Nos acompanhe

Artigos

A logística e o desafio da distribuição de vacinas

Publicado

em

Realmente, e não é novidade para ninguém, estamos atravessando um ano totalmente atípico. Querendo ou não, boa parte dos noticiários nacionais e internacionais têm veiculado, diariamente, notícias sobre a covid-19. É claro que a maioria dos temas está relacionado à saúde das pessoas, o que é totalmente esperado e compreensível. No entanto, um setor prioritário para a população nos dias de hoje aparece também com frequência nos veículos de comunicação: a logística.

A partir do momento em que foram decretadas normas para o distanciamento social e as pessoas começaram a trabalhar em casa, houve um aumento significativo na demanda por serviços logísticos, tanto na entrega de alimentos e refeições quanto por meio de entregas de pedidos do comércio eletrônico (e-commerce), que têm alavancado a chamada entrega de última milha (last mile). Grandes empresas logísticas tiveram que se reinventar e ainda estão se reinventando para atender as novas demandas.

Com o passar dos meses, a possibilidade de que em breve a população terá vacinas que efetivamente combaterão a covid-19, ocasiona uma preocupação: como distribuir essas vacinas, em se tratando de um produto complexo, para uma enorme quantidade de pessoas e num curto prazo?

Novamente a logística no centro das atenções. Grandes empresas logísticas, como a alemã DHL, que opera em vários países ao redor do mundo, realiza inúmeros estudos para essa mega distribuição. Segundo a empresa, a nível mundial, serão necessários em torno de 10 bilhões de doses de vacina, levando-se em consideração uma população de 7,8 bilhões de pessoas e uma estimativa de imunização de 60%. Ou seja, algo realmente grandioso. Em termos logísticos, citando apenas alguns exemplos, devem ser considerados os trâmites de importação, a quantidade necessária de aeronaves e veículos (levando em conta apenas os modais aeroviário e rodoviário), os armazéns especiais a serem utilizados, bem como a quantidade de pallets, e mbalagens especiais, etc. Provavelmente, o mesmo fornecedor da vacina não é o mesmo fornecedor das seringas e das agulhas, o que, pela enorme quantidade envolvida, se torna uma variável a mais no processo.

Se não bastasse todas as questões acima mencionadas, ainda temos a condição de refrigeração do produto, que pode variar em função do fabricante e da tecnologia utilizada. De uma forma geral, a temperatura de armazenamento seria em torno de 2°C a 8°C, o que traz uma preocupação a mais para a logística de um país tropical como o Brasil.  Há casos, que possivelmente não se aplicarão ao Brasil, de vacinas que necessitam ser armazenadas em temperaturas abaixo de 70°C. Segundo Jackson Campos, Head Global de Pharma & Healthcare na Asia Shipping, “será necessário muito, mas muito gelo seco, que é o material refrigerante mais utilizado em baixas temperaturas”.

O Ministério da Saúde, por meio do Manual de Rede de Frio, apresenta procedimentos específicos que regem as formas de como receber, armazenar, distribuir e transportar imunobiológicos, em especial as vacinas. Entretanto, a logística deve ficar atenta para que não haja variações fora dos limites especificados que possam levar à perda dos produtos manuseados nessa complexa cadeia de distribuição.

Enfim, o Brasil tem um histórico positivo no que diz respeito à imunização da população e à distribuição de vacinas, no entanto, a demanda que se avista no horizonte é de proporção gigantesca e exige um planejamento logístico robusto.

Autor: Roberto Pansonato é professor tutor do Curso Superior de Tecnologia em Logística do Centro Universitário Internacional Uninter.

Continue Lendo

Artigos

Disfunção erétil cresce entre os jovens e o uso de anabolizante é uma das causas, alertam médicos

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 30% dos homens no Brasil sofrem de disfunção erétil, o que representa um contingente de 15 milhões de pessoas. Outros estudos vão mais longe e estimam que 50% dos homens acima dos 40 anos serão afetados por esse problema.

Associada a um processo natural do envelhecimento, a disfunção erétil vem crescendo entre os jovens e uma das causas é o uso de anabolizantes, substâncias geralmente derivadas da testosterona, o hormônio sexual masculino. O alerta foi dado pelos urologistas Leonardo Andrade e Rafael de Arruda no episódio desta semana do videocast “Sem Contraindicação”, que tem como tema “Prevenção e tratamento da disfunção erétil”.

De acordo com Rafael de Arruda, atualmente existe uma “pandemia” de uso indiscriminado de anabolizante. “Não se deve utilizar [hormônios esteroides] de maneira indiscriminada em pacientes que não necessitam e têm dosagem hormonal normal”, alertou.

