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Paraíba

TRT conclui instalação de Varas do Trabalho de João Pessoa, Santa Rita e Campina Grande

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Uma equipe de cerca de cinquenta servidores e um prazo de apenas 15 dias para transferir quatro varas do trabalho em distâncias que somam mais de 600 quilômetros, sem contar as idas e vindas necessárias a mudanças tão volumosas. O planejamento incluiu desmontagem do mobiliário e equipamentos de informática nas Varas do Trabalho de origem e montagem nas novas unidades.

A gestão de todo o processo de transferência das Varas do Trabalho trouxe, ainda, a preparação dos novos ambientes e de todos os programas de informática que movem a rede de tecnologia da informação que aloja e tramita processos judiciais e administrativos.

A transferência das quatro unidades teve muitas outras atividades. Tão trabalhosa e intrincada quanto a infraestrutura física, foi a montagem do quebra-cabeças administrativo, na lotação e restruturação do quadro de servidores e movimentação legal dos magistrados. Se o seu fôlego se perdeu em uma logística tão complicada, pode voltar a respirar tranquilamente, pois no prazo determinado, os dias 3 e 4 de junho, o presidente do Tribunal do Trabalho da Paraíba, desembargador Wolney de Macedo Cordeiro instalou as duas Varas em João Pessoa, a 12ª e a 13ª; a 2ª de Santa Rita e a 7ª de Campina Grande. Para a instalação das unidades de João Pessoa, foram fechadas as de Mamaguape e Itabaiana.

“Ouso afirmar que poucos tribunais teriam hoje essa expertise para remover quatro varas em tão pouco tempo. Isso mostra que a Justiça do Trabalho da Paraíba tem a capacidade de vencer desafios e de se reinventar”, disse o presidente do TRT, acrescentando que o Regional demonstrou profunda aptidão em desenvolver com competência um procedimento extremamente complexo.

O desembargador Leonardo Trajano, vice-presidente e corregedor do Tribunal do Trabalho da 13ª Região esteve nas solenidades de João Pessoa e de Campina Grande. As solenidades tiveram as presenças dos juízes Adriano Dantas, auxiliar da Presidência e Paulo Roberto Vieira Rocha, auxiliar da Vice-Presidência e da Corregedoria, além do diretor-geral do TRT, Alexandre Gondim, e vários auxiliares da administração.

Momento difícil

“Somos conscientes de que a medida de transferência das Varas do Trabalho afeta a sociedade e a jurisdição”, disse o presidente, frisando que as medidas foram tomadas com muita tristeza e que representaram momentos difíceis, “mas todo o trabalho foi cercado de extremo cuidado e rigor técnico. A Justiça do Trabalho passa por um período de grandes desafios, que exigem profundas reformulações. As transferências das unidades decorreram de necessidade premente de sobrevivência da instituição diante da escassez de recursos. Ou tomávamos essa decisão ou não chegaríamos funcionando no final do ano de 2020”, garantiu.

Zelo com a população

“Nos conforta saber que vamos continuar a atender bem a todo o estado da Paraíba. O nosso processo eletrônico favorece o acesso à justiça. O prejuízo não será de tão grande monta como se possa imaginar. O trabalhador e o empregador vão pessoalmente às Varas do Trabalho, na maioria das vezes, somente nas audiências. Boa parte dos atos processuais podem ser praticados remotamente, via internet”, disse o presidente do TRT.

Com o processo eletrônico da Justiça do Trabalho, até mesmo o pagamento de valores decorrentes de decisões judiciais é feito diretamente na conta do beneficiário, sem a necessidade de comparecimento à Vara do Trabalho.

Varas de João Pessoa

Na solenidade de instalação da 12ª Vara do Trabalho, que vai funcionar no 5º andar, e da 13ª, instalada no 1º piso, em João Pessoa, o diretor do Fórum Maximiano Figueiredo, juiz Paulo Henrique Tavares, falou da importância de informar que a transferência não vai prejudicar a sociedade. “O TRT vai continuar fazendo a mesma cobertura que fazia antes, houve um redesenho da jurisdição, como tem explicado o presidente do Tribunal. Os juízes Humberto Halison, titular da 12ª vara e Ana Paula Porto, da 13ª, chegam para somar aos colegas que já estão em João Pessoa”, disse.

