O ministro da Saúde, paraibano Marcelo Queiroga, será ouvido na CPI da Covid, no Senado Federal, em Brasília, na próxima quinta-feira (6). No mesmo dia também será ouvido o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.
De acordo com o cronograma aprovado, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e que conseguiu se manter por mais tempo no cargo, seria ouvido nesta quarta-feira (5), mas, de acordo com informações da Agência Brasil, sob a justificativa de ter tido contato com dois assessores que foram diagnosticados com covid-19, o ex-ministro informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia que não poderá comparecer ao Senado na data marcada para prestar esclarecimentos. A informação foi dada nesta terça (4) pelo vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Com isso, por decisão do presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), o depoimento do antecessor dele, o médico Nelson Teich, que seria na tarde hoje foi adiado para amanhã.
Hoje, foi a vez do também ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta que de acordo com matéria publicada pela Agência Brasil, teria que responder a, pelo menos, 50 questões elaboradas pelo senador Renan Calheiros (MDB/AL).
Durante depoimento, Mandetta afirmou ter havido divergências entre ele o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a condução do enfrentamento da pandemia porque todas as recomendações que fez durante a sua gestão no Ministério da Saúde foram baseadas na “ciência, na vida e na proteção”.
Segundo matéria publicada na UOL, durante o depoimento, Mandetta também disse lembrar de Bolsonaro falando que adotaria o chamado “confinamento vertical”, algo que o Ministério da Saúde não recomendava, bem como o uso de medicamentos sem eficácia comprovada, como a hidroxicloroquina.
A CPI da Pandemia, instalada na semana passada, foi criada para apurar ações e possíveis omissões do governo federal durante a pandemia da covid-19. Os repasses da União feitos para Estados e Municípios também estão na mira dos parlamentares.