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PECs: “Antes de mais nada, vamos aguardar o bom senso do presidente”, diz líder da maioria

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Quatro dias após aprovarem uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC)que engessa o Orçamento, deputados ameaçam lançar novo capítulo do “pacote de maldades” para emparedar o governo. Descrentes do discurso de “pacificação” feito pelo presidente Jair Bolsonaro, líderes de partidos querem dar mais um susto no Palácio do Planalto, caso voltem a ser atacados. A ideia é tirar “esqueletos do armário” e diminuir o poder de Bolsonaro para editar medidas provisórias, além de impor ao governo limites mais rígidos sobre o bloqueio de verbas orçamentárias.

Além da nova ofensiva na direção do Planalto, a depender do “comportamento” do presidente, o plano de siglas como DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade – que formam o Centrão – também prevê uma defesa mais enfática do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para mostrar que suas ações têm o respaldo dos parlamentares.

Uma das PECs que os deputados querem ressuscitar é de 2011. Foi apresentada pelo então senador José Sarney (MDB-AP) e já passou por todas as comissões, estando pronta para ir ao plenário da Câmara. O texto fixa novos prazos de apreciação pelo Congresso das medidas provisórias, que hoje têm 120 dias para serem aprovadas nas duas Casas Legislativas. As MPs são instrumentos com força de lei. Em tese, devem ser adotadas pelo presidente apenas em casos de “relevância e urgência”, mas, na prática, viraram rotina na administração.

Deputados pedem que Maia ponha a proposta na pauta porque querem reduzir a margem de manobra de Bolsonaro na edição de MPs – em menos de cem dias de governo, por exemplo, ele já enviou nove ao Congresso.

O presidente da Câmara, porém, resiste à pressão. “Isso não está na minha agenda”, disse Maia ao Estado. Nesta quinta-feira, 28, depois de vários dias de embate público por causa da votação da proposta de reforma da Previdência, Bolsonaro e Maia anunciaram uma trégua. Mesmo assim, líderes de partidos também pretendem desengavetar uma PEC de 2000, apresentada pelo senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007, que exige explicações do presidente ao Congresso em caso de contingenciamento de despesas, informa reportagem do Estadão.

O pente-fino nos projetos foi feito por interlocutores de Maia, dentro e fora da Câmara. As ameaças de votação servem como recado de que o Congresso tem munição suficiente para fazer o contra-ataque a Bolsonaro, mas somente devem ser levadas ao plenário caso ele volte a tumultuar o ambiente político, atrapalhando a aprovação da reforma da Previdência.

“O momento é de ter serenidade e boa-fé. Antes de mais nada, vamos aguardar o bom senso do presidente, que tem a delegação do povo para conduzir o País”, afirmou o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da Maioria na Câmara. “O governo nos procurou, escutou as nossas preces, passou a dialogar e assumiu os erros da reforma da Previdência. Tinha de nos dar a faca para cortar esse abacaxi e deu. Agora, não acreditamos que Maia permitirá qualquer retaliação”, disse o deputado Delegado Waldir(GO), líder da bancada do PSL, partido de Bolsonaro.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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Redação do Portal da Capital

O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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