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Paraíba

Assentamento no Litoral Sul da Paraíba vai ganhar Unidade Básica de Saúde

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As 150 famílias de agricultores do Assentamento Apasa, no município de Pitimbu, na Região Metropolitana de João Pessoa e Litoral Sul da Paraíba, não vão mais precisar sair da área de reforma agrária para receber atenção primária em saúde. A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na Paraíba (Incra/PB) está formalizando a doação de um terreno de 1,5 mil metros quadrados na área comunitária do assentamento para a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) pela Prefeitura de Pitimbu.
O investimento na construção do equipamento, que é a principal porta de entrada da Rede de Atenção à Saúde do Governo Federal, e contará com equipe de Saúde da Família, é da ordem de aproximadamente R$ 500 mil – valor assegurado através de emenda feita ao Orçamento Geral da União.
Na quarta-feira (8), o superintendente do Incra/PB, Rinaldo Maranhão, recebeu a visita do prefeito de Pitimbu, Leonardo Barbalho, e de dois agricultores representantes do Assentamento Apasa, Jerônimo Odilon da Silva, que é ex-presidente da associação dos agricultores do assentamento e ex-secretário de agricultura de Pitimbu, e Severino Ramos de Araújo.
“A aproximação do Incra com os municípios paraibanos vem facilitando a chegada das políticas públicas do Governo Federal às famílias assentadas no nosso estado”, afirmou Rinaldo Maranhão durante a reunião.
Para o prefeito de Pitimbu, o município, que, segundo a Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido da Paraíba, destaca-se como um dos maiores produtores de alimentos da Paraíba, deve essa posição ao trabalho dos agricultores familiares e assentados da reforma agrária.
“A nossa parceria com o Incra está proporcionando a melhoria da qualidade de vida das famílias que vivem e produzem nos assentamentos. Tudo isto se reflete no aumento da renda na zona rural e na quantidade e qualidade dos alimentos que chegam à sede do município”, disse Leonardo Barbalho. “Quarenta por cento dos alimentos consumidos na merenda das escolas do nosso município são adquiridos junto aos agricultores familiares por meio do Pnae [Programa Nacional de Alimentação Escolar]”.
O agricultor Jerônimo Odilon da Silva destacou a qualidade de vida das famílias do assentamento, que, segundo ele, aumenta a cada dia. “Nós temos uma boa qualidade de vida. Temos alimentação sadia e agora teremos um posto de saúde. Nossa vida só tem melhorado. E a parceria com a Prefeitura contribui muito pra isso”, afirmou o assentado.

 

Processo de doação da área
O Incra/PB constituiu uma comissão de servidores para formalizar, instruir e acompanhar os procedimentos administrativos para a implementação da UBS na área comunitária do Assentamento Apasa, onde já existe uma escola municipal.
O processo de doação de parte da área comunitária do Assentamento Apasa para a construção da UBS segue as disposições da Norma de Execução Incra/NE 33, de 14 de julho de 2003, que trata dos procedimentos administrativos para a doação, cessão e concessão de uso de terras públicas da União ou do Incra.
Em dezembro de 2018, o prefeito de Pitimbu sancionou, após aprovação da Câmara Municipal, a Lei Nº 485/2018, que autorizou o município a receber do Incra, por doação, o terreno localizado ao lado da casa sede do Assentamento Apasa para a construção da UBS. A lei municipal dispõe ainda que o Poder Executivo Municipal fica autorizado a tratar de todos os assuntos inerentes junto aos órgãos públicos Federais e ainda que custeará as despesas de escrituração referentes à área doada.

Praças com academia da saúde

O Apasa e outros dois assentamentos localizados em Pitimbu, Camucim (com 41 famílias) e Nova Vida (com 133 famílias), serão beneficiados ainda pela Prefeitura do município com a construção de uma praça com “Academia da Saúde” – equipamentos para o desenvolvimento de atividades físicas.
Os projetos das praças, que também serão construídas na área comunitária de cada assentamento, já estão sendo elaborados pelos técnicos municipais. As obras devem ser realizadas até o final do ano.

