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Paraíba

CNJ aprova liminar e TJPB retira de pauta anteprojeto sobre diligências e oficiais de Justiça

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Em sessão realizada nesta quarta-feira (9), o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba adiou a apreciação do anteprojeto de lei que versa sobre a instituição do Fundo Especial de Custeio das Despesas com diligências dos Oficiais de Justiça. O instrumento visa estruturar o TJPB para proporcionar o custeio antecipado das diligências dos oficiais de justiça, extinguindo o auxílio-transporte, hoje, em vigor. Sendo assim, a expedição do mandado será precedida do pagamento ao oficial responsável pelo cumprimento da diligência.

O adiamento do debate se deu em razão de decisão liminar deferida pelo Conselho Nacional de Justiça (relatora Tânia Regina Silva Reckziegel), determinando a retirada da matéria da pauta de julgamento desta quarta, diante do procedimento de controle administrativo nº 0010206-05.2020.2.00.0000 ajuizado pela Federação das Entidades Sindicais dos Oficiais de Justiça do Brasil (entidade à qual o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado/Sindojus é associado), sob alegação de que os anteprojetos foram debatidos em sessão que não respeitou a publicidade exigida para os julgamentos do Poder Judiciário, bem como que não houve a participação de representantes da categoria em sua elaboração.

Neste sentido, a Presidência do TJPB ratifica o entendimento de que o pedido de suspensão da tramitação já foi previamente recebido por outro relator, que, inclusive, negou a liminar. Na ocasião, foram encaminhadas as comprovações de que houve reuniões com a categoria para debate da matéria, sendo uma delas realizada há menos de 15 dias, por videoconferência. Entende, desta forma, que o feito deve ser encaminhado para o relator anterior, e reforça que voltará a provar junto à conselheira-relatora a ocorrência destas reuniões.

O ANTEPROJETO

A proposta do anteprojeto, que altera dispositivos das Leis Estaduais nº 9.586, de 14 de dezembro de 2011, da Lei Estadual nº 5.672, de 17 de novembro de 1992, visa à criação de um Fundo Especial que oferecerá garantia contábil para um novo modelo de pagamento das diligências, que deverá ocorrer de forma adiantada e calculada com base na distância do deslocamento (ida e volta) a ser realizado pelo oficial de justiça e no número de mandados cumpridos.

De acordo com o presidente do TJPB, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, haverá uma simplificação na forma de custeio das diligências, encerrando o hibridismo vigente em que o custeio dos mandados de processos de justiça gratuita é feito pelo auxílio-transporte (R$ 1.200), enquanto que as diligências dos processos não gratuitos são custeadas pelas próprias partes.

O presidente explicou que a ideia é remunerar toda diligência externa do oficial de justiça. Caso o mandado não seja cumprido, mas os regramentos processuais que determinaram a ida ao local sejam, também será paga.

“Hoje, o oficial recebe o auxílio-transporte e um percentual pequeno de rateio na comarca que equivale às diligências pagas por particulares. Pretendemos unificar este procedimento. Neste sistema, se um oficial cumprir 10 mandados por dia, a uma distância de 10 quilômetros (20 quilômetros considerando ida e a volta), em um mês, poderá receber até R$ 4.400 reais em diligências”, exemplificou Márcio Murilo.

O presidente lembrou, ainda, que se trata de uma gratificação propter laborem, que deve ser paga exatamente pelo deslocamento e não pela complexidade do fato.

Márcio Murilo explicou que, na prática, o deslocamento não é voltado ao cumprimento de apenas um mandado judicial, pois há um zoneamento por bairros e cidades, e, quase sempre, o oficial cumpre 10, 20 mandados a cada saída. Também lembrou que, hoje, quando a distância é menor que três quilômetros, a diligência não é paga e, com a remodelagem de pagamento, toda e qualquer diligência externa será contemplada.

A forma de pagamento está prevista no artigo 3° do anteprojeto de Lei e o cálculo é feito de acordo com a distância do deslocamento a ser realizado pelo servidor. “Entendemos que os valores fixados são justos e podem, inclusive, ser reajustados por nova lei, a depender das circunstâncias fáticas”, finalizou.

FUNDO ESPECIAL DE CUSTEIO

Conforme o documento, o Fundo Especial de Custeio das Despesas com diligências dos Oficiais de Justiça será constituído de créditos consignados no orçamento do Poder Judiciário e em leis específicas, mas, também, por créditos provenientes de convênios; pelo produto da remuneração das aplicações financeiras do Fundo; pelo saldo financeiro apurado no balanço anual do próprio Fundo; por 100% da arrecadação de Despesas com Diligências dos Oficiais de Justiça do Poder Judiciário do Estado do Paraíba e por outras fontes.

