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Paraíba

Audiência debate sistema artificial para melhorar índices pluviométricos em regiões semiáridas

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A Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), realizou Audiência Pública remota nesta sexta-feira (12) para discutir a implantação da 1ª Estação de Tecnologia de Ionização Atmosférica do Brasil, na Paraíba. O sistema é desenvolvido para melhorar os índices pluviométricos em regiões de clima semiárido. A audiência foi presidida pelo deputado Moacir Rodrigues e contou com a participação dos deputados Jutay Meneses e Tovar Corrêa Lima, além de especialistas em clima, meteorologistas e representante do Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação.

O deputado Moacir Rodrigues, propositor da audiência, lembrou que o Nordeste vive uma crise hídrica secular e o debate sobre este sistema artificial é antigo e poderia ser implementado no Nordeste, desde que seja constante. Moacir explicou que a Ionização Atmosférica é uma tecnologia de ponta verde para a precipitação natural e que apenas imita o processo de ionização do sol. “Essa tecnologia é sucesso com resultados positivos em países como Suíça, Jordânia, Emirados Árabes, Estados Unidos, Austrália e China”, argumentou. O deputado analisa que as vantagens apresentadas pelo sistema de Ionização Atmosférica podem ajudar no combate à seca, trazendo desenvolvimento para região beneficiada. O parlamentar se mostrou favorável a implantação de um núcleo de estudos da Tecnologia de Ionização Atmosférica no país e defendeu a criação do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), em Campina Grande.

Na apresentação feita pelo o professor da Universidade Federal de Campina Grande, e doutor em Meteorologia, Ênio Souza, esclareceu o processo. Segundo ele, uma espécie de ‘bombardeio’ é feito dentro das nuvens com gotículas de água para que elas passem atuar como aceleradoras do processo de chuva. No entanto, o professor destacou que o método mais comum para a realização desse processo utiliza um avião, porém, trata-se de uma operação de alto custo e que se repete em cada nuvem. No modelo apresentado pelo palestrante, a tecnologia utilizada tem maior custo benefício, além de ser considerada limpa. “Nessa ionização, o principio é o mesmo, mas invés de um avião, efeito através de torres instaladas em superfície, que levam partículas com carga elétrica para dentro das nuvens.

Quando essas partículas estão na região da nuvem, atuam de forma eficiente para atrair moléculas de água”. Segundo o doutor Ênio Souza, o método poderia ser aplicado em uma área bem maior do que a coberta por um avião, sendo mais viável o seu custo-benefício. Sobre a possibilidade de riscos e alteração no ciclo biológico da região com a instalação do método, o professor alertou para a relevância de trabalhar com a emissão de componentes limpos e apontou que o método tem obtido êxito em vários países, inclusive no Oriente Médio. “A tecnologia de emissão de íons negativos são saudáveis. Ajudam a melhorar a saúde das pessoas, a produção animal e o desenvolvimento vegetal”, esclareceu professor.

O diretor de Tecnologias Estratégicas e de Produção do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Arístides Pavani, avaliou como esclarecedor o seminário realizado pela Assembleia. Ele afirmou que todas as ações desenvolvidas pelo Ministério são com base em ciência e tecnologia aplicada com fim de trazer benefícios à sociedade. Para Pavani, é necessário que mais estudos sejam desenvolvidos em torno da tecnologia para que esta possa ser explorada no Brasil. O representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação defendeu a elaboração de um projeto científico, onde sejam inseridos elementos que permitam ao país, à sociedade, um ganho de conhecimento, de onde possam ser elaboradas políticas públicas. “Será um projeto que poderá ser apoiado pelo ministério, para que possa desenvolver ações que ajudem a construir um estudo de caso. A tecnologia tem um potencial grande e resultados que parecem ser bastante impactantes. Conhecemos bem o Nordeste brasileiro e sua escassez de água e os impactos que isso causa na vida de todos”, declarou Pavani.

O também palestrante Helmut Fluhrer, especialista em clima e fundador da WearthTec, expôs aos participantes os resultados conquistados com o uso da tecnologia em lugares como a Jordânia, a Suíça, Austrália e Estados Unidos. O aumento na precipitação de chuvas, obtidas com a implantação da Tecnologia de Ionização Atmosférica, segundo Helmet, traz inúmeros benefícios ecológicos, como a mudança de paisagens, a elevação do nível de represas e a redução da temperatura na região, além dos benefícios sociais, como a geração de emprego e renda, aumento do cultivo e, consequentemente, aumento do Produto Interno Bruto. “Os benefícios para o país chegam a ser quatro vezes maior do que os custos com o  investimento”, garantiu Helmut Fluhrer.

O secretário de Agricultura de Campina Grande, Renato Gadelha, observou que o Semiárido paraibano está vivendo um ciclo virtuoso de chuvas e que houve uma precipitação média de 1000 mm no Sertão.  Segundo ele, há uma previsão meteorológica de que o Sertão nordestino vai ter ainda mais 10 anos de chuvas copiosas. Diante dessas previsões, o secretário ponderou a real necessidade do uso da tecnologia de ionização atmosférica. “Nós vivíamos uma seca prolongada de seis anos e agora estamos num período ascendente dessas chuvas. Coincidentemente, nós temos esse projeto de ionização atmosférica que chega exatamente nesse período para nós. Seria muito difícil distinguir, se essas chuvas continuarem, se elas seriam por conta de ionização ou por conta realmente da natureza”, observou Renato Gadelha.

O diretor de Novos Negócios da PCX, Paulo Xavier, declarou que há alguns anos essa tentativa de implementação da Tecnologia de Ionização Atmosférica vem sendo debatida com o Governo Federal. Xavier revelou que também tem realizado diálogos com a atual gestão do presidente da República Jair Bolsonaro. “Estamos trabalhando para a certificação da tecnologia, fomentando junto aos demais ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Humano o de Minas e Energia para que tenhamos êxito nessa implantação, muito provavelmente, na Paraíba”, revelou.

Audiência contou ainda com a participação da Cofundadora da WearthTec e especialista em modificação do clima, Elena Davydova; da diretora Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Mònica Tejo; do analista de Projetos de Infraestrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Bruno Xavier de Souza; do gestor Governamental Federal do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Ricardo Padilha; do reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Vicemário Simões; do professor da Universidade Federal de Campina Grande e Coordenador do Laboratório de Referência em Dessalinização (LABDES).

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Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

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Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

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Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

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Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

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