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Paraíba

Entidades e poder público debatem políticas públicas para inclusão de pessoas com TEA na Capital

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Ampliar as políticas públicas para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em João Pessoa, com base nos princípios da Lei Federal n° 12.764/2012, ou Lei Berenice Piana, foi o tema de uma videoconferência realizada, nesta terça-feira (1°), pelo vereador Lucas de Brito (PV). Com a participação de entidades, pais de pessoas com autismo e representantes do poder público, a reunião discutiu alternativas para a inclusão e assistência desta parcela da população, especialmente, a partir dos efeitos da pandemia de Covid-19.

A Lei reconhece o autismo como uma deficiência, instituindo a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista, e prevê a participação da comunidade na formulação das políticas públicas voltadas para os autistas. “Temos feito avanços com a legislação, mas é necessário ampliar o debate e acrescentar mecanismos que auxiliem de forma efetiva na inserção dos autistas na sociedade”, destacou Lucas, autor de três leis municipais na temática (Lei nº 12.628/13, Lei nº 13.086/15 e Lei nº1.857/17).

O encontro teve a explanação de psicólogos, psicopedagogos, gestores públicos e da promotora Liana Espínola Pereira de Carvalho, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Cidadania e dos Direitos Fundamentais do Ministério Público Estadual (MPPB). A promotora destacou as ações do órgão para que os planos de saúde cubram as demandas na atenção médica e para que os autistas não sejam obrigados a utilizar máscaras neste período de pandemia.

Para Hosana Carneiro, da Associação Paraibana de Autismo (APA), é necessário desenvolver ações para as famílias carentes durante a pandemia. “Estou próximas de pessoas que não têm condições e falta de tudo, da alimentação ao remédio. Muitas mães contam com apoio da escola e quando as aulas voltarem essas crianças não devem voltar porque não sabem se proteger”, lamentou.

Como alternativa Hosana sugeriu o apoio escolar na casa do autista. “É necessário porque as famílias estão sobrecarregadas. Na hora que a mãe começar a adoecer, quem vai cuidar desse autista?”, questionou. Elaine Araújo, da Associação Integrada Mães de Autistas (A-IMA-JP), também abordou o atendimento ao autista mais carente e pontuou que durante a pandemia o problema se intensificou bastante.

Da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a professora Isabella Virgínio ressaltou a dificuldade do primeiro diagnóstico e de encontrar profissionais que queiram tratar autistas já adultos. “Precisamos de centros de atendimento focados nas necessidades individuais a essas famílias, disponibilizando os profissionais da rede pública e implementando atendimentos individuais na intensidade e nas frequências necessárias”. A professora coordena o TEAprendizagem, grupo de estudo vinculado ao Núcleo de Estudos em Saúde Mental, Educação e Psicometria (Nesmep) do Centro de Educação (CE) da UFPB.

A professora Natia Targino, especialista em Educação Inclusiva pela UFPB, destacou a necessidade de inclusão nas escolas e contribuiu com a elaboração de uma cartilha para ajudar na orientação às famílias nem isolamento. Já o fundador e diretor Instituto Redescobrindo o Autismo (IRA), psicólogo Moisés Anton, lembrou que há diferentes abordagens na temática, mas que o fundamental é haver união em torno de soluções para os problemas urgentes. Ele sugeriu a elaboração de um centro de diagnóstico precoce para o autismo.

Também estiveram presentes à reunião, a coordenadora da área de Saúde do CRMIPD (Centro de Referência Municipal de Inclusão para Pessoas com Deficiência), Nádja Serrano, e a psicóloga Érika Gonçalves, coordenadora do serviço de reabilitação do autismo da Funad. Érika disse que a Funad atende 411 usuários em 55 municípios e tratou da importância do mediador pedagógico para auxiliar os autistas, além da formulação de uma rede de atenção a essas pessoas.

Edineide Jezine, do Centro Incluir, também destacou a importância do mediador pedagógico. “As pessoas com deficiência são capazes de aprender, todas elas, em níveis diferentes, mas têm condições”. Ela também pediu uma rede de apoio para mães que estão saindo da maternidade para falar do autismo nas crianças.

