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Paraíba

Supermercados e produtores precisam explicar alta expressiva dos preços?

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Após meses de recessão por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a economia volta lentamente a se recuperar, com a retomada do consumo e agitação nas maiores Bolsas de Valores do mundo, principalmente na Europa.

Porém, alguns efeitos negativos também são visíveis, como a alta de preços nos produtos básicos da alimentação do brasileiro notada nos últimos meses, principalmente os presentes na cesta básica, que teve um aumento considerável no valor, prejudicando a população mais carente.

O preço dos alimentos puxou para cima o índice de inflação do último mês de agosto, com 0,24% de inflação oficial registrada no mês, de acordo com dados do IBGE.

Portanto, o Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) elevou em 2,44% nos últimos 12 meses. Já a inflação dos alimentos subiu 8,83%, em período igual.

Produtos com maior aumento do preço
Entre os produtos alimentícios que tiveram um grande aumento no valor estão: tomate (12,98%), óleo de soja (9,48%), leite longa vida (4,84%), frutas (3,37%), carnes (3,33%) e arroz (3,08%).

“O arroz acumula alta de 19,25% no ano, e o feijão, dependendo do tipo e da região, já tem inflação acima dos 30%. O feijão preto, muito consumido no Rio de Janeiro, acumula alta de 28,92% no ano, e o feijão carioca, de 12,12%”, disse Pedro Kislanov, gerente do IBGE.

Senacon pede explicações
Com a alta dos preços, a Secretaria Nacional do Consumidor, que tem vínculo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, exigiu que os representantes de supermercados e produtores de alimentos deem explicações sobre a elevação nos valores dos itens da cesta básica.

“O aumento de valores foi notado especialmente em relação ao arroz que, apesar dos positivos volumes produtivos da última safra, sofreu diminuição da oferta no contexto global, o que ocasionou elevação no preço”, diz o governo.

Com isso, a Senacon vai investigar se houve alguma infração aos direitos dos consumidores ou ainda abuso de preço. Em caso de multa, o valor pode ultrapassar os R$ 10 milhões e até mesmo um controle do preço em certos estabelecimentos.

Assim, as empresas serão notificadas para apresentar notas fiscais de compra e venda dos produtos. Se for identificado um aumento injustificado nos valores, os empreendimentos responderão a um processo administrativo, além do risco de serem multados.

Ainda de acordo com a secretária, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), assim também como os produtores, terão um prazo de até cinco dias para justificar a elevação nos preços dos produtos, por exemplo, o arroz.

Caso esse prazo não seja cumprido, ou ainda, a explicação não for plausível, tanto o produtor, como o estabelecimento serão multados.

Possíveis soluções para o aumento dos valores
Além de notificar supermercados e produtores, a secretaria vai debater com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Ministério da Economia algumas medidas que podem ser tomadas para frear a subida nos preços dos alimentos. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, João Sanzovo Neto, afirmou que os supermercados não são “vilões” da inflação da cesta básica.

“Nós temos todos os relatórios. Inclusive, as associações dos produtores têm informando o que oscilou de cada produto. Isso vai ser muito tranquilo e temos confiança na Senacon porque eles também têm órgãos de pesquisa e eles sabem que essa oscilação está ocorrendo e nós vamos explicar por que e espero que os outros setores da cadeia, da roça até o supermercado, também expliquem”, declarou.

Categoria diz que não há o que fazer
Em nota, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) afirmou que não é possível segurar preços, pois houve aumento nos valores pagos aos produtores. Já segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a pandemia fez os brasileiros consumirem mais alimentos, o que forçou a alta dos preços antes mesmo dos aumentos provocados pela entressafras.

Além disso, a disparada do dólar encareceu os insumos da agropecuária.

“Com o câmbio mais elevado, o fertilizante está mais caro. O farelo de soja e de milho que é utilizado na ração de animais tem regiões com mais de 50% de aumento de custos de produção”, explicou Bruno Lucchi, superintendente-técnico da CNA.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) afirma que o dólar alto também estimula os produtores a vender para os outros países.

“Quando se exporta um produto, você manda para fora, o produtor recebe em dólar, e na hora em que ele transforma em real ele ganha mais. Então, uma taxa de câmbio desvalorizada, estimula a exportação. Você tem um impacto muito grande das exportações no volume de produtos ofertados no mercado interno. Quando eles chegam em menor quantidade, há uma redução da oferta interna, e eles chegam mais caros para as famílias”, explica a economista sênior do Dieese Patrícia Costa.

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“Tão duvidando que eu vá ser governador. Eu vou lutar”, diz Galdino sobre rumo político para 2026

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O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos), voltou a comentar sobre o desejo de lançar o próprio nome para disputar o Governo do Estado nas Eleições 2026.

Dessa vez, Galdino lembrou que muita gente duvidou que ele conseguisse ser prefeito, deputado estadual e presidente da Casa Legislativa e, mesmo assim, ele conseguiu.

O comentário do parlamentar foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta sexta-feira (01/11).

Confira o áudio:

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CMJP aprova modificações nas LDOs de 2024 e 2025

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A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) aprovou, na sessão ordinária da quinta-feira (31/10), duas matérias do Executivo Municipal que alteram textos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) referentes aos anos de 2024 e 2025.

Os Projetos de Lei Ordinárias (PLO) 2291/2024 e 2292/2024 versam sobre os critérios necessários para a destinação das Emendas Cidadãs, também conhecidas como emendas impositivas. Durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Legislação Participativa (CCJ), Thiago Lucena (DC) explicou o conteúdo dos projetos.

“Essas matérias modificam os textos da LOA deste e do próximo ano para determinar que nossas Emendas Impositivas sejam destinadas a entidades que tenham título de utilidade pública efetivo. Temos uma responsabilidade imensa na aprovação de utilidade pública das entidades que atuam em nossa cidade. Através dessa certificação, essas entidades poderão receber recursos dos cofres públicos, sendo assim precisam estar em conformidade com essa prerrogativa”, esclareceu o presidente da CCJ.

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“100% normalizado até o final do dia”, afirma gerente da Cagepa sobre fornecimento de água em JP

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Cerca de 760 mil pessoas da Região Metropolitana de João Pessoa foram prejudicadas com a interrupção do abastecimento de água após a Estação Elevatória de Gramame da Companhia de Águas e Esgoto da Paraíba (Cagepa) ter sido alvo de ação de bandidos nesta quinta-feira (31/10) que roubaram cabos de cobre.

Após ações da empresa para reparo na estrutura que foi danificada, o serviço foi reestabelecido nas cidades de Cabedelo, Conde e em 90% da Capital.

De acordo com o gerente de serviços da Cagepa, Wallace Oliveira, até o fim desta sexta-feira (01/11), todas as casas terão o abastecimento de água normalmente.

“Já alcançou mais ou menos esse índice de 90%. Na verdade, a gente tem uma única unidade que ela iniciou a operação dela agora no final da manhã. E obviamente, por estar iniciando no final da manhã a recuperação nessa região que é a região ali de De Mangabeira oito, ali do Cidade Verde, a gente imagina que ela já vai estar 100% normalizada até o final do dia. No mais, todas as regiões da região metropolitana, todas as áreas da região metropolitana já estão em plena operação”, detalhou em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM.

Ouça:

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