Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que a pandemia do coronavírus tem afetado a saúde mental da população. Diante deste quadro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Rede de Atenção Psicossocial, oferece e tem fortalecido os serviços de apoio e tratamento à população de João Pessoa, além de atividades com práticas integrativas e complementares.
O serviço, que funciona durante todo o ano, conta com quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps), o Pronto Atendimento em Saúde Mental (PASM), a Unidade de Acolhimento Infantil (UAI), três residências terapêuticas e leitos em hospitais da cidade. Além disso, há atividades de promoção à saúde mental nos Centros de Práticas Integrativas.
A coordenadora de Saúde Mental, Alexandra Cruz, diz que, com exceção da Unidade de Acolhimento Infantil (UAI), e da residência terapêutica, os demais serviços acolhem a população por demanda espontânea. A UAI é referência para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e atende crianças e adolescentes, de 3 a 18 anos, que apresentam transtornos psicóticos, neuróticos e usuários de substâncias psicoativas.
Para a residência terapêutica, são encaminhados usuários com transtornos mentais de longa permanência provenientes de hospitais psiquiátricos e sistema prisional.
Atendimento nos Caps – João Pessoa dispõe de quatro Caps, com o atendimento contínuo de cerca de 2.500 usuários no contexto da Rede de Atenção Psicossocial. Com relação aos demais CAPS, a família ou o próprio paciente podem procurar diretamente os serviços ou ser encaminhado por alguma Unidade de Saúde da Família (USF).
Alexandra Cruz diz que após o primeiro contato, o usuário é encaminhado para o tratamento adequado, seja no CAPS, ou em outro serviço da Rede Municipal de Saúde, onde receberá todos os cuidados necessários.
Ela lembra que todos os serviços estão abertos e alerta as pessoas sobre a importância de escutar o outro, como também gerar maior acolhimento em suas unidades. “ Sabemos que isso faz toda a diferença para uma pessoa que passa por algum tipo de sofrimento mental”, destaca.
Para os usuários dos CAPS, foram montadas várias estratégias para fortalecer a linha de cuidados, a exemplo de oficinas virtuais, conversas telefônicas e diálogo com familiares. Para os novos usuários, a maior preocupação, conforme Alexandra Cruz, é estabelecer o vínculo que é “ferramenta importante” para a saúde mental.
A coordenadora alerta aos familiares e usuários, sobre a importância do retorno ao serviço. “Seja no serviço especializado, seja na atenção básica, esta rede de cuidado e proteção deve ser fortalecida sempre, para que não sejam obrigados a utilizar os serviços de urgência e hospitalar”, adverte Alessandra. Nos CAPS, os usuários não ficam internados. Eles voltam para casa todos os dias.
Terapias Alternativas – Os Centros de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (CPICS) oferecem atividades individuais, a exemplo da acupuntura, osteopatia, reiki e floral e em grupo, como as rodas de saberes e Tai Chi Chuan, meditação e relaxamento. Essas atividades acontecem em ambientes abertos, arejados, com número limitado de participantes para respeitar o distanciamento social.
As práticas integrativas são oferecidas no Equilíbrio do Ser, no bairro dos Bancários, e no Canto da Harmonia, que fica no Valentina de Figueiredo.
Para ter acesso aos atendimentos nesses locais, o usuário pode se dirigir diretamente ao Centro ou procurar sua unidade de saúde da família (USF), de referência para receber um encaminhamento ao serviço, portando RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência. O usuário passa pelo acolhimento para escuta com terapeuta, que irá encaminhar para as terapias mais adequadas. Mais informações, pelos telefones: 3214.2921 (Equilíbrio do Ser) e 3218.5873 (Centro Canto da Harmonia).
Outros Serviços – A Rede de Atenção Psicossocial, conta com o Pronto Atendimento da Saúde Mental ( PASM), que atende a demanda aguda e grave e urgências. O PASM fica localizado ao lado do Ortotrauma de Mangabeira. Lá são atendidas as urgências de crise aguda. “Quando a crise estabiliza, a pessoa é encaminhada para os CAPS e Policlínicas, ou para o Hospital Juliano Moreira, quando precisa da internação”, informa Alexandra Cruz.
Como atendimento contínuo, ela cita as portas de entradas das urgências clínicas das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e dos Hospitais de Referência do Hospital Valentina de Figueiredo e também o Hospital de Ortotrauma de Mangabeira.
Confira mais informações sobre os Caps e demais serviços da rede de Proteção Psicossocial:
CAPS CAMINHAR – Localização: Rua Paulino dos Santos Coelho, s/n, Jardim Cidade Universitária
Telefone: 3218-7008
Horário: 24h
CAPS GUTEMBERG BOTELHO – Localização: Avenida Minas Gerais, 409, Bairro dos Estados
Telefone: 3211-6700
Horário: 24h
CAPS AD – DAVID CAPISTRANO – Localização: Rua José Soares, s/n, Rangel
Telefone: 3218-5244
Horário: 24h
CAPS I – INFANTO JUVENIL CIRANDAR – Localização: Rua Gouveia Nóbrega, s/n, Roger
Telefone: 3214-6079
Horário: segunda a sexta, das 8h às 17h
UNIDADE DE ACOLHIMENTO INFANTIL – A Unidade de Acolhimento Infantil recebe crianças e adolescentes que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas. Eles são encaminhados pelos profissionais do Caps i, para um acolhimento de seis meses. No local, participam de grupos terapêuticos, atendimentos individuais (de acordo com a necessidade), oficinas de artes, atividades esportivas, oficina de redução de danos, passeios e continuam frequentando suas escolas no período de acolhimento.
Telefone: 3214-2724
PRONTO ATENDIMENTO EM SAÚDE MENTAL (PASM)
Atende urgências e emergências psiquiátricas. Localização: Rua Agente Fiscal José Costa Duarte, s/n, Mangabeira II, (anexo ao Ortotrauma)
Telefone: 3218-9727
Horário: 24h