Isso traz uma série de complicações para a saúde, como redução da libido, perda da ereção e atrofia dos testículos. O urologista Leonardo Andrade destacou que a utilização indiscriminada pode, ainda, causar dependência. Quando necessário, o uso deve ser feito de forma individualizada.

Tratamento

A boa notícia é que a disfunção erétil tem cura e não deve haver qualquer tabu em procurar ajuda. “O jovem que está com disfunção erétil tem que colocar na cabeça que vai ter que procurar auxílio médico. ‘Autotratamento’ não vai ajudar em nada. Vai piorar a situação”, orientou Leonardo Andrade. O urologista é o profissional indicado para avaliar, diagnosticar e indicar o melhor tratamento.

Com relação aos homens com mais idade, o urologista reforçou que a disfunção erétil é uma doença crônica do envelhecimento, mas que tem controle e, portanto, precisa ser observada com naturalidade. Ele ressaltou que o tratamento é satisfatório na maioria dos casos, independentemente da causa. “A gente vai conseguir recuperar a função erétil desse paciente e deixar ele sexualmente ativo”, tranquilizou.

Onde assistir

Toda quinta-feira, um novo episódio do Sem Contraindicação é publicado no YouTube (https://youtu.be/cGHCSR8Tbmo) e no Spotify. Os episódios também ficam disponíveis no Portal Unimed João Pessoa (unimedjp.com.br/semcontraindicacao), que conta com uma seção exclusiva do videocast, onde é possível sugerir temas e interagir com a equipe de Comunicação da Unimed JP, responsável pela produção.

Continue Lendo

Artigos

Veterinário dá dicas essenciais para agir em emergências e proteger a vida do seu pet

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital
Quando uma emergência médica envolve um pet, saber como agir rapidamente pode fazer toda a diferença. Manter a calma é essencial, bem como buscar atendimento especializado o mais rápido possível. O veterinário Natanael Filho, sócio do Hospital Vida, que, em breve, abre as portas em João Pessoa, traz orientações para que tutores estejam preparados para lidar com situações críticas. “Algumas ações imediatas podem amenizar a dor do animal e estabilizá-lo, proporcionando mais segurança até a chegada ao hospital”, destaca.
A primeira recomendação de Natanael é manter a calma e observar o estado do animal. “É perceber, olhar e monitorar. Verificar se as vias respiratórias estão desobstruídas, se não há nenhum objeto na boca impedindo a oxigenação”, explica. Em seguida, ele enfatiza a importância de procurar imediatamente um hospital veterinário de urgência.
No caso de envenenamento ou intoxicação, a rapidez é fundamental. Natanael orienta que, dependendo da substância ingerida, como plantas ou alimentos tóxicos, o tutor pode oferecer carvão ativado. “Oriento aos tutores para terem sempre em casa, pois ele ajuda a absorver as toxinas e impedir que elas entrem na corrente sanguínea”, explica. No entanto, o veterinário destaca que essa é uma medida temporária, e a busca por atendimento veterinário deve ser imediata.
Engasgo e fraturas/ferimentos — Em situações como essa, o veterinário sugere técnicas semelhantes às usadas em humanos, como aplicar pequenos socos nas costas ou compressões na região do esterno, enquanto se verifica se há algo obstruindo a respiração do animal. Já em casos de fraturas ou luxações, o ideal é manter o pet imobilizado e evitar qualquer tentativa de reposicionar o osso ou a articulação, encaminhando-o diretamente para a emergência. “É importante reduzir ao máximo o movimento, tentar manter nos braços ou imobilizar com uma manta, ou pano. Nada de tentar recolocar, apenas no pronto-socorro é que os veterinários vão fazer exames complementares, como radiografia, e então adotar a melhor conduta, se reposicionar ou se é caso cirúrgico”, destaca.
Já para queimaduras ou ferimentos graves, a orientação é lavar a área afetada com água fria e corrente, evitando aplicar pomadas ou ataduras, e procurar ajuda veterinária imediatamente. “Se houver sangramento, é importante fazer uma compressão com um pano limpo até chegar ao hospital, mas sem colocar nenhum produto químico”, complementa.
Principais erros — Natanael alerta sobre os erros comuns que os tutores cometem ao tentar prestar primeiros socorros, como administrar medicações humanas, que podem ser altamente tóxicas para os pets. “Nunca dê leite ou remédios como paracetamol, tylenol ou diclofenaco. Utilizamos na medicina humana, mas eles são perigosos para animais e podem trazer malefícios irreversíveis”, enfatiza. O ideal, segundo ele, é agir com calma e buscar ajuda profissional o quanto antes.
Em emergências, agir com calma e conhecimento pode fazer toda a diferença para a saúde do pet. Ao seguir as orientações e procurar ajuda veterinária o mais rápido possível, os tutores podem garantir que seus animais recebam o cuidado necessário para superar momentos críticos.
Sobre o Hospital Vida – Primeira estrutura hospitalar veterinária do Nordeste que reúne atendimentos clínicos de diferentes especialidades, laboratórios de análises e imagem, blocos cirúrgicos e terapias para animais de estimação. A unidade oferece serviços de Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia, Dermatologia, Diagnóstico por imagem, Diagnóstico Laboratorial, Endocrinologia, Especialista em Felinos, Fisiatria, Gastroenterologia, Geriatria, Neurologia / Neurocirurgia, Nefrologia e Urologia, Nutrição, Oftalmologia, Ortopedia e Clínica Médica Geral. A estrutura do Vida conta com Terapia Semi-Intensiva canina e felina, em espaços separados; UTI 24 horas; apartamentos humanizados; diagnóstico laboratorial e de imagens 24 horas; com tomografia computadorizada; consultório especializado para felinos; hemodiálise; endoscopia; sala de imunoterapia; blocos cirúrgicos e setor de fisioterapia. O Hospital Vida está localizado na Rua Miriam Barreto Rabelo, 160, no Jardim Oceania, em João Pessoa.

