O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (1º) que o ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, assim como ele, aprova a realização da Copa América no Brasil durante a pandemia provocada pelo vírus da Covid-19.
De acordo com a informação divulgada pelo Estadão, segundo o presidente, não só o ministro paraibano, mas, todos os ministros do seu governo são favoráveis a vinda do evento para o Brasil.
“Se depender de mim e de todos os ministros, inclusive o da Saúde (Marcelo Queiroga), está acertado, haverá. O protocolo é o mesmo da Libertadores, o mesmo da Sul-Americana (campeonatos internacionais de futebol), a mesma coisa”, declarou Bolsonaro a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
A Copa América está agendada para começar no próximo dia 13 de junho no Brasil após ter sido rejeitada pela Argentina e pela Colômbia por causa do perigo que representa para o avanço da pandemia no país que sediará o torneio.
O presidente criticou a cobertura da imprensa sobre a transferência do torneio pelo fato de o evento internacional representar um estímulo a aglomerações em um momento grave da crise do coronavírus, que já matou mais de 450 mil pessoas no Brasil, dizendo que seria um movimento capitaneado pela Rede Globo porque os direitos de transmissão seriam hoje pertencentes ao SBT, empresa que pertence ao empresário Silvio Santos, genro do atual ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), que é casado com Patrícia Abravanel.
“O que está havendo aqui? Movimento da Globo contrário porque os direitos de transmissão são do SBT. Não está havendo Libertadores? Não está havendo a Sul-Americana? Não começa agora na sexta-feira a Eliminatórias da Copa do Mundo? Ninguém fala nada. Não tem problema nenhum”, disse Bolsonaro.
Mais tarde, durante cerimônia da Caixa Econômica Federal de incentivo ao esporte, o presidente voltou a comentar sobre o assunto. “Considero da parte do governo federal, como já tratei com o ministro-chefe da Casa Civil, general Ramos, assunto encerrado”.
Bolsonaro também criticou as práticas de isolamento social e minimizou as mortes por coronavírus. “Lamento as mortes, mas nós temos de viver”.