A Procuradoria-Geral da República encaminhou ao Supremo o relatório de buscas e apreensões na Operação Pés de Barro, deflagrada em dezembro de 2019 contra o deputado federal Wilson Santiago (PTB/PB) – afastado do mandato por ordem do ministro Celso de Mello – para apurar suposto pagamento de R$ 1,2 milhão em propinas resultantes do superfaturamento das obras da Adutora Capivara, no sertão paraibano.
Entre os documentos compartilhados com o Supremo e que agora passam a fazer parte da investigação contra Santiago estão o controle financeiro de um avião e um cheque no valor de R$ 3 milhões assinado pelo petebista. Não há informação a quem se destinou o cheque, mas, conforme relatório da PF, a sua existência pode indicar a ‘capacidade financeira do investigado’, destaca publicação do Estadão.
A Procuradoria ainda encaminhou depoimento de Rosalina Maria Galiza da Silva Cavalcante, ex-funcionária de do deputado afastado, na qual confirma ter recebido R$ 30 mil de um colaborador em um hotel, em Brasília, e, em seguida, entregue o dinheiro à mulher do parlamentar, na residência do casal, também na capital federal.
A denúncia contra o parlamentar e demais envolvidos aguarda apreciação do Supremo. A Procuradoria pede o desmembramento do Inquérito 4800 para continuidade da apuração dos fatos relacionados aos crimes de lavagem de dinheiro, fraude à licitação e peculato que teriam sido levados a efeito pelos denunciados, com a autuação de novo Inquérito.