Continue Lendo

Artigos

João Pessoa é ou não uma cidade conservadora, de direita e bolsonarista?

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

O resultado das eleições gerais de 2022 alimentou uma visão segundo a qual a maioria do eleitorado de João Pessoa seria de tendência bolsonarista, politicamente alinhado à direita conservadora em sua palheta de cores, desde as correntes mais radicais às mais moderadas.

Não era para menos. Os candidatos mais votados ali no primeiro turno, com exceção do próprio Bolsonaro, que ficou com 44,48% dos votos contra 47,38% de Lula, foram todos da direita bolsonarista. O candidato a governador do PL, Nilvan Ferreira, chegou em primeiro lugar com 31,10% da votação, o pastor Sérgio Queiróz foi o mais votado para o Senado (106.885 votos), Cabo Gilberto ficou em primeiro lugar para deputado federal (58.308) e Walber Virgolino foi o deputado estadual mais votado (31.463).

Como se não bastasse, no segundo turno a diferença entre Lula (50,10%) e Bolsonaro (49,90%) foi de apenas 925 votos.

Registre-se ainda que Bolsonaro venceu em todas as cidades da região metropolitana, produzindo convicções não apenas sobre uma onda bolsonarista, mas a suposta ideia que a Capital paraibana era uma cidade majoritariamente conservadora. O território da direita, que havia se desviado 16 anos à esquerda (gestões de Ricardo Coutinho e Luciano Agra e Luciano Cartaxo).

Afinal, a população ou o eleitorado de João Pessoa, do ponto de vista político, tem uma posição? Essa posição é majoritária?

A pesquisa do instituto Quaest, contratada pelo grupo Paraíba de Comunicação e cujos números de intenção de voto foram divulgados na semana passada, fez essa pergunta aos pessoenses. O quesito direto tinha a seguinte formulação: “Diante desses grupos políticos, qual você mais se identifica?” E apresentava as alternativas:

– Lulismo/petismo: 18%;

– Não é lulista/petista, mas mais à esquerda: 9%;

– Bolsonarista: 14%;

– Não é bolsonarista, mas mais à direita: 16%;

– Não tem posição: 40%;

– Não sabem/Não responderam: 3%.

Pelas respostas, definitivamente, a cidade de João Pessoa, politicamente, não é lulista nem bolsonarista.

Curiosamente, porém, existem grupos mais radicalizados do que o lulismo/petismo e o bolsonarismo, ou seja, mais à esquerda (9%) e mais à direita (16%). É perfeitamente razoável agrupar essas tendências, especialmente em períodos eleitorais, o que significaria dizer que, pelo quadro captado no momento pela pesquisa, em termos políticos, 40% da população de João Pessoa não tem posição (dependendo da forma da pergunta, poderia se identificar como centro), 27% se identificam como esquerda e 30% como de direita. E é, na real, mais ou menos assim como o mundo não radicalizado se define.

É esse o quadro que se apresenta para os vários candidatos a prefeito da cidade, sabendo-se que existem tendências políticas disputadas por mais de um postulante e que outros passeiam por mais de uma posição política, sem falar na limitação do poder de transferência de voto. A conclusão lógica é que o critério de vinculação ideológica dificilmente será decisivo na configuração do mapa das urnas.

Continue Lendo