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Contas de água e esgoto no Brasil penalizam quem consome menos, diz estudo da UFPB

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A pesquisa “Implicações Socioambientais do Modelo Tarifário dos Serviços de Água e Esgoto no Brasil”, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), revela que a estrutura tarifária de saneamento brasileira atual penaliza residências que consomem menos os serviços de água e esgoto.

Os pesquisadores atestaram, no estudo, que o modelo atual traz consequências socioambientais, dificulta o acesso de famílias de baixa renda aos serviços e estimula um consumo desequilibrado.

O estudo foi realizado pelos pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema), Filipe Campos Magalhães e Gustavo Ferreira. Foi avaliada, na pesquisa, a estrutura tarifária residencial de companhias estaduais de saneamento no Brasil.

De acordo com Filipe Magalhães, as taxas das contas de água e esgoto possuem algumas características predominantes. Há tarifas mínimas e multipartes, com faixas de consumo que, diz o pesquisador, teoricamente encarecem a cobrança dos serviços de água e esgoto para quem consome mais.

“Porém, através de pesquisa inédita no Brasil, foi constatado que a estrutura tarifária atual está penalizando as residências que consomem menos. Essas circunstâncias podem provocar sobrecarga da rede e dos mananciais”.

Além disso, o pesquisador da UFPB alerta sobre a constatação da deficiência na prestação dos serviços de água e esgotos. Segundo Filipe, esse fato gera o agravamento de doenças relacionadas ao saneamento inadequado e ligações clandestinas.

Também foi possível evidenciar, na pesquisa da UFPB sobre o modelo atual das taxas, a queda de arrecadação das companhias e a contribuição para a desigualdade socioeconômica.

“A pesquisa abrangeu 25 companhias estaduais e foram coletados dados das estruturas tarifárias residenciais. Simulamos o consumo em quatro níveis: 5m³, 15m³, 25m³ e 30m³. O valor da fatura para cada nível foi dividido pelo volume consumido, resultando no valor proporcional pago por cada metro cúbico”, explica Filipe Magalhães.

O pesquisador da UFPB conta que, por exemplo, na Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o valor de cobrança do metro cúbico para o nível de consumo de 5m³ chega a ser quase o dobro de quem consome 15m³. Fica acima até, enfatiza Filipe, de quem consome 30m³ e isso demostra regressividade de cobrança.

Para viabilizar outro cenário, Magalhães elaborou um modelo sustentável de tarifas nos serviços de água e esgoto. Ele utilizou o “Fator de Ajuste Socioambiental”, que leva em conta condições socioeconômicas e consumo. Além de incentivos para quem consome menos água e cobrança progressiva para quem consome mais água.

Em seu trabalho, o pesquisador da UFPB também alerta que, no Brasil, o consumo médio diário de água por pessoa é de 154,9 litros. Ele afirma que esse valor está “bem acima” do consumo que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera razoável: entre 50 e 110 litros diários.

“A pesquisa de Filipe mostrou que a forma tarifária de cobrança da água não é justa. Pessoas com menor poder aquisitivo, e gastam menos água, deveriam ser incentivadas a pagar contas menores. No entanto, elas pagam proporcionalmente e pagam mais do que as outras”, destaca a professora Cristina Crispim, que esteve na banca de defesa do pesquisador da UFPB.

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Para construir aliança ampla e eleger Hugo Motta, Arthur Lira se esquiva de debate sobre aborto

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal paraibano Hugo Motta (Republicanos) está sendo utilizado como “desculpa” para que o atual presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, Arthur Lira (PP-AL), possa se esquivar do debate sobre aborto que voltou à tona nesta semana a partir da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe acabar com a prática legal legal no Brasil.

A PEC foi aprovada na quarta-feira (27/11) pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados por 35 votos a 15.

A tática utilizada por Arthur visa manter o apoio do Governo e dos demais quadros políticos que são contra a proposta do fim do aborto legal e que podem prejudicar o projeto de Arthur e Motta.

Atualmente, a Constituição já assegura a todos os brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, mas não há uma definição do momento em que esse direito começa a vigorar.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, dos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e João Campos (GO), estabelece, como lembra a Agência Câmara, que o direito à vida será considerado a partir da concepção do feto.

Na prática, o texto proíbe o aborto em casos hoje autorizados em Lei. No Brasil, o procedimento só é permitido em três situações: risco de morte para a gestante, gravidez resultante de estupro e anencefalia fetal (má-formação do cérebro).

A relatora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), havia apresentado parecer favorável à PEC no último dia 13. “A expressão ‘desde a concepção’ é um fato científico, em 1988 não se colocou porque era redundante falar disso”, argumentou a relatora.

Com a decisão da CCJ, a PEC 164/12 seguirá agora para análise de uma comissão especial e, depois, do Plenário da Câmara. Para ser aprovado no Plenário, o texto precisará dos votos favoráveis de pelo menos 308 parlamentares, em dois turnos.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Associação dos Tribunais de Contas e Efraim debatem reformas do processo administrativo

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O presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Edilson Silva, e o vice-presidente de Relações Político-Institucionais, Cezar Miola, participaram de um encontro com o senador Efraim Filho (União Brasil), nesta quarta-feira (27/11), no Senado Federal. Na pauta, o Projeto de Lei 2481/2022, que reforma o processo administrativo, e o PLP 141/2024, que propõe mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal.

A Atricon apresentou uma Nota Técnica contendo sugestões de alteração no texto do PL 2481/2022, que trata da reforma do processo administrativo. As discussões concentraram-se na proteção da autonomia dos Tribunais de Contas, essencial para a independência no exercício do controle externo. Entre as contribuições, a entidade propôs que a Lei do Processo Administrativo (LPA) se aplique, fora do Poder Executivo, somente às funções administrativas não finalísticas (atípicas). Essa sugestão foi incorporada pelo senador Efraim Filho, relator do projeto, ao relatório legislativo.

Efraim destacou o papel da Atricon no aprimoramento do projeto. “Que fique registrado para eventuais debates jurídicos: os Tribunais de Contas foram a entidade que mais se debruçou sobre esse tema, de forma acertada, para se resguardar. […] Em nome da presidência da Atricon, também foi acolhida essa demanda trazida por eles”, informou.

Já sobre as alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal, previstas no PLP 141/2024, o objetivo é definir casos em que os valores de parcerias ou contratações firmadas pelo poder público não serão contabilizados no limite de despesas com pessoal.

 

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Comissão aprova projeto que reduz contribuição previdenciária de policial militar inativo e pensionista

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A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (27/11), o Projeto de Lei 1451/23 que restringe a incidência da contribuição previdenciária de policiais e bombeiros militares inativos e pensionistas apenas ao que exceder o teto do Regime Geral de Previdência Social, hoje de R$ 7.087,22.

Em razão da reforma do sistema de proteção social dos militares realizada em 2019, a alíquota da contribuição de ativos e inativos para pensões militares aumentou de 7,5% para 10,5% da remuneração total. Pensionistas de militares, antes isentos, passaram a recolher pelo menos 10,5% do benefício total.

“Faz justiça com os veteranos da Polícia e Bombeiro Militar que tanto contribuíram com a sociedade brasileira, mesmo com o risco da própria vida para pagar previdência só o que passar do teto do INSS, como era antes”, disse o autor da proposta, deputado federal Cabo Gilberto (PL).

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo, já sendo aprovado pelas comissões de Segurança, Previdência, Finanças e Tributação, e agora será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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