantos transtornos à população. Só com o envolvimento de tantas instituições, de mãos dadas, nós conseguiremos êxito nessa batalha”, acrescentou.

Vanessa Lima, coordenadora do Comitê Estadual de enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas, comemorou os resultados alcançados até o momento. O Comitê é composto por 23 outros órgãos e entes da sociedade civil organizada e ONGs buscam atuar de maneira articulada nos eixos de prevenção da repressão e da assistência às famílias de pessoas desaparecidas.

“Isso, com certeza, faz toda diferença porque as pessoas quando procuram por um familiar desaparecido estão aflitas e necessitando de suporte e apoio para enfrentar a dor o medo do paradeiro não conhecido. Através do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos o cidadão tem mais uma ferramenta na busca de pessoas desaparecidas. Hoje nós somos o primeiro órgão em nível de estado a firmar convênio com o Ministério Público para ter acesso ao Programa de Localização e Identificação de pessoas”, declarou.

O deputado Janduy Carneiro e a deputada Cida Ramos também participaram do evento. Cida ressaltou que a busca por pessoas desaparecidas “é, talvez, uma das questões sociais mais fortes do nosso tempo”. Para Janduy Carneiro, o desaparecimento de entes queridos é uma realidade para milhares de famílias no Brasil e no mundo.

“Viver com ausência dos nossos entes queridos é uma realidade dolorosa para familiares de milhares de pessoas que desapareceram e ainda continuam desaparecendo no Brasil. A pessoa que desaparece é a primeira vítima, mas essas tragédias também afetam muitas outras vidas. Os familiares de uma pessoa desaparecida geralmente não descansam até saber sobre o paradeiro do seu ente querido – se é que chegam a saber. Sofrem com a perda e pela perda e pela falta de Notícias”, observou.

Também participaram da audiência pública a médica Patrícia Moreira Rabelo, coordenadora de Saúde Bucal do Município de João Pessoa; Carlos Ribeiro da Silva, presidente da Associação dos Conselheiros e ex-conselheiros Tutelares da Paraíba; Josefa Ângela Pontes de Aquino, coordenadora do Sistema de Informação Sobre Mortalidade e do Sistema de Informação Sobre Nascidos Vivos da Secretaria de Saúde da Paraíba; além de 54 membros e representantes de entidades públicas e civis do estado, a exemplo do Disque 123 e do Centro da Mulher 8 de março.

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R$ 38 mi: Governo Federal descentraliza verba para retomada imediata da Operação Carro-Pipa na PB

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O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que descentralizou nesta terça-feira (26/11) o valor de R$ 38.096.775,00 para o Exército Brasileiro, para realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

Com isso, o programa poderá ser retomado imediatamente.

Criada em setembro de 2012, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a Operação Carro Pipa atende atualmente 344 municípios na região do semiárido nordestino em situação de emergência ou calamidade pública com reconhecimento da Defesa Civil Nacional.

Com um papel crucial na vida de milhões de brasileiros que vivem na região do semiárido, a OCP é uma ação emergencial coordenada pelo MIDR e pelo Exército com o objetivo de garantir o acesso à água potável em municípios que sofrem com a escassez hídrica, um problema recorrente nessa região do País.

De 2023 a 2024, mais de 500 municípios foram atendidos. Atualmente, a operação abastece cerca de 34 mil cisternas coletivas, proporcionando acesso à água potável mensalmente para mais de 1,5 milhão de pessoas.

De janeiro a agosto deste ano, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 500 milhões para garantir a execução da OCP. No mesmo período, foram transportados 12 milhões de litros de água para essas comunidades, reforçando o papel da operação na mitigação dos efeitos da seca.

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Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta terça-feira (26/11), e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa.

