O senador paraibano Veneziano Vital do Rêgo (MDB) pode ser conduzido ao cargo de vice-presidente do Senado da República graças a um acordo que está tentando ser “costurado” nos bastidores da corrida ao comando da Casa.
De acordo com informações de Julia Chaib, do Estadão, Davi Alcolumbre (DEM-AP) teria oferecido o segundo maior cargo do Senado em troca do abandono da candidatura de Simone Tebet (MDB-MS).
A tentativa de acordo é resultado de uma pressão que estaria sendo feita junto a Alcolumbre por aliados do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) que é adversário ferrenho de Tebet.
Ainda segundo as informações de Chaib, Alcolumbre teria aceitado recuar da tentativa de ser o número 2 do Senado apenas para tentar frear a candidatura majoritária MDB que pode levar Tebet a ser a número 1 da Casa.
Em linhas gerais, os democratas estariam otimistas com a possível retirada de Tebet para que o DEM possa chegar ao comando do Senado com o MDB apenas na vice como indicado de Pacheco.
Resistência
A chegada de Veneziano à vice do Senado, no entanto, não será tão fácil, afinal, segundo informações de Renato Machado, da Folha, são necessários 41 votos para vencer a eleição, a maioria absoluta dos senadores.
Os aliados de Tebet, por sua vez, dizem acreditar que a senadora tem atualmente pelo menos 33 votos. Por isso, um dos públicos-alvo para tentar reverter a vantagem de Pacheco é justamente o voto feminino no Senado.
Machado lembra em sua matéria que são 12 senadoras hoje na Casa —5 delas pertencem a partidos que já declararam apoio a Pacheco: Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Kátia Abreu (PP-TO), Mailza Gomes (PP-AC) e Zenaide Maia (PROS-RN).
A outra senadora é Nailde Panta (PP-PB), que é suplente e em breve dará lugar para a titular Daniella Ribeiro (PP-PB), que deverá retornar de licença nos próximos dias.
Além da mobilização nas redes, Tebet participou na última quarta-feira (20) de uma reunião com o Grupo Mulheres do Brasil, liderado pela empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza.
O grupo foi criado há sete anos por empresárias e executivas e tem como um dos objetivos ampliar a participação das mulheres na política.