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Paraíba

MPPB e instituições discutem implementação de programa “Família Guardiã” em CG

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) realizou, nesta quarta-feira (11/11), uma reunião por videoconferência, com vários atores do sistema de proteção da criança e do adolescente de Campina Grande para conhecer o programa “Família Guardiã”, que vem sendo implementado no município de Felipe Guerra, no Rio Grande do Norte. A ideia é discutir a viabilidade de implementação, no município paraibano, da iniciativa que consiste em dar assistência financeira e apoio técnico às famílias extensas responsáveis pela guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio parental. Segundo a promotora de Justiça Elaine Alencar, além de garantir a convivência na família extensa com a efetiva proteção da guarda judicial, o programa também pode evitar que os parentes guardiães devolvam crianças e adolescentes nessa situação ao sistema de Justiça.

A reunião com a equipe do município potiguar foi solicitada por Elaine, em parceria com o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Campina Grande (CMDCA). Participaram membros e servidores do Ministério Público que atuam na defesa da criança e do adolescente, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente do MPPB, do Juizado da Infância e Juventude de Campina Grande, conselheiros tutelares e de direitos, representantes de secretarias municipais (a exemplo da Saúde e da Assistência Social) e de outras instituições.

O programa “Família Guardiã” foi apresentado pelo coordenador do programa no município potiguar, o psicólogo João Valério Alves Neto. Ele disse que a iniciativa foi inspirada na experiência desenvolvida pelo município de Diadema, na Grande São Paulo, e destacou que seu objetivo é fortalecer, através do apoio financeiro e técnico, prestado por profissionais qualificados, os vínculos afetivos da família extensa (avós, tios ou outros parentes) com as crianças e adolescentes que foram colocados sob sua guarda; garantir o direito previsto em lei à convivência familiar e comunitária aos meninos e meninas em situação de vulnerabilidade e evitar a necessidade de eles serem acolhidos em instituições.

Também falou do “passo a passo” para implementar o programa na cidade de Felipe Guerra. A primeira providência adotada foi a elaboração de um diagnóstico sobre o assunto na cidade, depois, um mapeamento das políticas públicas existentes e das necessidades e, por fim, o alinhamento das intenções do poder executivo municipal e do CMDCA para pensar uma nova política pública do município voltada ao fortalecimento dos vínculos entre famílias extensas guardiãs e crianças e adolescentes.

Outro aspecto importante abordado pelo coordenador do programa foi a forma de financiamento do projeto. Ele destacou que, a princípio, a iniciativa pode ser subsidiada com recursos advindos do Fundo Especial da Infância e Adolescência (FIA), mas enfatizou que é importante que o programa seja criado por lei para, garantindo sua continuidade e status de política pública socioassistencial do município. Além disso, a guarda subsiada é um dos programas de aplicação obrigatória dos recursos do FIA.

Em um ano, 23 pedidos de guarda e seis devoluções

Desde setembro de 2019, a Promotoria de Justiça de Campina Grande já formalizou 23 pedidos de guarda de crianças e adolescentes em família extensa e recebeu poucos pedidos de guarda pelos próprios familiares. Em todas essas situações, a motivação é a mesma: casos de meninos e meninas afastados do cuidado dos pais por violações de direitos.

Segundo promotora de Justiça Elaine Alencar, que atua na defesa da criança e adolescência, o sistema de Justiça local tem se deparado com um grande número de parentes que acabam devolvendo as crianças e adolescentes. Apenas nos últimos três meses, foram devolvidas seis crianças e adolescentes com idades entre 6 e 12 anos. Todas as devoluções se referem a guarda concedida há mais de um ano. Das seis crianças, cinco foram encaminhadas para acolhimento institucional.

Ela destacou a importância do programa “Família Guardiã” e disse que o município paraibano necessita de uma iniciativa como essa para garantir o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no que diz respeito ao acolhimento prioritário e preferencial de crianças e adolescentes na família extensa (quando não é possível mais o convívio deles com os pais) e ao direito à convivência familiar e comunitária.

“Campina Grande ainda não dispõe de um programa como esse e sabemos, pelo dia a dia da Promotoria de Justiça, que existe uma demanda muito grande desse serviço no município. Ainda somos carentes desse trabalho especializado, desse esforço exclusivo para o fortalecimento desses vínculos e da manutenção dessa criança ou desse adolescente na família extensa guardiã. Vivenciamos um grande número de devoluções de crianças e adolescentes por parte de seus parentes e isso ocorre, por vezes, devido à fragilidade nesses vínculos, que não foram suficientemente fortalecidos. Por isso a importância do projeto e a necessidade de se buscar uma solução diferente e inovadora para esse problema”, disse a promotora.

O juiz da Infância e Juventude de Campina Grande, Hugo Zaher, também falou da importância da reunião e do programa. “O tema discutido no evento foi de grande importância para integração da rede de proteção de Campina Grande, trazendo experiências que potencializam a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo quando em situação de vulnerabilidade, apontando-se mecanismos que privilegiam sua manutenção no seio familiar”, disse.

Já a coordenadora do CMDCA de Campina Grande, Renata Andrade, disse que o conselho de direitos entende o programa “Família Guardiã” como um instrumento relevante para as medidas proteção integral à criança e ao adolescente, tornando a institucionalização uma medida, de fato, excepcionalista. “O CMDCA se propõe a construir uma agenda prioritária para discutir com o Sistema de Garantias de Direitos do município, com os poderes executivo, legislativo e judiciário na perspectiva de validar a implantação e implementação do programa no município. A política de atendimento à criança e ao adolescente é uma construção coletiva com muitas mãos e exige a interface de todas políticas setoriais, se queremos garantir e efetivar a proteção integral na perspectiva da defesa dos direitos das crianças e adolescentes”, argumentou.

O Programa

O Programa Família Guardiã foi criado, ano passado, através da Lei Municipal nº 445/2019, na cidade de Felipe Guerra, no Rio Grande de Norte. Em janeiro deste ano, foi sancionado o Decreto nº 277/2020, regulamentando o subsídio financeiro vinculado ao programa, que também prevê acompanhamento técnico e realização de reuniões mensais com os guardiães.

O apoio financeiro é ofertado à família extensa, em forma de ajuda de custo, de caráter não permanente, enquanto a família, que se faz responsável legal pela criança e/ou adolescente, estiver participando do programa, com trabalho efetivo para quebra de ciclo de violência e promoção de espaço de cuidados saudáveis de desenvolvimento e proteção.

O repasse no valor de R$ 90,00 mensais por criança é concedido para os responsáveis legais por crianças e adolescentes de 0 a 17 anos e 11 meses de idade, atendidos pelo programa. Os subsídios concedidos são pagos com recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, com fundamento na Constituição Federal.

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Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

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Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

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Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

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Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

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