A mudança do Regimento aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada de Galdino como presidente da Casa Legislativa fosse oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, à época, a antecipação da dita eleição feriu “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

Na nova votação realizada nesta terça-feira, o único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outros 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Justiça da PB dá prazo e Prefeituras terão que demitir servidores irregulares até o próximo sábado

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O Juízo da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga deferiu em parte as tutelas de urgência pedidas pelo Ministério Público da Paraíba e determinou que os Municípios de Boa Ventura e Serra Grande adotem medidas para corrigir irregularidades constatadas na contratação de servidores. Uma das providências que deverá ser adotada, até o próximo sábado (30/11), é a rescisão dos contratos temporários.

A decisão judicial também determina que os gestores deixem de prorrogar e/ou firmar novos contratos em relação a todos os contratados admitidos há mais de 24 meses, no caso de Boa Ventura, e há mais de um ano, no caso de Serra Grande. Além disso, os Municípios deverão se abster de firmar novos contratos temporários por excepcional interesse público com prazos que ultrapassem um ano, incluída a prorrogação.

Também deverão reduzir a quantidade de servidores contratados temporariamente de forma gradual, preservando a continuidade do serviço público. Até o próximo dia 30, o número de contratados por excepcional interesse público deverá ser reduzido em 50% e, até 31 de dezembro, em 75%. Em caso de descumprimento de cada uma dessas medidas, será aplicada multa diária de R$ 1 mil até o montante de R$ 100 mil.

Os pedidos liminares foram feitos pelo promotor de Justiça de Itaporanga, Charles Duanne Casimiro de Oliveira, nas ações civis públicas 0803957-91.2024.8.15.0211 e 0804010-72.2024.8.15.0211, propostas em face dos Municípios de Boa Ventura e Serra Grande, respectivamente.

Além dessas providências, o MPPB também requereu que os Municípios sejam obrigados a realizarem concurso público para provimento de cargos efetivos de necessidade permanente. Esse pedido não foi deferido pelo juiz João Lucas Souto Gil Messias, que entendeu ser necessária dilação probatória para saber sobre questões orçamentária e de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal para que não haja quebra da independência entre os poderes.

Investigação

As ações são desdobramentos dos inquéritos civis públicos 047.2023.000573  e 001.2022.061814, instaurados na Promotoria de Justiça de Itaporanga para investigar irregularidades nas contratações por excepcional interesse público em Boa Ventura e Serra Grande.

Conforme explicou o promotor de Justiça, foram identificados diversos vínculos contratuais temporários nos dois municípios, por período significativo de tempo  (alguns há mais de cinco anos), em desacordo com o ordenamento jurídico. “O acervo documental revela a prática contumaz e intencional de efetuar contratações precárias de pessoal, em desacordo com as Constituições Federal e Estadual”, disse.

Segundo ele, os dois Municípios violam a regra da obrigatoriedade de aprovação em concurso público para ingresso no serviço público, pois admitiram pessoal para o exercício de serviços não temporários, mas permanentes, afetos às finalidades próprias e à rotina da administração pública municipal.

Contratados x efetivos 

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de contratados supera e muito o número de servidores efetivos, o que levou o TCE a emitir alertas para que os Municípios corrigissem a ilegalidade.

Até abril deste ano, Boa Ventura possuía 152 servidores municipais contratados por excepcional interesse público e o Município de Serra Grande aumentou em 62,5% o número de contratados por excepcional interesse público, possuindo, até o final de 2023, 39 contratados. Conforme destacou o promotor de Justiça, essa situação afronta a ordem constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Foi constatado ainda que leis municipais que versam sobre as contratações temporárias de excepcional interesse público também estão eivadas de inconstitucionalidade, pois não atendem ao prazo de um ano estabelecido pelo STF (ADI 3.649-DF).

O promotor de Justiça destacou ainda que os Municípios não atenderam à recomendação ministerial expedida sobre a matéria, nem demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver o problema, não restando outra alternativa ao MPPB a não ser a propositura das ações civis públicas, cujo mérito ainda será julgado.

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