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Paraíba

Covid em bebês: Ministério Público acata proposta do HU para reabertura da maternidade

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O Ministério Público paraibano – por seus ramos estadual (MPPB), Federal (MPF) e do Trabalho (MPT) – acatou a proposta do Hospital Universitário Lauro Wanderley para a retomada dos atendimentos a novas gestantes na unidade, que estavam suspensos em razão do fechamento temporário da unidade de terapia intensiva neonatal do hospital, depois de identificados casos de contaminação por coronavírus em recém-nascidos, causando a morte de dois deles. A unidade está passando por desinfecção total e a reabertura dos serviços de obstetrícia e neonatologia está prevista para, no máximo, até esta quinta-feira (06/08). A situação das maternidades da capital foi discutida em audiência por videoconferência realizada na tarde dessa segunda-feira (03/08), com a participação de membros do MP paraibano e de gestores do HU, das secretarias de Saúde do Município (SMS-JP) e do Estado (SES) e de outros hospitais da capital.

A audiência foi conduzida pela 49º promotora de Justiça de João Pessoa, Jovana Maria Silva Tabosa, com a participação dos procuradores da República, José Godoy Bezerra De Sousa, e do Trabalho, Carlos Eduardo de Azevedo Lima; do defensor público da União, Edson Júlio De Andrade Filho; dos secretários de Saúde de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio Dos Santos Júnior, e do Estado, Geraldo Antônio de Medeiros; do assessor técnico normativo da Secretaria de Estado da Saúde, Caio César Gomes Leal; dos diretores do Hospital Universitário Lauro Wanderley, Moisés Diogo de Lima, da Frei Damião, Andrea Correa, e do Instituto Cândida Vargas, Juarez Alves Augusto; das representante do Instituto Cândida Vargas, Terezinha De Lisieux Pires de Andrade, e da Associação de Doulas da Paraíba, Amanara Bandeira de Araújo e da ativista social, Keyla de Lima Cordeiro.

Inicialmente, o procurador da República José Godoy, esclareceu que a audiência era continuidade de encontro anterior realizado na sexta-feira (31), com o objetivo de obter da direção do HULW informações atualizadas sobre o resultado da testagem em massa realizada nos funcionários e pacientes da maternidade, bem como um posicionamento dos gestores estadual e municipal sobre as medidas tomadas em socorro aos pacientes internados naquele hospital, que necessitam ser transferidos a outros serviços, além de medidas para um realinhamento da rede materno-infantil diante do contexto da pandemia do novo coronavírus.

Situação na maternidade do HU

O diretor do HU, Moisés Diogo de Lima, informou que, logo após o término da reunião da sexta-feira, passou a receber o resultado dos exames de outros recém-nascidos, que transferiu alguns para a Maternidade Frei Damião, de modo que apenas uma criança com sorologia positiva para covid permanecia na unidade neonatal do HU, mas que seria transferida esta semana para desinfecção do local. As crianças com resultado negativo foram separadas em unidade específica. O primeiro caso positivo de covid-19 na maternidade do HU ocorreu o dia 24 de junho. Até o dia 31 de julho, foram registrados 12 casos de recém-nascidos com sorologia positiva para a doença.

De acordo com o diretor, o HULW vinha conseguindo transferir esses pacientes para a maternidade de referência, seguindo o fluxo pré-estabelecido, mas, na última semana, haviam sete casos positivados de recém-nascidos, além de outros quatro casos positivos de mulheres acompanhantes e o HU teve dificuldade em conseguir a transferência desses pacientes. Por isso, houve a suspensão de novos atendimentos. Ainda de acordo com a direção da unidade, oito mulheres estavam internadas, seja em acompanhamento de recém-nascidos ou fazendo tratamento clínico na maternidade, separadas em uma única ala, e a testagem dos profissionais e das pacientes está sendo feito, independente da sintomatologia. Moisés também lembrou que a maternidade de referência para tratamento de pacientes dom covid, em João Pessoa, é a Frei Damião.

