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Paraíba

Refugiados: órgãos discutem educação com lideranças indígenas Warao em João Pessoa

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A construção de uma matriz curricular Warao para escolarizar 230 indígenas venezuelanos refugiados na capital da Paraíba foi uma das deliberações de reunião ocorrida na quinta-feira (3), no Centro Social Arquidiocesano São José, em João Pessoa (PB). A reunião, conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF), contou com a participação de caciques venezuelanos da etnia Warao, além de representantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Gerência Executiva de Diversidade e Inclusão (Gedi) da Secretaria de Estado da Educação Ciência e Tecnologia, Núcleo de Educação em Direitos Humanos e Núcleo de Educação Étnico Racial, ambos da Gedi; Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba e Associação Social Arquidiocesana.

Durante a reunião, a professora Rita de Cássia Melo Santos, do Departamento de Ciências Sociais da UFPB, informou que há em João Pessoa 48 famílias indígenas Warao, totalizando 230 pessoas, das quais, mais de 100 têm de zero a 14 anos e possuem pouca ou nenhuma escolarização. Segundo a professora da UFPB, a taxa de analfabetismo no grupo total chega a cerca de 90%.

O tema da educação infantil foi outro ponto debatido na reunião, inclusive, com sugestão de que as crianças Warao fossem matriculadas em creches. No entanto, conforme explica Rita de Cassia Santos, a matrícula das crianças menores de cinco anos, embora assegurada pela regulamentação educacional, não é obrigatória. “No caso das crianças indígenas, que possuem processos próprios de socialização e aprendizado de sua língua materna, a ampla convivência familiar na primeira infância assegura a atualização de sua cultura. Desse modo, levar as crianças indígenas para creches poderá afastá-las de sua formação cultural inicial, dificultando a continuidade de suas tradições”, alerta a professora.

Unidades educacionais – A proposta de matricular as crianças em creches foi rejeitada e substituída por projeto para implementar unidades educacionais próximas aos abrigos dos indígenas venezuelanos Warao. A Gerência Executiva da Secretaria de Educação da Paraíba apresentará ao secretário de Educação, ainda em dezembro, projeto para implementação de unidades educacionais, em que professores brasileiros e da etnia Potiguara, que falam espanhol, ensinem aos indígenas venezuelanos.

Também em dezembro, a Gerência Executiva se reunirá com representantes dos indígenas Warao para construir uma matriz curricular Warao. Na sequência, haverá reunião da Gedi com representantes da UFPB que estão atuando com os indígenas refugiados e, por fim, reunião com participação do MPF para definição dos passos seguintes.

Mendicância – Entre os pontos debatidos, também se tratou da necessidade de conscientização dos venezuelanos em não levarem crianças durante a mendicância nas ruas da capital paraibana. Segundo pesquisadores da cultura Warao, a mendicância tornou-se um meio de subsistência das famílias indígenas, após terem sido deslocadas da região em que habitavam, em decorrência de diferentes processos ao longo do final do século XX.

Com o objetivo de fortalecer os processos de geração de renda e constituir alternativas à mendicância na cidade de João Pessoa, foram discutidas alternativas relativas à produção de artesanato pelos indígenas Warao, associada aos processos de escolarização. Pretende-se também fomentar intercâmbios entre as outras populações indígenas da Paraíba, Potiguara e Tabajara, a fim de promover o fortalecimento desse segmento entre os três povos indígenas.

Preconceito – Ainda foi abordada na reunião a existência de episódios de preconceito e discriminação que têm levado a dificuldades na locação e renovação dos contratos de aluguéis de residências para os indígenas Warao. Diante desse fato, o procurador da República José Godoy informou que o Ministério Público Federal está à disposição para receber denúncias dessa natureza a fim de tomar as devidas providências legais.

Procedimento Administrativo nº 1.24.000.000234/2020-11

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Paraíba

Projeto-piloto para promoção da paz nas escolas é implantado em Campina Grande

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O Centro Judiciário de Justiça Restaurativa de Campina Grande (Cejure-CG) e a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação, se uniram para implantar um projeto-piloto que levará ações às escolas no sentido de promover a cultura da paz entre a comunidade escolar. O projeto deve ser iniciado em fevereiro de 2025 e será voltado aos alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental I e do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II.