Assentamento Apasa

O Assentamento Apasa, uma das principais áreas produtoras de alimentos orgânicos do litoral sul da Paraíba, principalmente hortaliças, tem aproximadamente 1.130 hectares e foi criado em julho de 1995. Desde 2008, quase todas as 150 famílias do assentamento já possuem os Títulos de Domínio, ou seja, o instrumento que transfere o imóvel rural ao beneficiário da reforma agrária em caráter definitivo. É garantido pelas leis 8.629/93 e 13.465/17, quando verificado que foram cumpridas as cláusulas do contrato de concessão de uso e que o assentado tem condições de cultivar a terra e de pagar o título de domínio em 20 parcelas anuais.
Além da garantia da propriedade da terra para os trabalhadores rurais assentados, a titulação efetuada pelo Incra contém dispositivos norteadores dos direitos e deveres dos participantes do processo de reforma agrária, especialmente do poder público – representado pelo Incra – e dos beneficiários, caracterizado pelos assentados.
O volume de produção das famílias se destaca no estado e abastece as centrais de abastecimento da Paraíba e de Pernambuco, feiras livres da região e de municípios pernambucanos próximos, além de feiras agroecológicas em João Pessoa.
O “carro-chefe” da produção do Assentamento Apasa é o inhame, mas as famílias também produzem nas terras férteis da área de reforma agrária, batata-doce, abóbora, hortaliças e uma grande variedade de frutas, como acerola, graviola, banana, mamão, limão, côco, melancia, sapota (variedade de sapoti), manga e jaca.

 

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Plano emergencial para regulamentação do turismo ecológico na PB é apresentado em evento do MPF

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Redação do Portal da Capital

O Ministério Público Federal (MPF) realizou Audiência Pública para discutir práticas de turismo sustentável nos recifes costeiros de João Pessoa (PB). O debate teve como foco principal a preservação ambiental dos recifes e a regulamentação das atividades de turismo ecológico na região, que registra um crescente fluxo de visitantes. Ao final do evento um plano emergencial foi apresentado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) com prazo limite de execução até janeiro de 2025.

O evento, realizado no último dia 21 de novembro, no auditório da unidade do MPF em João Pessoa, e presidido pelo procurador da República Renan Paes Félix, reuniu representantes de instituições públicas, pesquisadores, operadores turísticos, ativistas ambientais e a sociedade civil. Durante a abertura, Renan Felix destacou a necessidade de dados científicos, como o mapeamento de corais e estudos sobre biodiversidade marinha, para nortear políticas que garantam um turismo sustentável e não predatório.

Já a professora Cristiane Sassi, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), apresentou os resultados de um projeto acadêmico que coletou dados a respeito dos recifes costeiros de João Pessoa, e tratou ainda sobre a importância de práticas sustentáveis no turismo ecológico. Em sua exposição, destacou os riscos do turismo predatório para a biodiversidade marinha, especialmente nos recifes de corais, e a necessidade urgente de estabelecer regramentos para a visitação turísticas no local, bem como realizar estudos de capacidade de carga das áreas visitadas. A professora também ressaltou a relevância da educação ambiental, tanto para operadores turísticos quanto para visitantes, como ferramenta indispensável para preservar os ecossistemas costeiros e garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Durante os debates, foram abordados diversos temas com foco na conservação dos recifes e da biodiversidade, a partir da prática do turismo sustentável e da fiscalização ambiental. Dessa forma, o primeiro ponto debatido tratou da necessidade de realização de um estudo para determinar o limite máximo de visitantes e de embarcações por dia nos recifes. O objetivo é evitar impactos como o pisoteio de corais e a superlotação.

Ainda com foco no turismo sustentável, outro ponto abordado foi a necessidade de educar visitantes e operadores sobre práticas seguras e de preservação, como evitar alimentar a fauna (animais), não deixar resíduos e respeitar as áreas protegidas. Além disso, os participantes apontaram a necessidade de uniformidade na orientação turística com o treinamento dos operadores para garantir que informações claras e padronizadas sejam transmitidas aos visitantes.

Por fim, os participantes apontaram a necessidade de maior fiscalização e regulamentação, além do reforço de agências ambientais como a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para garantir o cumprimento das leis.

Plano emergencial – Representantes da Sudema apresentaram um plano de ação emergencial com foco na regulamentação provisória do turismo nos recifes costeiros de João Pessoa, previsto para entrar em vigor já no verão de 2024/2025. Entre as medidas destacadas estão a delimitação de áreas específicas para atracação e desembarque de embarcações, a instalação de sinalizações informativas em pontos estratégicos e a realização de treinamentos para operadores turísticos, com o objetivo de padronizar as orientações sobre práticas sustentáveis. O plano também inclui a distribuição de bandeiras de identificação para embarcações licenciadas e a criação de mecanismos de monitoramento contínuo para preservar os ecossistemas marinhos.

Encaminhamentos – Ao final da audiência, foram definidas ações concretas para garantir a sustentabilidade do turismo na região:

  • Plano de ação emergencial: finalização e publicação do plano pela Sudema até janeiro de 2025
  • Sinalização e controle: implementação de sinalizações em áreas estratégicas e distribuição de bandeiras de identificação para embarcações licenciadas.
  • Educação e fiscalização: treinamentos contínuos para operadores turísticos e intensificação da fiscalização por órgãos ambientais.
  • Monitoramento e pesquisa: continuidade das pesquisas sobre recifes pela UFPB.
  • Fórum permanente: criação de um espaço de diálogo contínuo entre instituições, operadores e sociedade civil.

