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Paraíba

Coletiva de Imprensa: João não consegue explicar as evidências de envolvimento na Operação Calvário

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A entrevista concedida pelo governador João Azevedo na manhã desta segunda-feira serve apenas como tentativa de manter o governo de pé e ganhar fôlego. Fácil perceber a existência de um combinado jogo de comunicação que tenta colocar João alguma distância fora do centro do furacão das investigações.

Tentativa vã, pelo visto. O problema é que o governador João Azevedo bate de frente com fortes evidências e suas declarações não as explica. Quando muito as desmente, mas apenas com palavras e não com fatos.

Vamos às evidências que colocam o governador João Azevedo no centro da Operação Calvário, como a imprensa nacional tem retratado, e que não foram respondidas na coletiva.

1. O Gaeco já comprovou, sem refutação, que Leandro Nunes, um dos primeiros presos na Operação Calvário, foi ao Rio de Janeiro pegar dinheiro para a campanha. De lá, ele chamou vários fornecedores da campanha para receber pagamentos. Os fornecedores foram, recebem dinheiro e confirmaram tudo. Então, tem dinheiro da Cruz Vermelha na campanha de João Pessoa. Comprovado. Na entrevista, o governador apenas negou genericamente e disse que o financiamento de sua campanha havia sido feito pelo partido.

2. Parte da imprensa divulgou nesta segunda-feira trecho da deleção da ex-secretária Livânia Farias na qual ela desaconselha Daniel Gomes a se encontrar com o então candidato João Azevedo, que não gostaria muito de Organizações Sociais. João se apegou a este detalhe para se defender. Mas se esqueceu de que a deleção de Livânia é muito mais ampla. No trecho usado por João, Livânia revela que o genro do então candidato estava insistindo em se encontrar com Daniel e o sogro candidato também queria o encontro. Livânia desaconselhou, mas é lícito supor que ela quisesse apenas manter o controle da operação e não perder poder nas operações.

Mais grave: esqueceram um trecho da declaração de Livânia, que se encontra num anexo apenso ao relatório do desembargador Ricardo Vital, no qual ela revela ter sido chamada pelo governador Ricardo Coutinho para cuidar de uma mesada para João Azevedo, que havia deixado à secretaria e precisaria se sustentar. Livânia revela que acertou com Daniel uma mesa de R$ 120 mil. Garante que combinou tudo com João, que chegou a indicar uma pessoa para receber o dinheiro. Revela também um esquema que recebia dinheiro da Liga pela Paz, em cheque, tudo com pleno conhecimento e participação do então candidato a governador, para a campanha eleitoral. João não explicou nada disso na coletiva.

3. Noutra parte das investigações, o Gaeco do Rio do Janeiro tem gravações de conversas de Daniel Gomes com o ex-governador Ricardo Coutinho acertando a continuidade do pagamento de propinas, assegurando que o futuro governador garantiria todo o esquema.

Foi o que o eleito governador João Azevedo fez. Defendeu a Cruz Vermelha e as demais Organizações Socais com todo afinco no início do governo. Dizia que tudo era legal, que o serviço prestado era excelente. Quando as investigações começaram a se aprofundar, o governador João Azevedo passou a dizer que os problemas eram das Organizações Sociais e que não tinham nada a ver com o governo. Agora, ele anuncia o fim dos contratos, o que constata que os problemas envolviam o governo.

4. As investigações revelam ainda, segundo a imprensa nacional (a imprensa local não cuida desta parte), que o empresário Daniel Dantas diz quer recebido a garantia do então candidato a governador João Azevedo que o esquema de contratos das Organizações Sociais, com o vínculo de pagamento de propina, seria expandido para a educação.

O que se tem até agora são quatro acusações graves de envolvimento do governador João Azevedo na Operação Calvário, com beneficiamento para a campanha e mesada pessoal. Não existe explicação para nenhuma delas.

Confira trechos da investigação:

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Paraíba

João Azevêdo viajará até Brasília para tentar reverter suspensão da Operação Carro-Pipa na Paraíba

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O governador João Azevêdo (PSB) se deslocará pessoalmente até a Capital Federal para tentar reverter a suspensão da Operação Carro-Pipa na Paraíba que atinge, a partir desta segunda-feira (25/11), alcança 270 mil pessoas de 159 municípios localizados em território paraibano.

João Azevêdo, em Brasília, acionará deputados federais paraibanos e ministros para tentar resolver a situação.

O Escritório Regional do 1º Grupamento de Engenharia do Exército, localizado em João Pessoa, Capital da Paraíba, afirma que a paralisação do programa se dá, não por falta de verbas mas, sim, pela ausência de uma descentralização de recursos financeiros por parte do Governo Federal.

