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Especialistas avaliam os desafios da mulher advogada no meio jurídico

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A Constituição e legislações infraconstitucionais brasileiras garantem a presença formal de direitos iguais entre homens e mulheres. A realidade, no entanto, é de disparidade no tratamento entre os gêneros mesmo em ambiente jurídico.
Enquanto a presença feminina nas faculdades de Direito e listas de aprovação dos concursos públicos é ampliada, paradoxalmente, a predominância ainda é masculina no topo das carreiras. A Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) não apenas ratifica o compromisso com a pluralidade, que deve marcar todo espaço democrático, como também incentiva que mulheres contribuam jurídica e politicamente com o debate.
Polianna Pereira dos Santos, mestre em Direito, professora, assessora no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidente da Associação Visibilidade Feminina e membro fundadora da ABRADEP, ressalta que o problema não é a carência de acadêmicas mulheres de elevada qualidade, mas a naturalização da invisibilidade feminina na produção e reprodução do conhecimento jurídico, ambos marcadamente masculinos.
“Nas faculdades de Direito, compreendidas como espaços de poder, a preponderância é de professores homens. A bibliografia de referência nos cursos também é maiormente masculina. Então, apoiar mulheres a ocuparem os eventos acadêmicos é uma estratégia importante”, assevera Polianna dos Santos, referindo-se à necessidade da presença feminina maciça nos espaços de fala e nas comissões que organizam as atividades.
Com efeito, algumas instituições têm ido ao encontro de tais demandas. A ABRADEP, além de não apoiar eventos com menos de 30% de palestrantes mulheres, lançou como política institucional um selo para promover eventos acadêmicos que contam com uma participação feminina expressiva. Por sua vez, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por meio da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CMNA), realizou a III Conferência Nacional da Mulher Advogada, cujo objetivo foi levantar as principais bandeiras do universo feminino frente aos desafios da advocacia contemporânea.
“Claro que temos muitos obstáculos, mas há avanços que garantem a ampliação da presença das mulheres. A Conferência Nacional de Advocacia, que ocorrerá no final de 2020, vai ter paridade de gênero entre palestrantes. Além disso, atualmente, temos cotas na OAB que garantem, no mínimo, 30% de presença feminina nas chapas das seccionais. E no próximo triênio, teremos mais mulheres, inclusive, nas diretorias do Conselho Federal. Isso permite acelerar o processo de transformação com repercussões significativas”, afirma Daniela Borges, presidente da CNMA, a quem não é mais possível invocar os direitos fundamentais sem que as mulheres participem efetivamente do púlpito, sob pena de esvaziamento de significados ou mesmo de contradição.
Embora reconheça que as cotas pressionem e cumprem o seu papel a curto e médio prazo, já que é improvável a mudança espontânea oriunda de uma suposta evolução benevolente das tradicionais instituições, a deputada Margarete de Castro Coelho, professora, mestre em Direito, uma das principais lideranças da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher Advogada (FPDMA) e membro da ABRADEP, destaca a necessidade de mudar a cultura sexista que permeia a realidade das mulheres.
“Muitas prerrogativas da advogada são violadas pelo fato dela ser mulher e não simplesmente por ela estar na condição de advogada. Numa sustentação oral, por exemplo, quando a mulher aumenta o tom de voz, invariavelmente, recebe a pecha de louca, histérica, descontrolada. Isso acontece porque o timbre de voz masculino está naturalizado naquele espaço. Se o homem sobe o tom, o desempenho é interpretado como bravura, audácia, força”, afirma a deputada Margarete de Castro Coelho.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de ser presidido por uma mulher, a ministra Rosa Weber, possui 54% das funções de chefia e assessoramento ocupadas por mulheres.  Trata-se de um exemplo institucional, no entanto, fora da curva. Para Juliana Freitas, doutora em Direito, advogada, professora e membro da ABRADEP.
“Apesar de conquistas pontuais, os desafios continuam enormes. Pela histórica concepção de que às mulheres não compete o espaço público, temos uma cobrança constante para reiterar a nossa competência, a nossa qualidade técnica no exercício das atividades, cobrança que não se faz, no mesmo nível, em relação aos homens”, diz Juliana Freitas.
Por se tratar de algo estrutural, a acadêmica Juliana Freitas defende ainda “a necessidade de somar perspectivas para desconstruir estereótipos que se apresentam nas mais variadas facetas da sociedade e tentam nos boicotar diuturnamente. É a luta constante das mulheres que será protagonista nas mudanças das instituições”.
Quem Somos
Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político – ABRADEP – foi fundada no dia 20 de março de 2015, em Belo Horizonte-MG. Com sede em Brasília-DF, é formada por diversos profissionais das mais variadas formações (advogados, professores, juízes eleitorais, membros do ministério público, profissionais da comunicação social, cientistas políticos, entre outros) e tem como propósito fomentar um debate equilibrado, transparente, objetivo e qualificado sobre a reforma política, promovendo a difusão de temas referentes ao direito eleitoral e a intersecção entre direito e política.

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Pagamento do Pé-de-Meia começa nesta segunda; confira o calendário

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O pagamento de mais uma parcela do benefício Pé-de-Meia começa nesta segunda-feira, 25 de novembro, e segue até o dia 2 de dezembro. A parcela, no valor de R$ 200, será paga de forma escalonada, de acordo com o mês de nascimento do estudante.