“Não há em mim e nem na administração do TRT qualquer satisfação pela transferência da Vara do Trabalho de Itabaiana, mas o que nos deixa satisfeitos é que o jurisdicionado daquela região vai continuar sendo bem atendido”, disse o juiz Humberto Halison de Carvalho e Silva na solenidade de instalação.

A juíza Ana Paula Azevedo Sá Campos Porto disse que ao assumir a titularidade da 13ª Vara de João Pessoa está disposta a continuar um trabalho de prestação jurisdicional célere aos jurisdicionados e afirmou que, “com certeza, o Tribunal tomou as decisões acertadas”. As unidades terão como diretores de secretaria, respectivamente, os servidores Francisco de Assis Queiroz e Ozanete Gondim Guedes Pereira.

Santa Rita

A instalação da 2ª Vara do Trabalho no Fórum José Carlos Arcoverde Nóbrega, em Santa Rita, aconteceu nesta terça-feira (4). O desembargador Wolney de Macedo Cordeiro descerrou a placa junto aos juízes Antônio Eudes Vieira Júnior, diretor do Fórum José Carlos Arcoverde Nóbrega e de João Agra Tavares de Sales, titular da nova unidade.

O presidente lembrou que foi o juiz instalador da então Junta de Conciliação e Julgamento de Picuí. “Hoje, numa ação dolorosa destituí a vara de Picuí, uma decisão, porém, imprescindível”. Afirmou que a região não ficará desguarnecida, já que além das vantagens da informatização, Picuí terá um Posto de Atendimento, já com uma pauta marcada para o próximo dia 19.

O juiz Antônio Eudes falou que aquele era um momento significativo, de reencontro com o juiz João Agra. Eles foram colegas de colégio, de faculdade e iniciaram juntos a carreira na magistratura trabalhista. “Melhor companhia eu não poderia ter”, disse.

Já o juiz João Agra disse que será uma honra estar à frente da 2ª Vara do Trabalho de Santa Rita. “Seguiremos cumprindo a nossa missão e nos adequando aos novos tempos”, observou. A 2ª Vara do trabalho de Santa Rita terá como diretor de secretaria, o servidor Romero Dantas Maia.

Campina Grande

Na terça-feira à tarde o desembargador Wolney de Macedo Cordeiro instalou a 7ª Vara do Trabalho de Campina Grande, que terá como titular o juiz Cláudio Pedrosa Nunes e como diretor de Secretaria, o servidor Francisco José Rocha Pereira. A Vara do Trabalho foi transferida de Cajazeiras.

A juíza diretora do Fórum, Maria Íris Diógenes Bezerra deu as boas vindas aos juízes e servidores da nova unidade. “O nosso tribunal tomou uma decisão corajosa e ousada em relação a transferência das Varas do Trabalho. Observando as diretrizes traçadas pelos nossos dirigentes, no tocante a contenção de despesas e uma melhor prestação jurisdicional ao público da Paraíba, trouxe para Campina Grande mais uma unidade judiciária. É necessário frisar que os jurisdicionados atendidos pela unidade de Cajazeiras terão, agora, o pronto atendimento em Sousa”. A juíza Nayara Queiroz Mota de Sousa representou a Amatra 13 na instalação da 7ª VT de Campina Grande.

Reconhecimento

Em todas as solenidades o presidente do TRT, desembargador Wolney Cordeiro citou os responsáveis pelas equipes que trabalharam no processo de transferência. Enalteceu o trabalho realizado pelo juiz Adriano Dantas, auxiliar da Presidência, que coordenou todas as ações, bem como os juízes diretores dos Fóruns que receberam as unidades.

Destacou o apoio que recebeu de todos os desembargadores do TRT13, do desembargador vice-presidente e corregedor, Leonardo Trajano e do juiz auxiliar da Corregedoria, Paulo Roberto Vieira Rocha. Citou os gestores Alexandre Gondim, diretor-geral; Iselma Rodrigues, secretária-geral da Presidência; Rossana Lourenço Gomes Marinho, chefe de gabinete da Presidência; Francisco Hirllen, diretor administrativo; Rodrigo Cartaxo, secretário de tecnologia da informação; Lúcio Flávio Nunes, da gestão de pessoas; Walter Azevedo, coordenador de documentação e arquivo; Jefferson Pereira coordenador de segurança institucional; Emerson Maul, coordenador de engenharia e arquitetura e José Vieira Neto, assessor de comunicação social.

