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Calote: Governador é convidado pela Assembleia Legislativa para explicar compra de respiradores

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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), presidente do Consórcio Nordeste, foi convidado a dar explicações às Assembleias Legislativas da Paraíba e da Bahia sobre o pagamento de R$ 48,7 milhões por 300 respiradores que nunca foram entregues ao Consórcio Nordeste. Segundo a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), o governo baiano foi responsável por articular a compra dos equipamentos para os nove estados da região. As irregularidades nas negociações desencadearam a Operação Ragnarok, conduzida pela Polícia Civil baiana, e também são investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF). O prejuízo para os cofres baianos é calculado em R$ 9,6 milhões.

Autor do ofício na AL-BA, o deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) argumentou que o governador precisa dar detalhes à Casa sobre o que aconteceu. De acordo com ele, o Parlamento só tem sido informado sobre a compra pela imprensa. Como a solicitação precisaria ser aprovada primeiro em comissões da Assembleia, e elas estão paradas por conta da pandemia do novo coronavírus, Câmara sugeriu ao presidente da AL-BA, Nelson Leal (PP), que faça o convite ao governador, informa publicação do site A Tarde.

“Em nenhum momento, um secretário, um assessor do governo se dirigiu à AL-BA para dar detalhes sobre a compra. Seria um ato de grandeza, de transparência do governo fazer um gesto de explicação para a AL-BA com início, meio e fim. Por que pagou antecipado R$ 50 milhões, por que não pagou 50% antecipado, se não tinha garantia de entrega”, questionou o parlamentar ao A TARDE.

Ainda segundo ele, a Bahia virou “chacota” no Nordeste inteiro por causa da compra malsucedida, que ganhou as páginas policiais. “A governadora do Rio Grande do Norte, do PT, aliada dele, disse que está se sentindo ludibriada. A gente precisa saber o que aconteceu, inclusive para defendermos o nosso estado”, reivindicou o tucano.

O episódio também reverberou fora da Bahia. O deputado estadual pela Paraíba, Raniery Paulino (MDB), anunciou nesta quarta-feira, 10, nas redes sociais, que encaminhou ofício à Assembleia Legislativa solicitando sessão com Rui Costa, que é presidente do Consórcio Nordeste. Dos 300 respiradores não entregues, 60 seriam destinados à Bahia e 30 para cada um dos outros 8 estados nordestinos.

Politização

Rui criticou o que classificou como “politização” do assunto. “O Brasil virou, até do ponto de vista da pandemia, quando todos querem salvar vidas, se criou uma disputa política, uma confusão jurídica e há muita contaminação política no Brasil, relegando vidas humanas a segundo plano. A prioridade, para muitas pessoas, passou a ser a disputa política”, lamentou o petista, em entrevista ao Bahia Meio-Dia.

Ele ainda criticou o fato de o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ter declinado da competência de investigar o caso para o MPF. Para ele, a medida apenas favorece “quem lesou o estado”. “A Polícia Civil [na Operação Ragnarok] prendeu três pessoas. Estava avançando rapidamente, com sinalização de devolução imediata de parte do recurso. Infelizmente, por um procedimento do Ministério Público Estadual junto com MPF, a juíza que estava cuidando do caso declinou da ação e criou uma polêmica sobre quem vai tocar essa ação. Isso só está favorecendo a quem lesou o estado.”

“O que nós tínhamos de sinalização é que os envolvidos estavam dispostos a devolver imediatamente parte do recurso. Infelizmente, como a juíza declinou da ação e liberou os presos, a informação que eu tenho é que foi pedida a renovação da ação, mas a juíza liberou os presos”, criticou.

O governo justificou também que o pagamento antecipado por equipamentos usados no combate ao coronavírus é exigência no mercado mundial. Durante a entrevista, argumentou que, assim que notou o descumprimento do contrato por parte da empresa que vendeu os respiradores, solicitou abertura de procedimento administrativo interno e de inquérito pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) para investigar possíveis fraudes.

Compra suspeita

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou na terça, 9, inquérito civil para investigar eventuais atos de improbidade administrativa no contrato firmado pelo Consórcio Nordeste com a empresa Hempcare, alvo da Operação Ragnarok, realizada na última semana pela Polícia Civil da Bahia.

Na segunda, 8, o processo referente à operação que tramitava na Justiça baiana foi encaminhado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por processar e julgar governadores.

Citado pela empresária Cristiana Prestes, dona da Hempcare, como responsável pela negociação de 300 respiradores, Bruno Dauster foi exonerado da Casa Civil do governo da Bahia na última quinta-feira, 4.

