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A reforma da Previdência do governo de Bolsonaro

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O governo de Bolsonaro apresentou a sua proposta para a reforma do sistema de Previdência. Será um passo em frente no progresso do país, ou uma regressão movida por ideologias e demagogia?

Numa primeira analise, podemos ver alguns pontos positivos. Primeiro, temos as alíquotas progressistas, isto é, quem mais ganha, mais terá de pagar. Em segundo temos a fixação da idade mínima requerida para a aposentação nos 65 anos, para os homens, e de 62 anos, para as mulheres.

Isto vai permitir a aposentação mais precoce das mulheres e procurar garantir a sustentabilidade das aposentações futuras. As futuras gerações, os nossos filhos e netos, terão de se sacrificar um pouco, e trabalhar mais tempo, seja pelo regime do Instituto Nacional do Seguro Social ou do serviço publico. Desta forma asseguração as aposentações futuras. De um ponto de vista civilizacional, e da sanidade das contas dos regimes de aposentações, estas medidas são muito bem vindas.

Por outro lado, nem tudo são aspetos positivos na Proposta de Emenda Constitucional em causa. Aspetos negativos há, nomeadamente a introdução de um regime em que o trabalhador poupa numa conta individual, para a sua aposentação, ou invés do modelo vigente, em que todos os trabalhadores contribuem para um orçamento único que por sua vez paga todas as aposentadorias. Esta alteração poderá por um lado ajudar na sanação das contas, uma vez que cada trabalhador contribuirá para a sua aposentaria, contudo, poderá também criar desequilíbrios com os ciclos económicos a alternarem. Isto é, em períodos de recessão, a atividade económica será menor, e os descontos menores, que poderão não cobrir as despesas com as aposentações vigentes.

Contudo, não há detalhes ainda sobre este sistema, dando.se um cheque em branco para a lei complementar. Deverá ser detalhada com cuidado, pois tem os seus riscos. Por exemplo, no Chile, onde este sistema foi adotado, uma geração inteira de idosos foi condenada a uma vida de miséria em resultado do sistema.

Alem deste ponto negativo, temos também as propostas de alteração nas atuais regras do Benefício de Prestação Continuada e da aposentaria rural. Aqui, o governo demonstra falta de sentido económico e social, em propor a possibilidade de pagar menos de um salário mínimo nacional. Tal medida trará consequências económicas e sociais graves.

Num ponto mais neutro, temos a alteração do tempo mínimo de contribuição para poder pedir a aposentaria de 15 para 20 anos. Se por um lado, há dificuldade em manter um trabalho continuo ao longo dos anos, e de completar estes anos pedidos, bem como a comprovação dos mesmo, a verdade é que, com o aumentar da esperança média de vida, espera-se que os cidadãos possam contribuir mais para o sistema da aposentaria. Este ponto deverá ser bem trabalhado para evitar os efeitos negativos que dele possam vir.

Portanto a proposta do governo tem um misto de reações. Em algumas situações demonstra sentido de estaco, consciência social e económica, e por outras, deixa aberta a possibilidade da degradação da qualidade de vida na idade da aposentação com as suas sérias consequências.

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“Se tentou ajudar atrapalhou”, diz bolsonarista sobre possível ‘enterro da anistia’ após ataques

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Redação do Portal da Capital

Deputados bolsonaristas afirmaram em grupos de WhatsApp que as explosões na praça dos Três Poderes, na noite desta quarta-feira (13/11), devem prejudicar a tramitação do Projeto de Lei que dá anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro na Câmara dos Deputados.

A Folha teve acesso a mensagens que foram enviadas em dois grupos com deputados da oposição.

Em um deles, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) enviou imagem do suspeito da explosão, que seria um ex-candidato a vereador pelo PL. “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp”, escreveu.

O deputado Capitão Alden (PL-BA) respondeu dizendo que “lá se foi qualquer possibilidade de aprovar a anistia”. “Adeus redes sociais e esperem os próximos 2 anos de perseguição ferrenha! Com certeza o inquérito das fake news será prorrogado ad eternum”, disse.