Leitos na Frei Damião e Cândida Vargas

O secretário estadual da Saúde, Geraldo Medeiros, disse que a Maternidade Frei Damião possui 10 leitos, sendo quatro para covid e que eles foram quase todos preenchidos quando recebida a demanda do HULW. Segundo o gestor, a atitude do HU de suspender os atendimentos preocupa, mesmo que seja uma medida temporária e que deveria haver um planejamento de curto prazo para retorno dos atendimentos, uma vez que a pandemia não tem previsibilidade para arrefecer. Ele considerou razoável o prazo para a reabertura dos serviços, mas que deveria haver um esforço para que isso ocorresse antes de quinta-feira, pois a Frei Damião está funcionamento com a capacidade máxima. O secretário informou, ainda, que os sete leitos de UTI neonatal da Unidade I da maternidade foram transformados em 10 leitos na Unidade II (Hospital Santa Paula) e que, com o fechamento do Hospital Solidário, a Unidade II passará a contar com um terceiro andar, com 41 leitos para atendimento de gestantes e puérperas com covid.

Já o secretário municipal de Saúde, Adalberto Fulgêncio, disse que a retaguarda de leitos dos pacientes do HU deve ser providenciada pela SES; que já foram registrados casos de pacientes contaminados na Maternidade Cândida Vargas, mas o serviço permaneceu em funcionamento e que todas as decisões pela transição de ‘leito covid’ para leito comum, neste momento, devem ser dialogadas com os gestores dos outros entes federativos, para que o trabalho seja sincronizado. Segundo o secretário, é preciso saber como o ritmo de contaminação se comportará após a reabertura dos bares e restaurantes e sugeriu reuniões semanais com os gestores da área para que sejam discutidas questões como o fechamento de leitos, infecção hospitalar, disponibilização de EPIs, entre outros relacionados ao funcionamento dos serviços de saúde durante a pandemia.

Deliberações do MP

Os representantes do MPPB, MPF e MPT e da Defensoria Pública da União, diante de uma sinalização favorável por parte dos secretários de Saúde do Estado da Paraíba e do Município de João Pessoa, acataram a proposta do diretor do Hospital Universitário Lauro Wanderley, de retomar os atendimentos e as internações de novos pacientes nos serviços de obstetrícia e neonatalogia daquela maternidade até a quinta-feira. Também ficou deliberado ainda que os secretários e o diretor do HU se reunirão segunda-feira (10/08), às 10h, na sede da SES-PB, com o objetivo de realinhar as políticas públicas de assistência às parturientes, puérperas e aos neonatos, comunicando ao MPPB e ao MPF, logo em seguida, o resultado das tratativas.

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R$ 38 mi: Governo Federal descentraliza verba para retomada imediata da Operação Carro-Pipa na PB

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O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que descentralizou nesta terça-feira (26/11) o valor de R$ 38.096.775,00 para o Exército Brasileiro, para realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

Com isso, o programa poderá ser retomado imediatamente.

Criada em setembro de 2012, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a Operação Carro Pipa atende atualmente 344 municípios na região do semiárido nordestino em situação de emergência ou calamidade pública com reconhecimento da Defesa Civil Nacional.

Com um papel crucial na vida de milhões de brasileiros que vivem na região do semiárido, a OCP é uma ação emergencial coordenada pelo MIDR e pelo Exército com o objetivo de garantir o acesso à água potável em municípios que sofrem com a escassez hídrica, um problema recorrente nessa região do País.

De 2023 a 2024, mais de 500 municípios foram atendidos. Atualmente, a operação abastece cerca de 34 mil cisternas coletivas, proporcionando acesso à água potável mensalmente para mais de 1,5 milhão de pessoas.

De janeiro a agosto deste ano, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 500 milhões para garantir a execução da OCP. No mesmo período, foram transportados 12 milhões de litros de água para essas comunidades, reforçando o papel da operação na mitigação dos efeitos da seca.

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Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta terça-feira (26/11), e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa.