Durante todo o processo de transferência das varas, o TRT investiu na informação ao cidadão, apresentando os locais de funcionamento das novas unidades e informando a população para onde foi o processo já em tramitação nas varas transferidas. A campanha foi feita nos meios de comunicação e redes sociais do Regional.

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Reviravolta: Toffoli desfaz própria suspeição e novo julgamento pode levar Márcio Roberto à ALPB

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O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou um novo julgamento para decidir o destino de Márcio Roberto que tenta autorização judicial para tomar posse como deputado estadual pela Paraíba no lugar de Bosco Carneiro (Republicanos).

O julgamento, que foi iniciado nesta sexta-feira (29/11), segue até o próximo dia 06 de dezembro, tem a 2ª Turma como órgão julgador e o ministro André Mendonça como relator e registrou uma surpresa por parte do ministro Dias Toffoli que desfez a própria suspeição para poder participar da votação virtual, como mostra o trecho do documento, logo a seguir:

Em virtude de fato superveniente, não remanesce a razão que ensejou a minha declaração de suspeição no presente feito, pelo que afasto a suspeição anteriormente apontada, declarando-me habilitado a votar no processo.

Publique-se.
Brasília, 28 de novembro de 2024.

Ministro DIAS TOFFOLI“.

O caso

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda em dezembro de 2022, formou maioria pela cassação do mandato do então deputado estadual eleito Márcio Roberto (Republicanos) cuja eleição se deu por quociente partidário. No dito pleito, ele recebeu 40.909 votos. Após tomar conhecimento da decisão do TSE, o político “pagou para ver” e, mesmo tendo a candidatura impugnada por desaprovação de contas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), insistiu na candidatura e pela continuidade da campanha eleitoral.

Leia também: TSE decide pela cassação do deputado estadual eleito Márcio Roberto

No ano seguinte à cassação, em 2023, o TSE decidiu, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do ministro relator, Benedito Gonçalves, acerca da inelegibilidade de Roberto.

Leia também: Unanimidade: TSE rejeita ‘Embargos de Declaração’ sobre inelegibilidade de Márcio Roberto

Já no mês de junho de 2023, a Justiça Eleitoral publicou uma Decisão confirmando rejeição ao recurso apresentado por Márcio Roberto que pleiteava reverter a sua condição de inelegível nas Eleições 2022.

Leia mais: Improbidade: Justiça Eleitoral nega recurso e mantém inelegibilidade de Márcio Roberto

Márcio Roberto porém, não desistiu e seguiu tentando encontrar brechas para reverter a situação. Até que no início do mês de julho de 2024, a 1ª Seção Especializada Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba julgou procedente a ação Rescisória proposta pelo paraibano, objetivando a desconstituição da sentença registrada nos autos da Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa nº 0000080-78.2002.8.15.0881, movida pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Leia mais: Márcio Roberto consegue reverter condenação e recupera direitos políticos que havia perdido

Agora, o STF inicia o julgamento virtual com o voto favorável do ministro relator para revisão da decisão anterior e o reconhecimento da validade do registro de candidatura do recorrente Márcio Roberto.

[…] diante do reconhecimento do direito do recorrente, do perigo de dano irreparável e do pedido de tutela provisória incidental realizado (e-doc. 57), entendo seja o caso de oficiar ao Superior Tribunal Eleitoral e ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado da Paraíba, com o fim de que reconheçam a validade do registro da candidatura do recorrente.

22. Ante o exposto, acolho os embargos de declaração com efeitos infringentes, para reformar o acórdão embargado, a fim de dar provimento ao recurso extraordinário com agravo, em reconhecimento da validade do registro da candidatura do recorrente no aludido pleito eleitoral.

23. À Secretaria Judiciária para oficiar ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado da Paraíba, independentemente da publicação do acórdão“, diz o ministro André Mendonça em seu voto.

Clique aqui e confira a íntegra do desfazimento da suspeição do ministro Dias Toffoli.

Clique aqui e confira a íntegra do voto do ministro relator André Mendonça.

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Caged: Campina Grande chega ao 9º mês consecutivo de saldo positivo na geração de empregos

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O ano de 2024 tem sido de constantes resultados positivos na geração de empregos em Campina Grande. Segundo a atualização mais recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referente a outubro, a Rainha da Borborema teve 290 novos postos de trabalho gerados, resultado de 3.542 admissões ante 3.252 desligamentos.