Em outro, o deputado Eli Borges (PL-TO) escreveu “se tentou ajudar atrapalhou”. “Agora o Xandão [apelido para Alexandre de Moraes] vai dizer: ‘é a prova que o 8 de janeiro era necessário’”.

O projeto de lei da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro é considerado uma pauta cara aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista ao portal Metrópoles, Bolsonaro se referiu ao homem responsável pelas explosões em Brasília como “maluco” e disse que não tinha “a menor ideia” de quem era ele. “Talvez tenha deixado algo escrito ou gravado”, afirmou.

O homem foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, 59, é chaveiro e foi candidato a vereador pelo PL em 2020 com o nome de urna Tiü França, em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso.

No fim de outubro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retirou a proposta sobre a anistia pelo 8/1 da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa e anunciou a criação de uma comissão especial para analisar o texto –ela ainda não foi oficializada.

O próprio ex-presidente, em entrevista à Folha, citou a anistia para o 8 de janeiro.

“Anistia para o 8 de janeiro. A minha [anistia] tem um prazo certo para tomar certas decisões. Acredito que o Trump gostaria que eu fosse elegível. Ele que vai ter que dizer isso aí, mesmo que tivesse conversado com ele, não falaria. [Mas] tenho certeza de que ele gostaria que eu viesse [a ser] candidato”, disse.

Clique aqui e veja matéria completa na Folha com fotos e links.

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“Sou a favor da escala de trabalho 5×2”, afirma Ruy ao assinar PEC contra fim da escala 6×1

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal, Ruy Carneiro (PSC/Podemos), utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (13/11) para defender a redução da escala de trabalho dos brasileiros. Ao justificar a assinatura a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) contra a escala 6×1, o parlamentar defendeu que seja adotado um regime de 5×2.

“Sou a favor da escala de trabalho 5×2. O debate sobre o atual formato da jornada de trabalho no Brasil precisa acontecer com serenidade no Congresso. A modernização da jornada precisa garantir benefícios aos trabalhadores e promover o crescimento econômico do país. O tema não pode ser reduzido apenas à questão da carga horária. É preciso falar sobre saúde física, mental, produtividade, entre outros aspectos”, destacou.

A PEC que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 36 horas semanais recebeu nesta quarta-feira (13/11) o número necessário de assinaturas para ser protocolada na Câmara dos Deputados.

Para se tornar uma matéria em tramitação na Câmara, a proposta precisava de, no mínimo, 171 assinaturas de apoio, parcela do total de 513 deputados.

O protocolo da proposta é apenas o início da discussão, que precisará passar por comissões especiais na Câmara e no Senado até a aprovação.

Confira:

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Ao tornar-se candidato único, Motta terá o “tempo” como principal adversário, dizem aliados

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Redação do Portal da Capital

Os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) desistiram de concorrer à Presidência da Câmara dos Deputados na quarta-feira (13/11) para apoiar a candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar já conta com apoio de partidos que representam 96% dos votos da Casa.

O único problema para Motta, segundo aliados, é o tempo até a eleição, que ocorrerá apenas em 3 de fevereiro e ele figurará sob os holofotes por todo esse período. Não há, hoje, outros adversários na disputa e apenas o partido Novo e o Psol pretendem lançar candidatos próprios para marcar posição política.

Brito fez um curto ato, ao lado do presidente do partido, Gilberto Kassab, e da bancada do PSD, para anunciar que desistia da disputa. “Proporcionalidade dos cargos será mantida. Não pedimos nada a mais do que a bancada teria na Casa pela proporcionalidade. E a gente avançará agora pelo bem da Câmara e do bem do país”, disse o baiano.

O anúncio, antecipado pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor ocorreu após ele e Kassab se encontrarem com Motta e Lira fora da Câmara. Em troca do apoio, o PSD terá a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) de 2026 e uma vaga na Mesa Diretora. Já a relatoria do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 está reservada para o MDB da Câmara. (Clique aqui e confira a íntegra da matéria no Valor Econômico)

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