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Paraíba

Reforma da Previdência Municipal é debatida na CMJP

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A reforma da previdência dos servidores municipais da Capital paraibana foi discutida em sessão especial realizada nesta terça-feira (25). A superintendente do Instituto de Previdência Municipal de João Pessoa (IPM-JP), Caroline Agra, apresentou os principais pontos do projeto. Os vereadores debateram o tema e sugeriram alterações ao Proposta de Emenda à Lei Orgânica (Pelo) 02/2021 que tramita na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), sobre o assunto.

A superintendente destacou que o Governo Federal fez uma série de exigências para os regimes próprios de previdência do país, sendo uma delas a garantia do equilíbrio financeiro e atuarial, que no seu descumprimento acarretaria a extinção da previdência, gerando a migração dos servidores para o regime geral de previdência. “Encontramos o regime de nossa cidade com um déficit, que foi ocasionado pelo aumento e envelhecimento da população, assim como pelo aumento da expectativa de vida dos aposentados. Mais idosos vivendo mais e famílias com menos filhos. Menos pessoas entrando no mercado de trabalho”, explicou.

De acordo com Caroline Agra, existem dois fundos componentes da previdência municipal de João Pessoa. O Fundo Financeiro com um déficit de R$ 7,6 bilhões e o Fundo Previdenciário com um déficit atuarial de R$ 126 milhões. Segundo ela, a reforma é a estratégia mais sólida de se equalizar os problemas da previdência sem penalizar sobremaneira os servidores públicos. “Nossa reforma já está atrasada. Muitos municípios já realizaram suas reformas desde o ano passado”, enfatizou.

Após os esclarecimentos da gestora, os vereadores apresentaram seus questionamentos e sugestões sobre o tema. O vereador Bruno Farias (Cidadania) perguntou de que forma os servidores serão atingidos em suas aposentadorias; quais as regras aplicadas. Já o vereador Junio Leandro (PDT) pediu uma explanação sobre as principais mudanças em relação ao regime atual e sugeriu a realização de concurso público para garantir mais contribuintes. Por sua vez, o vereador Marcos Henriques (PT) sugeriu a efetivação de um regime compartilhado e informou que espera respostas sobre questionamentos que encaminhou ao Instituto acerca dos seus dados financeiros.

Os vereadores Bosquinho (PV), Carlão (Patriota) e Durval Ferreira (PL) enfatizaram a importância da reforma para garantir o equilíbrio financeiro do IPM e questionaram sobre o que acontece se não houver a equalização dos débitos da instituição. Esclarecimentos sobre limite e reajustes das alíquotas cobradas aos servidores e a existência de teto par aposentadoria foram solicitados pelos vereadores Marmuthe Cavalcanti (PSL), Coronel Sobreira (MDB) e Milanez Neto (PV), respectivamente. Em sua intervenção, o presidente da Comissão de Constituição, Justiça, Redação de Legislação Participativa, o vereador Odon Bezerra, fez questão de ressaltar que a matéria se encontra em análise na Comissão já anexada das diversas emendas apresentadas pelos vereadores.

Gestora esclarece as indagações

“Os servidores com direitos adquiridos não serão atingidos por essa reforma. Isso é em torno de 20% dos servidores do munícipio. Eles que recebem o abono permanência, pois já estão aptos a se aposentarem, mas continuam na ativa, continuam com o direito adquirido”, esclareceu. Caroline Agra explicou que de certa forma existirão três tipos de contribuintes na previdência: os com direitos adquiridos, os que já estão no serviço público, para os quais existem duas regras de transição e os que ingressarem no serviço público após a reforma, que automaticamente seguem a regra específica para eles. Os servidores já na ativa poderão seguir a regra dos pontos, relacionados a contribuição e tempo de serviço, a serem atingidos: 88 para mulheres e 98 para homens, numa progressão até 100 para mulheres e 105 para homens; e a regra da idade mínima de 57 anos de idade e 30 anos de contribuição para mulheres e 60 anos de idade e 35 anos de contribuição para homens. Já os novos servidores seguirão o critério de idade: 62 anos para mulheres e 65 para homens.

“Concurso público não é uma boa alternativa para esse problema porque o ingresso de novas pessoas no serviço público gera receita e novas despesas, não sendo assim uma boa maneira de equalizar o déficit atuarial do Instituto. Nossa equipe está com os questionamentos apresentados pelo vereador Marcos Henriques e logo encaminhará as respostas. Posso ressaltar que os dados do instituto são públicos e estão divulgados no site do órgão. Se não nos adequarmos as novas regras não poderemos receber o Certificado de Regularidade Previdenciária o que nos impossibilitará de obter empréstimos e convênios do Governo Federal”, asseverou.

A gestora também esclareceu que a legislação federal deixou a possibilidade de que se forem necessárias novas ações para garantir o equilíbrio financeiro da previdência própria elas poderão ser especificadas través de lei ordinária, não sendo mais necessária uma proposta de emenda à Lei Orgânica. Outro esclarecimento da gestora foi em torno dos limites das alíquotas impostas aos servidores. Segundo ela, atualmente esse limite é de 41,5% (ao juntar com a alíquota do Imposto de Renda) e a reforma garante que se um gestor quiser criar nova alíquota só pode ser de até 3,5% totalizando o limite de 45% do salário do servidor. Ela ainda garantiu que no regime próprio não existe um teto para aposentador ia e vai continuar assim.

“Preciso frisar que recebemos diversos representantes das categorias para esclarecer os principais pontos dessa reforma. Deixo as portas abertas para toda população que queira saber mais sobre esse assunto ou sobre quaisquer temas relacionados ao IPM”, finalizou Caroline Agra.