“O Fundo a ser criado receberá anualmente aportes do TJPB e um comitê vai gerir o pagamento dessas indenizações dos oficiais de justiça, sendo formado, também, por membros da categoria”, acrescentou Márcio Murilo.

No orçamento do Tribunal, a destinação do valor para diligências, que gira em torno de R$ 12 milhões para este ano, será mantida. O gestor do Judiciário estadual assegura que não haverá uma economia, mas um gasto igual aos valores investidos anualmente. “Este Fundo poderá, inclusive, ser complementado, se não for suficiente”, afirmou.

O novo método de remuneração dependerá, também, de resoluções aprovadas pelo Pleno dispondo sobre a gestão do Fundo, a formação do Comitê gestor, devendo entrar em execução apenas no próximo ano.

DILIGÊNCIAS DAS VARAS FAZENDÁRIAS

Além de otimizar os serviços, o presidente do TJPB explicou que a medida vai destravar um antigo impasse que paralisa alguns processos há algum tempo: não há um entendimento entre o Estado e os oficiais de justiça sobre quem paga as diligências das Varas Fazendárias. Márcio Murilo expôs que a solução desse problema se dá por meio do Fundo, e que os efeitos recaem sobre os índices de produtividade destas unidades.

“Para o CNJ, qualquer processo deve ser medido de acordo com o tempo de duração. Na prática, se houver o pagamento, as ações de Executivos Fiscais são sentenciadas em poucos dias, havendo, assim, o arquivamento. Mas, por termos alguns processos neste sentido, não conseguimos ter uma boa pontuação. Se isso for implantado, várias ações serão destravadas e a dinâmica de produtividade melhorará. Hoje, só quem lucra com o travamento das diligências são os devedores”, analisou o presidente.

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Cagepa: campanha de negociação de dívidas entra na reta final e termina sábado; veja condições

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Mais de 55 mil clientes já negociaram seus débitos na campanha Fique em Dia com a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) que entra na última semana de realização. Até este sábado (30/11), os clientes da companhia com alguma pendência têm a oportunidade de aproveitar as condições facilitadas para o acerto dos débitos, como o parcelamento da dívida em até 60 vezes e descontos de até 100% das multas e juros por atraso.

Nesta quinta edição, os clientes também poderão quitar multas por irregularidade (desvios, ligação clandestina, entre outras) com até 90% de desconto. A campanha é voltada para os clientes de imóveis residenciais, comerciais e industriais que tenham contas em aberto. Para negociar, basta entrar em contato com um dos canais de atendimento da Cagepa, tendo em mãos o RG, o CPF e uma fatura de água.

Para aderir à campanha, entre em contato pelo:

– Call Center 115;
– WhatsApp (83) 98198-4495;
– Atendente Virtual Acqua, no site www.cagepa.pb.gov.br;
– Agência Virtual, no site www.cagepa.pb.gov.br;
– Aplicativo Cagepa, disponível para Android e iOS;
– Atendimento presencial nas lojas de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Pombal e Cajazeiras, além de postos de atendimento disponíveis em várias Casas da Cidadania espalhadas em todo o Estado.

O diretor comercial, Issac Veras, destacou as oportunidades oferecidas aos consumidores.

“55.000 clientes que puderam ficar em situação de irregularidade com a Companhia, pedir a sua religação ou então retirar seu CPF ou CNPJ dos cadastros restritivos de crédito, aproveitando as condições especiais da campanha, pra poder aí entrar em definitivo o ano de 2025 no azul perante a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba”, frisou em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM desta quinta-feira (28/11).

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Paraíba

FPM: mais de R$ 4 bi chegará aos municípios na 6ª; veja quanto caberá às principais cidades da PB

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Redação do Portal da Capital

O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) distribuirá R$ 4.058.070.543,16 bilhões na fase de repasse da terceira parcela referente ao mês de novembro de 2024, na sexta-feira (29/11). Dessa vez, o valor é 20% maior que o repassado no mesmo período do ano 2023.

A Capital do Estado da Paraíba receberá R$ 17.736.320,80; Bayeux, R$ 1.718.559,60; Cabedelo, R$ 1.386.408,39; Campina Grande, R$ 1.784.008,00; Cajazeiras, R$ 1.386.408,39; Conde, R$ 808.737,95; Guarabira, R$ 1.270.874,08; Itaporanga, R$ 808.737,95; Lucena R$ 462.136,13; Mamanguape, R$ 1.155.340,88; Monteiro R$ 924.272,26; Patos, R$ 1.848.552,36; Piancó, R$ 577.670,44; Rio Tinto R$ 808.737,95; Santa Rita, R$ 2.195.156,41; São Bento, R$ 924.272,26; Sousa, R$ 1.386.408,39.

