Recente movimentação processual na Operação Calvário causa frisson e a expectativa de que o Grupo de Atuação Especial contra do Crime Organizado (Gaeco) volte às ruas nos próximos dias.
Na reta final do mês de setembro, Michele Lousala, secretária de Daniel Gomes, um dos chefes da organização criminosa, responsável pela Cruz Vermelha, teria sido ouvida pela justiça. Michele é a mulher que aparece no vídeo veiculado pelo Fantástico, da Rede Globo de Televisão, entregando ao ex-servidor do Governo do Estado da Paraíba e ex-assessor da ex-secretária Livânia Farias, uma caixa de vinho com aproximadamente R$ 1 milhão em dinheiro, desviado da saúde pública estadual, através de contratos entre o Governo do Estado da Paraíba com a Cruz Vermelha, no governo de Ricardo Coutinho (PSB).
No último dia 25 de setembro, os autos da justiça foram encaminhados para vista do Ministério Público. No dia 30, os autos foram recebidos pelo Grupo de Atuação Especial contra do Crime Organizado (Gaeco). “Pode haver pedidos de cautelares, busca e apreensão, ou até mesmo pedido de prisão”, disse uma fonte ao RádioBlog.
No último sábado, em contato com a imprensa, o coordenador do Gaeco na Paraíba, Otávio Paulo Neto, responsável pelas investigações no estado, disse que o tempo da justiça não é o tempo da angústia de muitos. “Nada atípico. O tempo da justiça não é o tempo da angústia de muitos. A justiça tem fluxo próprio e regras rígidas, as quais não podem ser desconsideradas. Há uma visceral diferença entre justiça e justiçamento”, declarou Paulo Neto.