Leis auxiliam na Capital – Lucas de Brito é autor de três leis que beneficiam pessoas com TEA em João Pessoa. Desde 2015, passou a vigorar a Lei nº 13.086 que dispõe sobre a obrigatoriedade de todas as empresas privadas no município incluírem o símbolo mundial do TEA como atendimento prioritário. O símbolo se configura como uma fita, feita de peças de quebra-cabeça coloridas, representando o mistério e a complexidade do autismo.

Já Lei nº 12.628/2013 garante assistência psicopedagógica para os alunos diagnosticados com autismo nas escolas privadas de João Pessoa, sem custo adicional para os pais ou responsáveis, com o objetivo de diagnosticar, intervir e prevenir problemas de aprendizagem. Já a mais recente, Lei nº 1.857/2017, dispõe sobre a identificação do autismo infantil através de algumas das correspondências encaminhadas regularmente aos pais de alunos da rede privada de ensino.

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Cagepa: campanha de negociação de dívidas entra na reta final e termina sábado; veja condições

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Mais de 55 mil clientes já negociaram seus débitos na campanha Fique em Dia com a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) que entra na última semana de realização. Até este sábado (30/11), os clientes da companhia com alguma pendência têm a oportunidade de aproveitar as condições facilitadas para o acerto dos débitos, como o parcelamento da dívida em até 60 vezes e descontos de até 100% das multas e juros por atraso.

Nesta quinta edição, os clientes também poderão quitar multas por irregularidade (desvios, ligação clandestina, entre outras) com até 90% de desconto. A campanha é voltada para os clientes de imóveis residenciais, comerciais e industriais que tenham contas em aberto. Para negociar, basta entrar em contato com um dos canais de atendimento da Cagepa, tendo em mãos o RG, o CPF e uma fatura de água.

Para aderir à campanha, entre em contato pelo:

– Call Center 115;
– WhatsApp (83) 98198-4495;
– Atendente Virtual Acqua, no site www.cagepa.pb.gov.br;
– Agência Virtual, no site www.cagepa.pb.gov.br;
– Aplicativo Cagepa, disponível para Android e iOS;
– Atendimento presencial nas lojas de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Pombal e Cajazeiras, além de postos de atendimento disponíveis em várias Casas da Cidadania espalhadas em todo o Estado.

O diretor comercial, Issac Veras, destacou as oportunidades oferecidas aos consumidores.

“55.000 clientes que puderam ficar em situação de irregularidade com a Companhia, pedir a sua religação ou então retirar seu CPF ou CNPJ dos cadastros restritivos de crédito, aproveitando as condições especiais da campanha, pra poder aí entrar em definitivo o ano de 2025 no azul perante a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba”, frisou em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM desta quinta-feira (28/11).

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FPM: mais de R$ 4 bi chegará aos municípios na 6ª; veja quanto caberá às principais cidades da PB

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O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) distribuirá R$ 4.058.070.543,16 bilhões na fase de repasse da terceira parcela referente ao mês de novembro de 2024, na sexta-feira (29/11). Dessa vez, o valor é 20% maior que o repassado no mesmo período do ano 2023.

A Capital do Estado da Paraíba receberá R$ 17.736.320,80; Bayeux, R$ 1.718.559,60; Cabedelo, R$ 1.386.408,39; Campina Grande, R$ 1.784.008,00; Cajazeiras, R$ 1.386.408,39; Conde, R$ 808.737,95; Guarabira, R$ 1.270.874,08; Itaporanga, R$ 808.737,95; Lucena R$ 462.136,13; Mamanguape, R$ 1.155.340,88; Monteiro R$ 924.272,26; Patos, R$ 1.848.552,36; Piancó, R$ 577.670,44; Rio Tinto R$ 808.737,95; Santa Rita, R$ 2.195.156,41; São Bento, R$ 924.272,26; Sousa, R$ 1.386.408,39.

Especialistas do setor lembram que é obrigatória a prestação de contas do destino de todos os valores recebidos pelas administrações públicas municipais, inclusive os referentes ao FPM.

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Complemento: Ministério envia R$ 29,6 mi para Piso da Enfermagem no Estado e Municípios da Paraíba

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Os recursos complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de novembro já estão disponíveis para consulta. Os valores constam na Portaria GM/MS nº 5.783, de 26 de novembro de 2024, publicada pelo Ministério da Saúde (MS). O total a ser transferido chega a R$ 737.213.910,33, entre valores destinados a execução municipal e estadual.