O procurador Renan Félix encerrou a audiência pública destacando a importância do debate para a construção de soluções coletivas voltadas ao turismo sustentável na região dos recifes costeiros de João Pessoa. Ele enfatizou o compromisso do Ministério Público Federal em acompanhar de perto a implementação das medidas discutidas, incluindo o plano de ação emergencial da Sudema, e reforçou a necessidade de continuidade no diálogo entre os diversos atores envolvidos. Além disso, o representante do MPF agradeceu a participação ativa de todos os presentes e manifestou sua disposição para promover novos encontros com o objetivo de assegurar o equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento turístico na região.

A audiência contou com ampla participação de representantes diretamente envolvidos com a temática do turismo ecológico. Entre os presentes estavam operadores de catamarãs, ativistas ambientais, membros de colônias de pescadores, pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba. Além de representantes da Superintendência do Patrimônio da União, da Capitania dos Portos, do Projeto Preamar de pastas municipais e estaduais, como a Sudema e as secretarias de Turismo e Meio Ambiente de João Pessoa e Cabedelo.

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Vereadores de João Pessoa terão R$ 1,5 milhão em Emendas Impositivas para o exercício de 2025

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O relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2025, vereador Marmuthe Cavalcanti (Republicanos), que também é presidente da Comissão de Finanças, Orçamento, Obras e Administração Pública (CFO), confirmou que os parlamentares da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) terão a quantia de R$ 1,5 milhão de Emendas Impositivas para o próximo ano.

De acordo com a Resolução nº 02/2024, a Audiência Pública que vai debater a LOA para exercício financeiro de 2025 será realizada no dia 5 de dezembro (quinta-feira), às 10h30, no plenário da CMJP. Os secretários municipais, entidades representativas da sociedade e cidadãos pessoenses foram convidados a participar do debate.

A Resolução 2/2024, apresentada pela CFO, define o seguinte calendário para apreciação da LOA 2025:

5 de dezembro – realização da audiência pública de discussão do orçamento;

16 de dezembro – entrega das emendas parlamentares e as modificações do prefeito;

17 de dezembro – entrega do parecer do relator;

18 de dezembro – apreciação dentro da CFO;

19 de dezembro –  votação da peça orçamentária em plenário.

 

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Hospital Universitário Lauro Wanderley investe mais de R$ 620 mil em nova aquisição de equipamentos

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O Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB), vinculado à Ebserh, recebeu novos equipamentos médico-hospitalares e aparelhos de tecnologia da informação. A entrega aconteceu na segunda-feira (25/11) e contou com a participação de funcionários e gestores em uma solenidade no Auditório Lindbergh Farias.

Para as aquisições, foram investidos mais de R$ 620 mil oriundos de recursos próprios da Ebserh. Entre os benefícios estão melhoria no atendimento aos pacientes, agilidade e eficiência nos processos internos e atualização tecnológica para suporte às atividades assistenciais e administrativas.

Os aparelhos médico-hospitalares são duas incubadoras neonatais, a serem instaladas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo), um ultrassom portátil (destinado à Unidade de Terapia Intensiva Adulto), um banho maria, que será utilizada na Agência Transfusional, três aspiradores cirúrgicos, destinados ao Centro Cirúrgico e um CPAP, que irá para o setor que realiza exames de polissonografia. Na lista de itens entregues nesta segunda, estão ainda 22 roteadores, 10 televisores smart de 55 polegadas, 11 tablets, uma mesa controladora de câmeras e 60 computadores,

O superintendente do HULW-UFPB, Eymard Medeiros, ressaltou a importância de mais estas aquisições para a ampliar a assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde, e melhorar o ensino e a pesquisa no âmbito do hospital-escola da Universidade Federal da Paraíba. “Estamos realizando a entrega de mais uma remessa de equipamentos, cujo valor é de mais de R$ 600 mil, e que vão garantir melhor assistência, ensino e pesquisa aqui no Hospital Universitário Lauro Wanderley. Isso significa ofertar uma melhor formação e um melhor atendimento dos pacientes”, disse.

Eymard destacou que, nos últimos quatro anos, a força de trabalho do HULW ganhou reforço com a contratação de mais profissionais especializados e enfatizou a nova contratualização com o gestor municipal, cujo valor supera R$ 36 milhões (50% a mais do que o contrato anterior). “Hoje temos um HU que está preparado tanto física quanto administrativa e funcionalmente para as demandas e oportunidades que vão surgir nos anos vindouros”, afirmou Eymard.

Sobre a Ebserh

O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB) faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Confira imagens:

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