Chocolates e almoço em família formam uma receita desastre para escapar da dieta. Para perder os quilinhos a mais conquistados pelo excesso de guloseimas, a prática de atividade física, é a melhor alternativa para garantir o bom cuidado com a saúde. Mas, a médica Claudia Cristina Camisao chama a atenção para cuidados com a saúde para que a prática de atividade física não se torne um inimigo.
Pessoas ativas, aparentemente com boa saúde, são as principais vítimas de morte súbita, causada por arritmia cardíaca. São mais de 320 mil mortes todo ano no país, ou seja, um óbito a cada dois minutos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), morte súbida é líder em óbitos no Brasil. O número supera quantidade de óbitos decorrentes de acidentes automobilísticos e homicídios.
A maior parte das vítimas de arritmia são pessoas entre 45 e 75 anos, mas a doença pode ocorrer em recém-nascidos e na população jovem. “A OMS estima extraoficialmente de que dois a três mil jovens sejam vítimas de morte súbitas. A prática de exercícios de alta intensidade, sem acompanhamento médico e liberação de cardiologista, é o principal vilão”, destaca Claudia.
Histórico familiar de morte súbita antes dos 50 anos é um fator de alerta para a realização de exames regulares, os chamados checkups. A prevenção é essencial e o acompanhamento médico tem um papel essencial.
“Eletrocardiogramas e ecocardiogramas são importantes aliados na prevenção. Pessoas com anomalias identificadas devem ser orientadas a atividades mais tranquilas e de baixo impacto”, ressalta Claudia, que é sócia da Dimpi Gestão em Saúde.
A maioria dos casos acontece fora do ambiente hospital, sendo cerca de 14% em locais públicos, o que faz com o que os primeiros socorros ao sejam decisivos para reverter a situação. A cada minuto que se passa sem socorro, a chance da vítima se recuperar diminui até 10%.
“O acompanhamento médico é fundamental para garantir o descobrimento de doenças que podem levar a morte súbita. E os primeiros socorros podem salvar vidas em casos que aconteçam em lugares sem a devida estrutura para atendimento. Saber agir com agilidade é decisivo”, alerta.