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Paraíba discute implantação do programa “Justiça Presente”, do Conselho Nacional de Justiça

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Uma equipe do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está na Paraíba apresentando o programa “Justiça Presente”. O objetivo é fortalecer uma política pública de Estado para enfrentamento dos problemas do sistema penitenciário em cada estado da Federação. O programa é fruto de acordo de cooperação técnica firmado entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Nesta terça-feira (2), o secretário Sérgio Fonseca, da Administração Penitenciária, participou de duas reuniões, oportunidade em que também destacou os investimentos e ações no sistema prisional paraibano.

A meta é implementar melhorias na atividade jurisdicional. Na Paraíba, a força tarefa envolve o Tribunal de Justiça, a Secretaria da Administração Penitenciária, Secretaria da Administração, Secretaria da Segurança e Defesa Social, o Ministério Público Estadual, a Defensoria Pública do Estado, a OAB, o Conselho Penitenciário do Estado, dentre outras instituições. No encontro realizado no Tribunal de Justiça da Paraíba, juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Márcio da Silva Alexandre, expôs os quatro eixos do programa “Justiça Presente”: políticas de cidadania, centrais de custódias, tecnologia de informação, e cuidar ainda do sistema sócio-educativo.

O representante do CNJ destacou que “esse programa visa a melhoria da execução penal no país inteiro, que vive em crise permanente com uma superpopulação carcerária e a ideia do ministro Dias Toffoli é distribuir a quantidade de pessoas reclusas, não simplesmente desencarcerar, mas encarcerar de forma qualificada”.

O secretário da Administração Penitenciária da Paraíba, Sérgio Fonseca, adiantou que há algum tempo o Governo do Estado já vem trabalhando com a meta de melhorar as questões no sistema penitenciário. “A gente já vem traçando algumas metas como o cadastro biométrico dos apenados e com o apoio de outras instituições como o Tribunal Regional Eleitoral, bem como tratativas com o procurador regional dos Direitos do Cidadão, José Godoy, de capacitação dentro do sistema penitenciário, a justiça restaurativa. Enfim, o programa Justiça Presente nós temos a certeza que vai melhorar ainda mais a prestação de serviço no sistema prisional em nosso estado”, ressaltou. O secretário executivo da Seap, João Paulo Barros, também participou da reunião. E a Assembleia Legislativa foi representada pelo deputado João Bosco Carneiro Júnior.

Investimentos – Durante a reunião, com a participação de 20 representantes de instituições, Sérgio Fonseca destacou alguns investimentos em andamento no sistema penitenciário da Paraíba. Cerca de R$ 62 milhões estão disponibilizados pelo Departamento Penitenciário Nacional. “Desse valor, R$ 35 milhões serão aplicados na construção do Complexo Prisional de Gurinhém. Serão dois presídios totalizando 748 vagas. Cerca de R$ 12 milhões serão investidos em reformas de unidades prisionais. Também compramos coletes e armamentos para os agentes de segurança penitenciária. 1.400 pistolas, 1.480 coletes de proteção individual, veículos modernos já utilizados para o transporte de presos. Adquirimos também unidades de body scan, equipamento de revista ultramoderno. Investimentos ocorreram e vão ocorrer porque o interesse do Governo é servir a sociedade e logicamente ao reeducando e sua família”, relatou. Hoje a Seap monitora cerca de 450 presos com tornozeleira eletrônica e este contrato em vigência pode ser expandido para 2.000 tornozeleiras distribuídas nas diversas Comarcas.

O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, afirmou que desde o mês passado teve início um trabalho em equipe visando implementar metas do programa “Justiça Presente”. “Todos juntos para tentar atenuar um grande problema nosso no sistema carcerário, do egresso. Haverá uma otimização dos trabalhos do advogado, do defensor público, do magistrado, e isso é um retorno social fortíssimo para que o preso tenha um julgamento rápido e justo”, destacou.

O desembargador Joás de Brito Pereira Filho, coordenador estadual do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, avalia que a reunião foi de grande importância e que “tem um objetivo único: o de melhorar o sistema carcerário no país. É uma iniciativa do CNJ de muito valor e que o Estado da Paraíba resolveu abraçar desde o início. Já começamos com a implantação do SEEU – Sistema Eletrônico de Execução Unificada, isto vai dar uma agilidade muito grande no cumprimento das penas. Agora estamos tratando do período final que é exatamente a situação do egresso quando ele sai do sistema penitenciário, para que tenha condições de conseguir emprego”.

De acordo com o presidente do Conselho Penitenciário do Estado da Paraíba, Antonio Edílio Magalhães Teixeira, o problema do sistema penitenciário é complexo e também é uma questão de segurança pública. “Por ser complexo, exige soluções complexas. Então uma medida como esta do Conselho Nacional de Justiça e tendo o apoio do Tribunal de Justiça da Paraíba, ela é muito auspiciosa no sentido de nos dar um horizonte de solução e de melhoria do problema como um todo, no sentido de resolver sob a perspectiva do preso e seus direitos e sob a perspectiva do Estado e seu direito de apenar, de punir e executar pena em nome da sociedade. Então toda essa união de forças em nome desse conjunto envolvendo várias instituições, cada qual trazendo seu ponto de vista, é o caminho mais promissor”, defendeu.

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R$ 85 mi: PB e mais sete Estados serão beneficiados com recursos para regularização fundiária

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira (28/11), o decreto que cria o programa Periferia Viva, para promover a melhoria das condições de vida nas comunidades. São mais de 30 políticas pactuadas entre ministérios, para fomentar investimentos nas periferias. Só de recursos do Novo PAC serão mais de R$ 7 bilhões. A Paraíba e mais sete Estados serão beneficiados com valor superior a R$ 85 milhões.