Em reunião virtual na segunda, a Comissão Parlamentar Interestadual de Acompanhamento e Fiscalização do Consórcio Nordeste decidiu pedir à Polícia Federal (PF) que investigue a suposta fraude na compra dos equipamentos.

Na segunda-feira, 1º, foram presos Cristiana Prestes, o seu sócio Luiz Henrique Ramos, e o empresário Paulo de Tarso, que se apresenta como CEO da empresa Bioenergy, também investigada. Na última sexta, 5, os três foram soltos, ao fim do prazo da prisão temporária.

A Polícia Civil da Bahia suspeita que as empresas Hempcare e Biogeoenergy usariam os R$ 48,7 milhões pagos pelo Consórcio Nordeste na produção de respiradores não autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – irregulares, portanto.

Em maio, o governo do Estado chegou a anunciar que assinaria um protocolo de intenções com a Biogeoenergy para a fabricação de respiradores de baixo custo em Camaçari, o que foi comemorado pelo vice-governador do Estado e secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, João Leão (PP). “Estamos vivendo um período muito difícil. A Bahia se sente privilegiada de uma fábrica dessa natureza se instalar por aqui”, declarou.

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Cássio Cunha Lima é destaque em série da TV Brasil sobre a Constituição brasileira; confira

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O ex-senador paraibano Cássio Cunha Lima foi convidado e participou da série “Senado, a História que Transformou o Brasil”, veiculada pela TV Brasil e que, com uma narrativa que conecta o passado ao presente, destaca momentos decisivos na história legislativa brasileira, mostrando, especificamente neste primeiro episódio, a importância do Senado brasileiro na conquista e fortalecimento da democracia do país que foi brutalmente atacada por vândalos no dia 08 de janeiro de 2023.

A série conta com áudios e vídeos históricos de historiadores, especialistas e personagens das maiores conquistas obtidas pelos cidadãos brasileiros junto ao Estado ao longo dos 200 anos da criação do parlamento no Brasil.

Cássio Cunha Lima, na fala que pode ser conferida a partir do minuto 43:06 do vídeo, relembra do momento crucial para o Brasil que foi a votação de uma Assembleia Constituinte para criação e votação da nossa Constituição, em 1988, após 20 anos de prevalência de uma ditadura militar.

Havia uma sociedade que estava com um ânimo aguerrido pra lutar pelos seus direitos pra conquistar essa Constituição Cidadã, como foi batizada por doutor Ulisses [Guimarães], que trouxe avanços inegáveis na organização do Estado Brasileiro“, frisou Cássio.

Confira o vídeo:

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“Bancada da PB tem que mobilizar Brasília contra a suspensão do abastecimento de água”, diz Efraim

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Redação do Portal da Capital

“Água é vida! É inadmissível que tenhamos que lidar com a falta d’água em pleno século XXI, enquanto aguardamos a conclusão de obras como a Transposição do São Francisco, Vertentes litorâneas, Adutora do Pajeu entre outras! Junto com outras bancadas do Nordeste, Se tivermos de paralisar e obstruir votações de interesse do governo, faremos até que sejam garantidos os recursos para manutenção do abastecimento de água.” Foi com essas palavras que o senador Efraim Filho (União-PB) sintetizou sua indignação com a suspensão, mais uma vez, da Operação Carro-Pipa na Paraíba.

Responsável por levar abastecimento de água a pelo menos 70 municípios do estado, a operação será suspensa a partir da segunda-feira (25), conforme comunicado do Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército enviado aos coordenadores da Defesa Civil neste sábado (23).

A alegação é de que a Operação Carro-Pipa (OCP) está suspensa temporariamente devido a falta de repasse de recursos por parte do governo federal. Para o senador Efraim, entretanto, esse pode já ser um dos efeitos da suspensão do orçamento.

“Com certeza essa suspensão dos carros-pipa já é um dos efeitos nocivos da decisão equivocada do STF em suspender a execução do Orçamento sem observar os critérios de urgência e necessidade de casos como esse, o que limita a velocidade para se reverter a paralisação indevida”.

Por mais de uma vez, Efraim foi aos ministérios para impedir a suspensão da Operação na Paraíba e garante que fará gestões em Brasília para evitar uma nova suspensão, o que vem se tornando recorrente no estado.

“É a época mais quente do ano. É impensável que os municípios fiquem sem água”, disse o senador, visivelmente indignado.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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