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“Esse momento é de arrochar os que estão”, diz Cícero sobre reforma administrativa para nova gestão

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Redação do Portal da Capital

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), durante entrevista ao @portaldacapital nesta segunda-feira (25/11), ao comentar sobre possibilidade de uma reforma administrativa para a nova gestão que será iniciada em 2025, preferiu se referir apenas aos que ainda estão atuando nesta gestão.

Esse momento é de arrochar os que estão“, frisou o gestor.

Às vésperas do fim da gestão 2021-2024 à frente da administração municipal, vozes que circulam pelos bastidores da política em João Pessoa, já começam a sugerir  renovação e novos nomes para integrar o time do primeiro escalão da PMJP como, por exemplo, o do vereador Tarcísio Jardim (PP), para o comando da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb).

Leia também: Tarcísio Jardim pode assumir Secretaria de Segurança de João Pessoa na gestão de Cícero em 2025

Outro nome que também já circula pelos bastidores é o de Alyne Moreira, esposa do presidente estadual do Agir 36 na Paraíba, Flávio Moreira, que também é presidente da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac), para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

Confira o vídeo:

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MPPB, Caixa, Crea e Cagepa visitam obras de nova estação elevatória, em JP

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Representantes do Ministério Público da Paraíba (MPPB), da Caixa Econômica Federal e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) visitaram as obras da nova Estação Elevatória de Esgotos (Usina II), na tarde desta quinta-feira (21), para conhecer de perto o andamento da construção e a relevância do projeto. O MPPB foi representado pela 43ª promotora de Justiça de João Pessoa em substituição, Cláudia Cabral. Tramita na Promotoria de Justiça o Inquérito Civil n. 002.2024.027412 que busca o redimensionamento da rede de esgoto da capital.

A obra contempla uma nova estação elevatória e um Emissário de Recalque, que elevarão os efluentes de esgotos coletados nos bairros de Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Altiplano até a Estação de Tratamento de Esgotos do Baixo Paraíba, onde será tratado.

A promotora de Justiça Cláudia Cabral disse estar surpreendida com os pontos positivos do projeto. “Estou realmente impressionada com a grandiosidade dessa obra, que é complexa mas está sendo tratada com muita responsabilidade e tecnologia. A população precisa saber dos benefícios que ela vai trazer para todos da cidade”, disse.

O presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinicius Neves, esteve à frente do encontro e, junto de sua equipe técnica, apresentou detalhes sobre a obra, que faz parte do Programa de Segurança Hídrica (PSH), e tem por objetivo melhorar e ampliar o sistema de esgotamento sanitário da cidade de João Pessoa.

Os trabalhos devem ser concluídos até outubro de 2025 e será feito por etapas, interditando gradativamente trechos específicos. Atualmente, uma intervenção está ativa entre as Avenidas Tancredo Neves e a Governador Flávio Ribeiro Coutinho, em Manaíra. Essa etapa deve ser finalizada em até 15 dias.

Tecnologia e pioneirismo

Para minimizar os transtornos para a população e agilizar os serviços, e diante da complexidade dos trabalhos, a obra está sendo executada pelo Método Não Destrutivo (MND), na modalidade furo unidirecional, uma tecnologia que permite implantar, em cerca de 24 horas, uma nova tubulação com garantia de 80 anos e com mínimo impacto nas vias. O presidente da Cagepa, Marcus Vinicius, destacou que a Paraíba é pioneira no Nordeste na execução do Método Não Destrutivo com tubulações de diâmetros de grande porte. “Apenas São Paulo já realizou obras desse porte em MND. Portanto, para dar conta, uma grande operação está sendo realizada desde o final de outubro com transporte, logística e engenharia de ponta”, disse.

Diferentemente das técnicas convencionais, que envolvem longas escavações, esse método utiliza equipamentos especiais, de alta precisão, feitas sempre na parte lateral das vias públicas. “Dessa forma menos invasiva, preserva os pavimentos e minimiza os transtornos no trânsito e à população, além de possibilitar maior rapidez na conclusão das obras”, explicou o presidente.

A tecnologia sustentável também está nos novos emissários, que contarão com um tipo de tubulação diferente da usada atualmente: será utilizado uma tubulação de 900 milímetros, fabricada em polietileno de alta densidade (PEAD). Os tubos em PEAD possibilitam uma maior vida útil da rede de esgotamento e possuem resistência à corrosão, infiltrações e outros tipos de desgastes.

O financiamento de R$ 102 milhões foi firmado pelo Governo da Paraíba junto ao Banco Mundial e, portanto, não impactará a receita tarifária da Cagepa.

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