“Hoje é o dia em que a periferia desse país se torna visível para o governo e para a sociedade. Vocês não serão mais invisíveis, nós estaremos enxergando vocês”, enfatizou Lula, durante a cerimônia de lançamento do programa no Palácio do Planalto.

Ele pontuou que as necessidades que os moradores de periferias têm atualmente são resultado do descaso do poder público ao longo de décadas. “Eu digo sempre que os prefeitos que entraram nesse país, a partir dos anos 80, na verdade, não estão governando, estão recuperando o descaso que foi feito nos anos 50, 60, no auge do êxodo rural. Porque as pessoas vinham para a cidade sem nenhum preparo, não tinha nenhum preparo para receber, e as pessoas iam para onde a polícia deixava”, afirmou.

“Nós queremos construir neste país uma sociedade civilizada, onde todos têm direitos, mas todos respeitam os direitos dos outros. Onde a gente possa torcer para times diferentes, sem brigar. Onde a gente pode professar uma religião sem ser inimigo da outra, pode votar no candidato sem precisar virar inimigo do outro. É isso que a gente precisa nesse país, para que a gente possa garantir para vocês um programa como esse, chamado Periferia Viva”, declarou Lula.

EIXOS – O Periferia Viva é um programa de urbanização de favelas com foco em quatro eixos: Infraestrutura urbana; Equipamentos sociais; Fortalecimento social e comunitário; e Inovação, tecnologia e oportunidades.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA — Cerca de 19 mil contratos de regularização fundiária e melhorias habitacionais, em oito estados brasileiros, com investimento federal superior a R$ 85 milhões, também foram anunciados durante o evento. Serão 15.097 unidades (regularização fundiária) e mais 4.285 unidades para Melhoria Habitacional, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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Em Brasília, governadores se reúnem com Lewandowisk e debatem sobre PEC da Segurança Pública

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O governador João Azevêdo (PSB) participou, na quinta-feira (28/11), no Palácio do Buriti, em Brasília, do 10º Fórum Nacional de Governadores. O encontro contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, oportunidade em que foi debatida a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

Durante a reunião, o ministro afirmou que o governo federal está à disposição para receber propostas dos governadores à PEC e destacou a importância do intercâmbio de informações com os gestores estaduais.

Um novo encontro com os governadores foi marcado para o início de dezembro, com a apresentação de novas sugestões, com o objetivo de fortalecer o combate ao crime organizado no país.

Dentre os pontos previstos na PEC estão a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública e da Política Penitenciária e a criação de um Conselho Nacional de Segurança Pública, com a presença de estados e municípios.

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Projeto-piloto para promoção da paz nas escolas é implantado em Campina Grande

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O Centro Judiciário de Justiça Restaurativa de Campina Grande (Cejure-CG) e a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação, se uniram para implantar um projeto-piloto que levará ações às escolas no sentido de promover a cultura da paz entre a comunidade escolar. O projeto deve ser iniciado em fevereiro de 2025 e será voltado aos alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental I e do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II.

As definições aconteceram na segunda-feira (25), durante reunião entre a coordenadora do Cejure, juíza Ivna Mozart, o secretário de Educação de Campina Grande, Raimundo Asfora Neto, e a gerente de projetos da prefeitura, Fabíola Alessandra Gomes Gaudêncio, na sede do Centro. A magistrada informou que durante o encontro já foi iniciado o planejamento para logística da operacionalização das ações.

“A escola, como ambiência comunitária primeira de crianças e jovens, mostra-se como um terreno fértil para o desenvolvimento da cultura da não violência. Oferecer práticas restaurativas no ambiente escolar é, sobretudo, realizar um investimento no futuro e no presente. Investimento este que, certamente, impactará positivamente na redução de situações conflitivas remetidas para o Poder Judiciário”, ressaltou a juíza Ivna Mozart.

Durante a reunião, foi apresentado o Projeto: ‘Práticas Restaurativas nas escolas: um olhar coletivo em prol da promoção da cultura de paz e cidadania’, idealizado pelas mediadoras de conflitos, facilitadoras de círculos de construção de paz e advogadas, Joselma Lacerda, Lúcia Queiroz e Tatianne Lacerda. Elas também estavam presentes na reunião, com a servidora do Cejure, Giselda Vidal de Lima.

O projeto consiste na implementação de um programa de práticas restaurativas nas escolas por meio de diagnóstico preliminar do ambiente escolar, realizado através de visitas in loco para identificação dos gargalos mais conflituosos no aparelho educacional, realização de oficinas entre a comunidade escolar e aplicação de um Ciclo de Círculos de Construção de Paz com o intuito de prevenir e resolver conflitos, fortalecer as relações interpessoais e promover um ambiente de respeito mútuo e inclusão.

“Entendendo o conflito como uma condição inerente à condição humana e que precisa ser visto como forma de aprendizagem e transformação, e sendo o ambiente escolar um espaço de convivência social e formação cidadã, o presente projeto pretende, através das práticas restaurativas, promover um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor como forma de prevenção e redução das formas de violência”, ressaltou Joselma Lacerda.

Ela explicou, ainda, que, o projeto se coaduna com o que já estabelecem os incisos IX e X art. 12  da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), quando apontam que os estabelecimentos de ensino devem promover ações destinadas à cultura de paz e medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, em especial o bullying.

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