No ano, já são 4.495 novos empregos gerados em Campina, que tem, atualmente (dados até o mês de outubro), um total de 107.695 postos de trabalho formais. Quando registramos os números de janeiro de 2021 até outubro de 2024, o Município chega a marca de 16.732 novos empregos gerados.

Nesta nova atualização (outubro de 2024), a alta foi puxada pelo setor de comércio, que teve 920 contratações ante 807 desligamentos, totalizando uma alta de 113 novos empregados. Em seguida está o setor de serviços, tendo 1.836 contratações e 1.737 desligamentos, com saldo positivo de 99 novos postos de trabalho.

A secretária Tâmela Fama, de Desenvolvimento Econômico do Município, comemorou mais um resultado de crescimento para a cidade. ’Seguimos no caminho certo. Há muita rotatividade em alguns setores, mas seguimos trabalhando em prol do nosso crescimento. Como sempre digo, é um trabalho muito forte de captação de novas empresas. Porém, além disso, temos nos aproximado cada vez mais do empresário local, colaborando, dialogando, todos com o mesmo pensamento: o melhor para Campina’, destacou.

Potencial Empreendedor

Além dos seguidos resultados positivos do Caged, há de se destacar o potencial empreendedor de Campina Grande. Em outubro, segundo o Painel de Empresas da plataforma gov.br, foram 513 novos negócios (MEIs) formalizados. Em 2024 esse número já é de 5.182. De janeiro de 2021 a outubro deste ano, o total é de 21.967 microempresas abertas na cidade.

Confira imagem:

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Paraíba

Modelo de reeducação em unidades prisionais femininas na Paraíba vira referência internacional

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Redação do Portal da Capital

As boas práticas de reeducação nas unidades prisionais femininas levaram a Paraíba a ser um dos três entes brasileiros,  de um total de 54, a participar, em San José,  capital da Costa Rica, de um encontro regional com países da América Latina e Caribe para debater os avanços das Regras de Bangkok, que estabelecem as diretrizes para o tratamento de mulheres privadas de liberdade e medidas alternativas à prisão. O Projeto Castelo de Bonecas, um dos mais bem-sucedidos na humanização e na reinserção social exemplifica bem essas boas práticas adotadas na gestão penitenciária da Paraíba.

O Sistema Penitenciário paraibano tem se destacado pelos projetos de ressocialização, como o “Castelo de Bonecas”, que tem beneficiado reeducandas em todo o Estado, oferecendo qualificação profissional, iniciativa que tem ajudado a diminuir significativamente o índice de reincidência, beneficiando a sociedade como um todo. Durante o encontro na Costa Rica, a Paraíba foi representada pela diretora da Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão, Cinthya Almeida. O evento começou na segunda (25) e foi realizado até essa quarta-feira (27).

Cinthya Almeida ressaltou a importância da participação da Paraíba nas discussões fomentadas pelo Instituto Latino-americano das Nações Unidas para Prevenção de Crimes e Tratamento de Infrator e pelo Instituto Tailandês de Justiça, entre outros agentes. “A Paraíba, seguindo a orientação do governador João Azevêdo, tem expertise no que preconizam as Regras de Bangkok, haja vista os projetos de ressocialização, como o Castelo de Bonecas, referência na humanização das unidades prisionais do nosso estado. É um evento que vem ao encontro daquilo que esta gestão acredita: a promoção da dignidade das nossas reeducandas”, disse.

Ao todo, foram 54 participantes da América Latina e Caribe, sendo três do Brasil, entre os quais está a diretora da Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão. Entre os itens preconizados pelas Regras de Bangkok, o tratamento que leve em conta cuidados de saúde mental, acompanhamento psicológico e apoio emocional a mulheres infratoras.

Estabelecidas por Resolução em 2010, as Regras de Bangkok são diretrizes estabelecidas pelas Nações Unidas que buscam garantir que as mulheres em conflito com a lei sejam tratadas de forma justa e digna, levando em consideração suas necessidades específicas.

“Participar de um evento como esse que trata sobre aplicação de regras mínimas para mulheres privadas de liberdade é motivo de muita felicidade, além de mostrar as boas praticadas no nosso estado, o quanto temos avançado no sentido de cumprir essas regras”, avaliou Cinthya Almeida.

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