Os recursos são repassados mensalmente e destinados aos entes federados para que possam fazer o pagamento do piso de profissionais da categoria. Porém, como lembra o Brasil 61, é essencial que a aplicação dos recursos seja fiscalizada para garantir que os valores cheguem aos trabalhadores, como destaca o advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira.

“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, avalia.

Municípios como Sena Madureira (AC) e Água Branca (AL), receberão mais de R$ 100 mil, cada. Para Lauro de Freitas (BA) e Anápolis (GO), a previsão é que sejam destinados mais de R$ 1 milhão.

No geral, o maior valor foi destinado aos municípios de Minas Gerais, que partilham mais de R$ 105 milhões. Na sequência aparece Bahia, com cerca de R$ 77 milhões, entre valores de execução estadual e municipal.

Confira na tabela abaixo quanto cada município recebeu:

Ranking Estado Valores Gestão Estadual Valores Gestão Municipal Total
1 MG R$ 105.252.208,32 R$ 105.252.208,32
2 BA R$ 29.127.727,26 R$ 47.940.963,02 R$ 77.068.690,28
3 PE R$ 35.465.605,34 R$ 30.317.553,01 R$ 65.783.158,35
4 MA R$ 15.945.743,90 R$ 41.194.650,87 R$ 57.140.394,77
5 RJ R$ 4.397.295,83 R$ 44.260.054,10 R$ 48.657.349,93
6 PA R$ 11.157.070,66 R$ 34.286.569,42 R$ 45.443.640,08
7 CE R$ 5.608.656,94 R$ 38.061.052,17 R$ 43.669.709,11
8 SP R$ 8.002.142,17 R$ 30.809.985,41 R$ 38.812.127,58
9 PB R$ 3.193.469,39 R$ 26.460.327,36 R$ 29.653.796,75
10 PR R$ 16.095.184,19 R$ 12.358.657,70 R$ 28.453.841,89
11 RS R$ 11.529.942,49 R$ 16.289.277,58 R$ 27.819.220,07
12 AM R$ 8.058.441,10 R$ 10.588.830,62 R$ 18.647.271,72
13 RN R$ 5.362.699,20 R$ 13.240.637,80 R$ 18.603.337,00
14 AL R$ 2.052.050,11 R$ 14.951.282,15 R$ 17.003.332,26
15 ES R$ 9.266.920,03 R$ 7.324.507,10 R$ 16.591.427,13
16 GO R$ 5.122.412,82 R$ 9.930.640,33 R$ 15.053.053,15
17 SC R$ 8.374.029,22 R$ 6.020.058,26 R$ 14.394.087,48
18 PI R$ 1.622.793,86 R$ 12.148.846,01 R$ 13.771.639,87
19 MS R$ 1.559.740,71 R$ 9.905.646,03 R$ 11.465.386,74
20 TO R$ 5.089.505,73 R$ 5.893.212,54 R$ 10.982.718,27
21 SE R$ 4.875.159,94 R$ 3.680.708,44 R$ 8.555.868,38
22 MT R$ 8.480.895,66 R$ 8.480.895,66
23 RO R$ 1.122.072,70 R$ 5.254.416,65 R$ 6.376.489,35
24 AP R$ 546.406,51 R$ 4.281.348,03 R$ 4.827.754,54
25 AC R$ 2.492.326,15 R$ 1.270.996,79 R$ 3.763.322,94
26 RR R$ 943.188,71 R$ 943.188,71

Acerto de Contas

O Ministério da Saúde também publicou a Portaria GM/MS 4.155, de 14 de junho, para acerto de contas de entes federados. Serão repassados R$ 172.163.255,20 a 1.626 municípios e 10 estados, referentes a parcelas de maio a agosto de 2023.

De acordo com o Ministério da Saúde, os municípios e estados que não estão na Portaria 4.155 podem solicitar por e-mail, com as justificativas necessárias para embasar o requerimento. Caso não seja aceito, será encaminhada uma resposta, também por e-mail, com instruções para a correta inserção de dados no sistema InvestSUS.

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