Santa Rita, na região metropolitana de João Pessoa, adotará o estado de lockdown para tentar conter avanço do coronavírus no município. O prefeito Emerson Panta anunciou neste domingo (03) que já pediu apoio do governo do Estado para implantação da medida. Até agora, a cidade já registrou 100 casos confirmados, com 15 óbitos, números menores apenas que os da capital.
A preocupação do gestor é que o avanço continue em ritmo acelerado, como vem acontecendo nos últimos dias. Apesar dos apelos de prevenção e distanciamento social, parte da população não está colaborando e tem desrespeitado o isolamento recomendado pelas autoridades.
“Precisamos colocar um freio nesta situação e barrar esta pandemia enquanto podemos. Melhor fazer agora, de forma planejada e organizada, enquanto há tempo. Não queremos ver os números se transformando em nomes de amigos, de familiares, por isso precisamos do apoio do governador, mas também da população em geral”, afirmou o prefeito.
Panta elencou diversas medidas adotadas desde 17 de março, quando a prefeitura emitiu seu primeiro decreto, mas que ainda estão sendo insuficientes para o controle dos casos na cidade. O prefeito chegou a ir às ruas em carro de som pedir conscientização às pessoas e lançou diversos procedimentos de combate.
A vacinação contra a influenza nos mais de 12 mil idosos do município foi realizada em domicílio pelos profissionais; o pagamento dos servidores municipais foi antecipado nesses últimos dois meses e dividido em categorias para evitar aglomeração nas agências bancárias; 50 mil máscaras distribuídas entre a população; Procon, Vigilância Sanitária e Polícia Militar em ações diárias de fiscalização; desinfecção de espaços públicos; apelo nos meios de comunicação e redes sociais.
“Ainda assim, não foi suficiente para conter o crescimento dos casos. Por isso, avaliamos os dados, debatemos com equipe técnica, e chegamos a esta decisão”, argumentou o prefeito, que se reunirá com o governador João Azevedo para a implantação do confinamento, que prevê a manutenção apenas de serviços estritamente essenciais.