Especialistas do setor lembram que é obrigatória a prestação de contas do destino de todos os valores recebidos pelas administrações públicas municipais, inclusive os referentes ao FPM.

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Complemento: Ministério envia R$ 29,6 mi para Piso da Enfermagem no Estado e Municípios da Paraíba

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Os recursos complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de novembro já estão disponíveis para consulta. Os valores constam na Portaria GM/MS nº 5.783, de 26 de novembro de 2024, publicada pelo Ministério da Saúde (MS). O total a ser transferido chega a R$ 737.213.910,33, entre valores destinados a execução municipal e estadual.

Os recursos são repassados mensalmente e destinados aos entes federados para que possam fazer o pagamento do piso de profissionais da categoria. Porém, como lembra o Brasil 61, é essencial que a aplicação dos recursos seja fiscalizada para garantir que os valores cheguem aos trabalhadores, como destaca o advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira.

“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, avalia.

Municípios como Sena Madureira (AC) e Água Branca (AL), receberão mais de R$ 100 mil, cada. Para Lauro de Freitas (BA) e Anápolis (GO), a previsão é que sejam destinados mais de R$ 1 milhão.

No geral, o maior valor foi destinado aos municípios de Minas Gerais, que partilham mais de R$ 105 milhões. Na sequência aparece Bahia, com cerca de R$ 77 milhões, entre valores de execução estadual e municipal.

Confira na tabela abaixo quanto cada município recebeu:

Ranking Estado Valores Gestão Estadual Valores Gestão Municipal Total
1 MG R$ 105.252.208,32 R$ 105.252.208,32
2 BA R$ 29.127.727,26 R$ 47.940.963,02 R$ 77.068.690,28
3 PE R$ 35.465.605,34 R$ 30.317.553,01 R$ 65.783.158,35
4 MA R$ 15.945.743,90 R$ 41.194.650,87 R$ 57.140.394,77
5 RJ R$ 4.397.295,83 R$ 44.260.054,10 R$ 48.657.349,93
6 PA R$ 11.157.070,66 R$ 34.286.569,42 R$ 45.443.640,08
7 CE R$ 5.608.656,94 R$ 38.061.052,17 R$ 43.669.709,11
8 SP R$ 8.002.142,17 R$ 30.809.985,41 R$ 38.812.127,58
9 PB R$ 3.193.469,39 R$ 26.460.327,36 R$ 29.653.796,75
10 PR R$ 16.095.184,19 R$ 12.358.657,70 R$ 28.453.841,89
11 RS R$ 11.529.942,49 R$ 16.289.277,58 R$ 27.819.220,07
12 AM R$ 8.058.441,10 R$ 10.588.830,62 R$ 18.647.271,72
13 RN R$ 5.362.699,20 R$ 13.240.637,80 R$ 18.603.337,00
14 AL R$ 2.052.050,11 R$ 14.951.282,15 R$ 17.003.332,26
15 ES R$ 9.266.920,03 R$ 7.324.507,10 R$ 16.591.427,13
16 GO R$ 5.122.412,82 R$ 9.930.640,33 R$ 15.053.053,15
17 SC R$ 8.374.029,22 R$ 6.020.058,26 R$ 14.394.087,48
18 PI R$ 1.622.793,86 R$ 12.148.846,01 R$ 13.771.639,87
19 MS R$ 1.559.740,71 R$ 9.905.646,03 R$ 11.465.386,74
20 TO R$ 5.089.505,73 R$ 5.893.212,54 R$ 10.982.718,27
21 SE R$ 4.875.159,94 R$ 3.680.708,44 R$ 8.555.868,38
22 MT R$ 8.480.895,66 R$ 8.480.895,66
23 RO R$ 1.122.072,70 R$ 5.254.416,65 R$ 6.376.489,35
24 AP R$ 546.406,51 R$ 4.281.348,03 R$ 4.827.754,54
25 AC R$ 2.492.326,15 R$ 1.270.996,79 R$ 3.763.322,94
26 RR R$ 943.188,71 R$ 943.188,71

Acerto de Contas

O Ministério da Saúde também publicou a Portaria GM/MS 4.155, de 14 de junho, para acerto de contas de entes federados. Serão repassados R$ 172.163.255,20 a 1.626 municípios e 10 estados, referentes a parcelas de maio a agosto de 2023.

De acordo com o Ministério da Saúde, os municípios e estados que não estão na Portaria 4.155 podem solicitar por e-mail, com as justificativas necessárias para embasar o requerimento. Caso não seja aceito, será encaminhada uma resposta, também por e-mail, com instruções para a correta inserção de dados no sistema InvestSUS.

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