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R$ 38 mi: Governo Federal descentraliza verba para retomada imediata da Operação Carro-Pipa na PB

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O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que descentralizou nesta terça-feira (26/11) o valor de R$ 38.096.775,00 para o Exército Brasileiro, para realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

Com isso, o programa poderá ser retomado imediatamente.

Criada em setembro de 2012, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a Operação Carro Pipa atende atualmente 344 municípios na região do semiárido nordestino em situação de emergência ou calamidade pública com reconhecimento da Defesa Civil Nacional.

Com um papel crucial na vida de milhões de brasileiros que vivem na região do semiárido, a OCP é uma ação emergencial coordenada pelo MIDR e pelo Exército com o objetivo de garantir o acesso à água potável em municípios que sofrem com a escassez hídrica, um problema recorrente nessa região do País.

De 2023 a 2024, mais de 500 municípios foram atendidos. Atualmente, a operação abastece cerca de 34 mil cisternas coletivas, proporcionando acesso à água potável mensalmente para mais de 1,5 milhão de pessoas.

De janeiro a agosto deste ano, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 500 milhões para garantir a execução da OCP. No mesmo período, foram transportados 12 milhões de litros de água para essas comunidades, reforçando o papel da operação na mitigação dos efeitos da seca.

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Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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Redação do Portal da Capital

O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta terça-feira (26/11), e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa.

A mudança do Regimento aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada de Galdino como presidente da Casa Legislativa fosse oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, à época, a antecipação da dita eleição feriu “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

Na nova votação realizada nesta terça-feira, o único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outros 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Justiça da PB dá prazo e Prefeituras terão que demitir servidores irregulares até o próximo sábado

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Redação do Portal da Capital

O Juízo da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga deferiu em parte as tutelas de urgência pedidas pelo Ministério Público da Paraíba e determinou que os Municípios de Boa Ventura e Serra Grande adotem medidas para corrigir irregularidades constatadas na contratação de servidores. Uma das providências que deverá ser adotada, até o próximo sábado (30/11), é a rescisão dos contratos temporários.

A decisão judicial também determina que os gestores deixem de prorrogar e/ou firmar novos contratos em relação a todos os contratados admitidos há mais de 24 meses, no caso de Boa Ventura, e há mais de um ano, no caso de Serra Grande. Além disso, os Municípios deverão se abster de firmar novos contratos temporários por excepcional interesse público com prazos que ultrapassem um ano, incluída a prorrogação.

Também deverão reduzir a quantidade de servidores contratados temporariamente de forma gradual, preservando a continuidade do serviço público. Até o próximo dia 30, o número de contratados por excepcional interesse público deverá ser reduzido em 50% e, até 31 de dezembro, em 75%. Em caso de descumprimento de cada uma dessas medidas, será aplicada multa diária de R$ 1 mil até o montante de R$ 100 mil.

Os pedidos liminares foram feitos pelo promotor de Justiça de Itaporanga, Charles Duanne Casimiro de Oliveira, nas ações civis públicas 0803957-91.2024.8.15.0211 e 0804010-72.2024.8.15.0211, propostas em face dos Municípios de Boa Ventura e Serra Grande, respectivamente.

Além dessas providências, o MPPB também requereu que os Municípios sejam obrigados a realizarem concurso público para provimento de cargos efetivos de necessidade permanente. Esse pedido não foi deferido pelo juiz João Lucas Souto Gil Messias, que entendeu ser necessária dilação probatória para saber sobre questões orçamentária e de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal para que não haja quebra da independência entre os poderes.

Investigação

As ações são desdobramentos dos inquéritos civis públicos 047.2023.000573  e 001.2022.061814, instaurados na Promotoria de Justiça de Itaporanga para investigar irregularidades nas contratações por excepcional interesse público em Boa Ventura e Serra Grande.

Conforme explicou o promotor de Justiça, foram identificados diversos vínculos contratuais temporários nos dois municípios, por período significativo de tempo  (alguns há mais de cinco anos), em desacordo com o ordenamento jurídico. “O acervo documental revela a prática contumaz e intencional de efetuar contratações precárias de pessoal, em desacordo com as Constituições Federal e Estadual”, disse.

Segundo ele, os dois Municípios violam a regra da obrigatoriedade de aprovação em concurso público para ingresso no serviço público, pois admitiram pessoal para o exercício de serviços não temporários, mas permanentes, afetos às finalidades próprias e à rotina da administração pública municipal.

Contratados x efetivos 

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de contratados supera e muito o número de servidores efetivos, o que levou o TCE a emitir alertas para que os Municípios corrigissem a ilegalidade.

Até abril deste ano, Boa Ventura possuía 152 servidores municipais contratados por excepcional interesse público e o Município de Serra Grande aumentou em 62,5% o número de contratados por excepcional interesse público, possuindo, até o final de 2023, 39 contratados. Conforme destacou o promotor de Justiça, essa situação afronta a ordem constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Foi constatado ainda que leis municipais que versam sobre as contratações temporárias de excepcional interesse público também estão eivadas de inconstitucionalidade, pois não atendem ao prazo de um ano estabelecido pelo STF (ADI 3.649-DF).

O promotor de Justiça destacou ainda que os Municípios não atenderam à recomendação ministerial expedida sobre a matéria, nem demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver o problema, não restando outra alternativa ao MPPB a não ser a propositura das ações civis públicas, cujo mérito ainda será julgado.

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