As definições aconteceram na segunda-feira (25), durante reunião entre a coordenadora do Cejure, juíza Ivna Mozart, o secretário de Educação de Campina Grande, Raimundo Asfora Neto, e a gerente de projetos da prefeitura, Fabíola Alessandra Gomes Gaudêncio, na sede do Centro. A magistrada informou que durante o encontro já foi iniciado o planejamento para logística da operacionalização das ações.

“A escola, como ambiência comunitária primeira de crianças e jovens, mostra-se como um terreno fértil para o desenvolvimento da cultura da não violência. Oferecer práticas restaurativas no ambiente escolar é, sobretudo, realizar um investimento no futuro e no presente. Investimento este que, certamente, impactará positivamente na redução de situações conflitivas remetidas para o Poder Judiciário”, ressaltou a juíza Ivna Mozart.

Durante a reunião, foi apresentado o Projeto: ‘Práticas Restaurativas nas escolas: um olhar coletivo em prol da promoção da cultura de paz e cidadania’, idealizado pelas mediadoras de conflitos, facilitadoras de círculos de construção de paz e advogadas, Joselma Lacerda, Lúcia Queiroz e Tatianne Lacerda. Elas também estavam presentes na reunião, com a servidora do Cejure, Giselda Vidal de Lima.

O projeto consiste na implementação de um programa de práticas restaurativas nas escolas por meio de diagnóstico preliminar do ambiente escolar, realizado através de visitas in loco para identificação dos gargalos mais conflituosos no aparelho educacional, realização de oficinas entre a comunidade escolar e aplicação de um Ciclo de Círculos de Construção de Paz com o intuito de prevenir e resolver conflitos, fortalecer as relações interpessoais e promover um ambiente de respeito mútuo e inclusão.

“Entendendo o conflito como uma condição inerente à condição humana e que precisa ser visto como forma de aprendizagem e transformação, e sendo o ambiente escolar um espaço de convivência social e formação cidadã, o presente projeto pretende, através das práticas restaurativas, promover um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor como forma de prevenção e redução das formas de violência”, ressaltou Joselma Lacerda.

Ela explicou, ainda, que, o projeto se coaduna com o que já estabelecem os incisos IX e X art. 12  da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), quando apontam que os estabelecimentos de ensino devem promover ações destinadas à cultura de paz e medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, em especial o bullying.

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Paraíba

8ª edição do Fórum Paraibano de Gestão Pública debate governança digital e inovação no setor

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O Conselho Regional de Administração da Paraíba (CRA-PB), promoveu, nesta quinta-feira (28/11), a 8ª edição do Fórum Paraibano de Gestão Pública que teve como tema “Governança Digital na Gestão Pública”.

O evento, reconhecido como o maior de gestão pública da Paraíba, reuniu especialistas e autoridades para trocar experiências e fortalecer as administrações municipais, promovendo inovação e eficiência.

Destacando os avanços e desafios da transformação digital no setor público, o secretário de Administração do Estado, Tibério Limeira, deu detalhes da implantação de novas tecnologias na administração pública que beneficia população e gestão.

Confira:

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Paraíba

Daniella Ribeiro recebe honraria da Capitania dos Portos pelo apoio às atividades da instituição

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A senadora Daniella Ribeiro (PSD), recebeu, nesta quinta-feira (28/11), uma homenagem da Capitania dos Portos da Paraíba, por meio do capitão fragata Ronaldo Júnior, que a entregou uma moeda simbólica representando que estão “no mesmo barco” contribuindo para o país.

A honraria ressaltou o apoio da parlamentar, que destinou cerca de R$ 2,5 milhões em emendas para fortalecer e apoiar as atividades desenvolvidas pela instituição.

“Esse gesto simboliza a parceria e o compromisso que temos com o desenvolvimento do nosso estado, na Paraíba. Como senadora, destinei emendas importantes para a Capitania dos Portos, confirmando sua relevância estratégica para a economia da Paraíba e do Brasil”, destacou.

Confira:

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