A mudança do Regimento aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada de Galdino como presidente da Casa Legislativa fosse oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, à época, a antecipação da dita eleição feriu “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

Na nova votação realizada nesta terça-feira, o único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outros 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Justiça da PB dá prazo e Prefeituras terão que demitir servidores irregulares até o próximo sábado

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O Juízo da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga deferiu em parte as tutelas de urgência pedidas pelo Ministério Público da Paraíba e determinou que os Municípios de Boa Ventura e Serra Grande adotem medidas para corrigir irregularidades constatadas na contratação de servidores. Uma das providências que deverá ser adotada, até o próximo sábado (30/11), é a rescisão dos contratos temporários.

A decisão judicial também determina que os gestores deixem de prorrogar e/ou firmar novos contratos em relação a todos os contratados admitidos há mais de 24 meses, no caso de Boa Ventura, e há mais de um ano, no caso de Serra Grande. Além disso, os Municípios deverão se abster de firmar novos contratos temporários por excepcional interesse público com prazos que ultrapassem um ano, incluída a prorrogação.

Também deverão reduzir a quantidade de servidores contratados temporariamente de forma gradual, preservando a continuidade do serviço público. Até o próximo dia 30, o número de contratados por excepcional interesse público deverá ser reduzido em 50% e, até 31 de dezembro, em 75%. Em caso de descumprimento de cada uma dessas medidas, será aplicada multa diária de R$ 1 mil até o montante de R$ 100 mil.

Os pedidos liminares foram feitos pelo promotor de Justiça de Itaporanga, Charles Duanne Casimiro de Oliveira, nas ações civis públicas 0803957-91.2024.8.15.0211 e 0804010-72.2024.8.15.0211, propostas em face dos Municípios de Boa Ventura e Serra Grande, respectivamente.

Além dessas providências, o MPPB também requereu que os Municípios sejam obrigados a realizarem concurso público para provimento de cargos efetivos de necessidade permanente. Esse pedido não foi deferido pelo juiz João Lucas Souto Gil Messias, que entendeu ser necessária dilação probatória para saber sobre questões orçamentária e de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal para que não haja quebra da independência entre os poderes.

Investigação

As ações são desdobramentos dos inquéritos civis públicos 047.2023.000573  e 001.2022.061814, instaurados na Promotoria de Justiça de Itaporanga para investigar irregularidades nas contratações por excepcional interesse público em Boa Ventura e Serra Grande.

Conforme explicou o promotor de Justiça, foram identificados diversos vínculos contratuais temporários nos dois municípios, por período significativo de tempo  (alguns há mais de cinco anos), em desacordo com o ordenamento jurídico. “O acervo documental revela a prática contumaz e intencional de efetuar contratações precárias de pessoal, em desacordo com as Constituições Federal e Estadual”, disse.

Segundo ele, os dois Municípios violam a regra da obrigatoriedade de aprovação em concurso público para ingresso no serviço público, pois admitiram pessoal para o exercício de serviços não temporários, mas permanentes, afetos às finalidades próprias e à rotina da administração pública municipal.

Contratados x efetivos 

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de contratados supera e muito o número de servidores efetivos, o que levou o TCE a emitir alertas para que os Municípios corrigissem a ilegalidade.

Até abril deste ano, Boa Ventura possuía 152 servidores municipais contratados por excepcional interesse público e o Município de Serra Grande aumentou em 62,5% o número de contratados por excepcional interesse público, possuindo, até o final de 2023, 39 contratados. Conforme destacou o promotor de Justiça, essa situação afronta a ordem constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Foi constatado ainda que leis municipais que versam sobre as contratações temporárias de excepcional interesse público também estão eivadas de inconstitucionalidade, pois não atendem ao prazo de um ano estabelecido pelo STF (ADI 3.649-DF).

O promotor de Justiça destacou ainda que os Municípios não atenderam à recomendação ministerial expedida sobre a matéria, nem demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver o problema, não restando outra alternativa ao MPPB a não ser a propositura das ações civis públicas, cujo mérito ainda será julgado.

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