O pagamento é referente ao Incentivo-Frequência e será depositado em conta Poupança CAIXA Tem, aberta automaticamente em nome dos beneficiários. Os valores podem ser movimentados pelo aplicativo CAIXA Tem.

CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DO PÉ-DE-MEIA

Mês de Nascimento | Dia do Pagamento

Janeiro e Fevereiro – 25/11

Março e Abril – 26/11

Maio e Junho – 27/11

Julho e Agosto – 28/11

Setembro e Outubro – 29/11

Novembro e Dezembro – 2/12

O Pé-de-Meia é destinado a alunos que estejam cursando o ensino médio na rede pública e que tenham entre 14 e 24 anos, e a estudantes da EJA da rede pública, com idade entre 19 e 24 anos. Além disso, devem ser integrantes de família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que tenham renda, por pessoa, de até meio salário mínimo, possuir CPF regular, e frequência mensal de, no mínimo, 80% nas aulas.

Além do incentivo por frequência de R$ 200, o aluno recebe depósitos de R$ 1 mil ao final de cada ano concluído com aprovação, que ficarão como uma poupança e poderão ser sacados após a formatura do ensino médio, e o Incentivo-Enem, no valor de R$ 200, para estudantes do 3º ano que participarem do Enem.

INFORMAÇÕES — O estudante poderá consultar informações escolares, regras do programa e status de pagamentos (rejeitados ou aprovados) por meio do aplicativo Jornada do Estudante, do Ministério da Educação.  Informações relativas ao pagamento do benefício podem ser consultadas no aplicativo CAIXA Tem.

Para se manter no Pé-de-Meia, o estudante deve ter frequência mínima de 80%. Caso a frequência diminua em algum mês, o aluno não receberá o benefício referente a esse período. Caso o estudante deseje verificar a situação de elegibilidade ao programa, poderá acessar o aplicativo “Jornada do Estudante”.

No aplicativo Jornada do Estudante, o usuário poderá consultar informações como: canais de atendimento do programa, participação no programa, status de pagamentos e calendários de pagamentos.

PÉ-DE-MEIA — É um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público. Instituído pela Lei nº 14.818/2024, o objetivo é  democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, promovendo mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

Informações mais detalhadas sobre o benefício podem ser obtidas no site do Ministério da Educação (MEC) ou da Caixa Econômica Federal .

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Cássio Cunha Lima é destaque em série da TV Brasil sobre a Constituição brasileira; confira

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O ex-senador paraibano Cássio Cunha Lima foi convidado e participou da série “Senado, a História que Transformou o Brasil”, veiculada pela TV Brasil e que, com uma narrativa que conecta o passado ao presente, destaca momentos decisivos na história legislativa brasileira, mostrando, especificamente neste primeiro episódio, a importância do Senado brasileiro na conquista e fortalecimento da democracia do país que foi brutalmente atacada por vândalos no dia 08 de janeiro de 2023.

A série conta com áudios e vídeos históricos de historiadores, especialistas e personagens das maiores conquistas obtidas pelos cidadãos brasileiros junto ao Estado ao longo dos 200 anos da criação do parlamento no Brasil.

Cássio Cunha Lima, na fala que pode ser conferida a partir do minuto 43:06 do vídeo, relembra do momento crucial para o Brasil que foi a votação de uma Assembleia Constituinte para criação e votação da nossa Constituição, em 1988, após 20 anos de prevalência de uma ditadura militar.

Havia uma sociedade que estava com um ânimo aguerrido pra lutar pelos seus direitos pra conquistar essa Constituição Cidadã, como foi batizada por doutor Ulisses [Guimarães], que trouxe avanços inegáveis na organização do Estado Brasileiro“, frisou Cássio.

Confira o vídeo:

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“Bancada da PB tem que mobilizar Brasília contra a suspensão do abastecimento de água”, diz Efraim

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“Água é vida! É inadmissível que tenhamos que lidar com a falta d’água em pleno século XXI, enquanto aguardamos a conclusão de obras como a Transposição do São Francisco, Vertentes litorâneas, Adutora do Pajeu entre outras! Junto com outras bancadas do Nordeste, Se tivermos de paralisar e obstruir votações de interesse do governo, faremos até que sejam garantidos os recursos para manutenção do abastecimento de água.” Foi com essas palavras que o senador Efraim Filho (União-PB) sintetizou sua indignação com a suspensão, mais uma vez, da Operação Carro-Pipa na Paraíba.

Responsável por levar abastecimento de água a pelo menos 70 municípios do estado, a operação será suspensa a partir da segunda-feira (25), conforme comunicado do Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército enviado aos coordenadores da Defesa Civil neste sábado (23).

A alegação é de que a Operação Carro-Pipa (OCP) está suspensa temporariamente devido a falta de repasse de recursos por parte do governo federal. Para o senador Efraim, entretanto, esse pode já ser um dos efeitos da suspensão do orçamento.

“Com certeza essa suspensão dos carros-pipa já é um dos efeitos nocivos da decisão equivocada do STF em suspender a execução do Orçamento sem observar os critérios de urgência e necessidade de casos como esse, o que limita a velocidade para se reverter a paralisação indevida”.

Por mais de uma vez, Efraim foi aos ministérios para impedir a suspensão da Operação na Paraíba e garante que fará gestões em Brasília para evitar uma nova suspensão, o que vem se tornando recorrente no estado.

“É a época mais quente do ano. É impensável que os municípios fiquem sem água”, disse o senador, visivelmente indignado.

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