Os deputados federais, Gervásio Maia e João Campos, realizaram, neste sábado (5), uma vistoria nas praias do litoral da Paraíba e Pernambuco. Essa foi a primeira inciativa dos parlamentares depois de terem protocolado, junto à bancada do Nordeste, um pedido de audiência pública para debater na Câmara Federal o desastre ambiental que atinge o litoral nordestino. Também participaram da vistoria a deputada estadual, Estela Bezerra, a vereadora, Sandra Marrocos, o ex-secretário, Gilvanildo Pereira e a ativista ambiental, Paula Frassinete.
Gervásio criticou a omissão do Governo Federal. “A Paraíba foi o primeiro estado a ser atingido com derramamento de óleo no Nordeste. Já são 130 localidades atingidas pelo petróleo nos nove estados e não vemos nenhuma providência por parte do Governo Federal. Estamos pedindo soluções urgentes ao Governo Bolsonaro para resolver essa grave situação. Solicitamos que os ministérios do Meio Ambiente e Minas e Energia expliquem a origem do vazamento e que soluções estão sendo tomadas. O dano ao meio ambiente é gravíssimo, não podemos nos calar diante desse grave crime”, lamentou o deputado federal.
João Campos alertou para a proporção deste desastre ambiental e exigiu uma investigação por parte das esferas federais. “Nós viemos ver de perto o impacto causado por isso, e vamos atuar dentro da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas para garantir que a justiça seja feita. Diante de um crime ambiental que atingiu todos os estados do Nordeste, as esferas federais têm por obrigação investigar e atuar no caso”, afirmou o deputado.
As manchas começaram a ser registradas em praias da Paraíba e de Pernambuco no início deste mês. João Pessoa, Recife e Olinda foram algumas das cidades atingidas. Posteriormente, o óleo se espalhou pelo litoral de Alagoas, Sergipe, Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte.
De acordo com o Ibama, já são quase 130 praias atingidas em todo o Nordeste, em quase 60 municípios. A Bahia era o último estado livre das manchas de óleo, mas foi afetada, segundo o projeto Tamar, que preserva as tartarugas marinhas. No extremo Norte do litoral baiano, há pelo menos três pontos de contaminação. Até agora, a Marinha não soube informar o tamanho da área atingida e de onde veio o material.
Foto: Keicy Victor
Foto: Keicy Victor
Foto: Keicy Victor
Foto: JC Online