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ALPB e Câmara Federal debatem Marco Regulatório do Saneamento Básico

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta sexta-feira (27), em conjunto com a Câmara Federal, Seminário Regional para debater o projeto de Lei (PL) 3261/2019, que trata do Marco Regulatório do Saneamento Básico no País. O evento foi comandado pelo presidente da ALPB, Adriano Galdino, e contou com a participação dos deputados estaduais Dr. Érico, Jeová Campos Ricardo Barbosa e Trócolli Júnior, e o deputado federal Gervásio Maia. O PL já foi aprovado pelo Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados.

A proposta de atualização do Marco Regulatório do Saneamento estabelece um novo conjunto de regras para a prestação do serviço. O texto altera a Lei de Saneamento possibilitando a universalização do serviço e a abertura para a exploração pela iniciativa privada, além de estabelecer que empresas públicas realizem a tarefa quando não houver empresas privadas interessadas.

O presidente Adriano Galdino defendeu o amplo debate, mas interpretou como preocupante a possibilidade de aprovação do Marco, porque a privatização do saneamento pode encarecer o custo da água. “Vai favorecer as grandes cidades e prejudicar as pequenas, que têm o seu balanço negativo no que se refere à compra e a venda da água. Precisamos debater com mais profundidade e clareza para que não tenhamos um colapso no sistema de abastecimento de água da Paraíba”, alertou Galdino.

Segundo o presidente, o seminário realizado na Assembleia visa sensibilizar a bancada federal para que esta reveja seu posicionamento diante da matéria e busque continuar garantindo o acesso à água a todos os paraibanos. “É preciso garantir água a um custo acessível a toda população e manter o funcionamento da Cagepa, que desempenha  um importante trabalho e é superavitária”, ressaltou Adriano Galdino.

O deputado Ricardo Barbosa externou sua preocupação com o conteúdo do PL 3261/2019 e destacou a necessidade do Governo do Estado avaliar de forma profunda a proposta que tramita na Câmara Federal. “Existe uma abrangência muito larga com a possibilidade de ocasionar problemas de colapso no abastecimento em vários municípios, onde a relação custo-benefício é deficitária, portanto, o Governo do Estado precisa priorizar essa questão e o presidente da Assembleia tem essa pauta como prioridade da Casa”, garantiu Barbosa, acrescentando ser relevante estar atento aos desdobramentos.

O deputado federal Gervásio Maia analisou que o Marco Regulatório do Saneamento Básico subtende que as empresas de abastecimento de água do país seriam deficitárias. “A Cagepa é superavitária em praticamente R$ 100 milhões/ano, ou seja, aproximadamente R$ 8 milhões/mês para que sejam feitas obras, justamente nos municípios mais pobres, onde uma empresa privada jamais vai investir, porque não dá retorno”, pontuou Gervásio.

Representando a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), o vereador Marcos Henriques disse que o PL 3261/2019 não traz nada de positivo para a população brasileira e coloca nas mãos do capital privado um serviço de extrema relevância, inclusive para a saúde, que é o saneamento básico. “Estamos aqui para dizer que vamos resistir, estamos aqui para acabar com essa idéia de um governo que impõe a privatização e que não tem responsabilidade com o país. Viemos dizer não a este processo”, afirmou o parlamentar.

O presidente da Associação Brasileira de Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcos Vinícius, argumentou que existem pontos positivos no texto que trata do Marco Regulatório, no entanto, é imprescindível ressaltar e retirar da matéria os pontos nocivos. Segundo ele, é louvável que a classe política esteja discutindo o saneamento básico em nível nacional, no entanto, o Projeto de Lei precisa ser melhor analisado e receber alguns ajustes. “O texto traz elementos que inibem a participação de empresas públicas no processo e isso é extremamente nocivo a esta construção, caso queiramos fazer um processo de universalização do saneamento”, observou Marcos Vinícius.

Para o presidente da Aesbe, a forma como está apresentada a matéria que trata do Marco Regulatório acaba possibilitando a exclusão, ao longo do tempo, de empresas estaduais. Ele também criticou a limitação de participação das empresas públicas em apenas 25% do processo. “Quando não se permite os contratos de programas de renovação, e um dos pontos principais é exatamente esse, não se permite que essas empresas renovem seus contratos. Caso uma empresa pública entenda que pode se associar à privada para avançar no saneamento, ela só pode ficar com 25%. Por quê? Até isso estão querendo limitar para poder matar as empresas públicas”, refletiu Marcos Vinícius.

No Seminário, a classe trabalhadora esteve representada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado da Paraíba (Stiupb), Wilton Maia Velez, que interpretou que o Marco Regulatório transforma o acesso à água e ao saneamento numa mercadoria. Para Maia, esses bens são direitos humanos e de extrema relevância para a manutenção da vida e não podem ser entregues “à sanha do capital privado”. “Temos exemplos contraditórios. Manaus tem seu sistema privatizado há 20 anos e seus problemas não foram resolvidos. O problema do saneamento não é só gestão, tem que ter dinheiro público e o Governo Federal tem que entender que não basta pegar o dinheiro público e entregar na iniciativa privada, tem que pensar o saneamento como se deve pensar saúde e educação”, argumentou.

Entre os encaminhamentos sugeridos pelo presidente Adriano Galdino está a proposta de realização de uma audiência pública com o objetivo de ampliar o debate para além do parlamento, envolvendo principalmente representantes da sociedade civil organizada. “Queremos fazer uma audiência para que nossas falas cheguem ao povo paraibano, aos prefeitos, cheguem aos municípios para que todos compreendam o momento difícil que estamos vivendo e que, através da bancada federal, o debate chegue ao Congresso Nacional e também ao presidente Bolsonaro e seus ministros, para que possamos ter um país mais justo e melhor para todos”, disse Galdino.

O Seminário Regional contou com palestras do Aesbe, Marcos Vinícius; do representante do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas) e mestre em Planejamento e Gestão do Território, Edson Aparecido da Silva; da Coordenadora do Curso de Engenharia Ambiental da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Elisângela Maria Rocha; e do representante da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Josivan Cardoso Moreno.

Também estiveram presentes ao evento o presidente da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (Frune); Raimundo Lucena; o presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Pedro Blois; o presidente do Sindiágua, José Reno; além de servidores estaduais da Cagepa.

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Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

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Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

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Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

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Redação do Portal da Capital

Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

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